A programação da Caravana Leite Seguro da Embrapa continua acontecendo durante este mês. Nesta quinta-feira, dia 20 de outubro, das 9h às 16h, se realiza o 10º Dia de Campo do Leite para produtores, técnicos e interessados. Na quarta-feira, dia 19, aconteceu o Dia de Campo Caminhos do Leite com atendimento para mais de 200 crianças da rede de ensino de Pelotas e Capão do Leão. As agendas, dentro das dependências da Estação Experimental Terras Baixas, unem conhecimento, curiosidade e diversão. O 10º Dia de Campo é um evento tradicional, realizado pela equipe de pesquisa em leite da Embrapa Clima Temperado, Pelotas/RS, e nesta edição retorna a sua realização presencialmente. Está programado, durante todo o dia, a apresentação de boas práticas agropecuárias (BPAs) na produção leiteira, envolvendo sete estações que irão abordar aspectos do diagnóstico da BPA e qualidade do leite, estratégias para reduzir a CCS do leite, forrageiras de inverno e planejamento forrageiro, dietas para bovinos leiteiros, biosseguridade e calendário de vacinação, reflexos da mastite na qualidade e segurança dos derivados e produtos lácteos e benefícios à saúde do leite. O dia de campo é gratuito, não havendo necessidade de inscrição prévia. Dia de Campo Caminhos do Leite O evento realizado neste dia 19, aconteceu em dois turnos e percorreu três estações onde o público consumidor, especialmente professores e estudantes de 8 a 12 anos, de escolas da rede urbana e rural de Pelotas e de Capão do Leão, acompanhou a Contação da História O menino Davi e a terneirinha Bibi - aprendendo sobre os caminhos do leite, e receberam os livros de autoria e apresentação da extensionista Mara Saalfeld, da Emater Regional Pelotas, motivando os grupos participantes do Dia de Campo a reconhecer a trajetória do leite que sai da vaca e chega à mesa do consumidor. Após, a atividade teve prosseguimento na estação Fazenda da Embrapa, que trouxe os cuidados da terneira como a oferta de alimento e bem-estar, e permitiu a interação do animal com os estudantes. Nesta estação também foi abordado como se produz o alimento que é ofertado para as vacas, onde o público infantil teve como identificar a silagem, as rações e as tecnologias em pastagens da Embrapa que compõem a dieta do rebanho leiteiro; foi possível visualizarem a ordenha e as práticas adotadas para segurança neste processo. Esta estação foi encerrada no laboratório de leite, que mostrou de forma geral como é composto o leite, como e por que são feitas as análises de qualidade do produto, culminando com a experiência de se caracterizar como um cientista, através do espaço de fotos com o cenário Um dia de cientista. A terceira e última estação, Fazendo sorvete: benefícios dos derivados lácteos, contou com a participação da professora da UFSM, Neila Richards, que fez uma conversa rápida sobre o que são lácteos, onde podemos encontrar na dieta diária e seus benefícios para a saúde. “As crianças chegam na última estação, a parada mais gostosa do trajeto! Aqui elas experimentam duas delícias lácteas:porções de sorvetes de chocolate e/ou morango e também um doce de leite ‘caseiro’, ambos os produtos com uma composição 100% de leite”, explicou. O encerramento foi realizado pelo analista de transferência de tecnologias Rogério Dereti, que convidou as escolas visitantes a estarem abertas as atividades pedagógicas futuras do Programa Leite Seguro: “Queremos contar com a participação da Escola na nossa gincana/feira de ciências, que estamos planejando para o primeiro semestre de 2023”, disse. O que dizem os participantes A neta Beatriz Cimardi Madruga, do funcionário Rui Madruga da Embrapa, de 6 anos, entrou na primeira conversa travada na contação da história, quando a extensionista Mara Saalfeldt, desafiou o grupo a responder quantos tetos tem uma vaca? Beatriz, ganhou o balão com a alternativa do número de tetos e durante a visita às estações, pode ao final, confirmar o novo conhecimento que levou para casa, de que a vaca tem quatro tetos para ser ordenhada. Para o professor Maurício Lange, que leciona para o sexto ano da Escola Municipal Garibaldi, da Colônia Maciel, foi uma experiência muito satisfatória pelo fato de que muitos estudantes, mesmo sendo oriundos da zona rural não têm contato direto com o manejo dos animais ou ainda com as atividades de produção leiteira. “Valeu esta experiência também pela importância do leite, de incentivar o consumo, inclusive de melhorar as posturas da família em relação ao produto e até de levar informações para que possam organizar a atividade em suas propriedades”, falou. Para o estudante Willian Kurz, de 12 anos, da mesma Escola, a parte boa ficou em poder ‘tocar’ nos animais e identificar nas estações o que já sabia do funcionamento da vaca, da ordenha e do valor do leite na alimentação. “Eu vejo muitos programas de TV com esses temas”, disse. A aluna Julia dos Santos, de 9 anos, da Escola Municipal Margarida Gastal, do Capão do Leão, falou que a recordação deste dia foram informações dos cuidados com a terneirinha e que o leite não vem da ‘caixinha’. “Adorei o sorvete!”, confirmou sua escolha de lanche preferido. O Dia de Campo Caminhos do Leite contou com a participação de quatro escolas municipais: Escola Municipal Margarida Gastal e Elmar Costa (Capão do Leão), Escola Municipal Garibaldi (Colônia Maciel) e Escola Municipal Bruno Chaves (Pelotas). Ainda dentro deste mês, a Caravana realiza o Curso de Queijos, onde serão apresentados os tipos, as técnicas de fabricação, requisitos de segurança e qualidade e normativas para comercialização deste derivado lácteo pelo extensionista Julio da Luz, da Emater-Vacaria. A atividade possui 30 vagas. O local ainda está em definição, mas a data está confirmada para o dia 28 de outubro. Os interessados devem entrar em contato pelo email programaleiteseguro@gmail.com O Programa Leite Seguro conta com a parceria do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA/RS), Emater/RS-Ascar, cooperativas,laticínios e universidades da região sul do Brasil. Suas ações foram estendidas até março de 2024.