Pesquisador da Embrapa Agricultura Digital é premiado pela The Royal Society
Pesquisador da Embrapa Agricultura Digital é premiado pela The Royal Society
O pesquisador Luís Gustavo Barioni, da Embrapa Agricultura Digital (Campinas/SP), foi um dos agraciados pela The Royal Society, a academia de ciências do Reino Unido fundada em 1660, com um prêmio para pesquisas na área de sistemas de produção agropecuária e mudanças climáticas. O resultado foi divulgado no final de setembro e prevê o financiamento de projetos, em conexão com redes internacionais, por parte da Royal Society Wolfson Visiting Fellowships, programa dedicado a pesquisadores com liderança e desempenho excepcionais. Além do prêmio, o pesquisador recebeu a indicação da Global Academy of Agriculture and Food Security da Universidade de Edimburgo, na Escócia, para atuar como professor honorário.
De acordo com Barioni, o prêmio e a indicação devem contribuir para o fortalecimento de redes de pesquisa como a do projeto Pró-Carbono, em parceria com a Bayer, e para o estabelecimento de novas iniciativas de longo prazo entre a Embrapa e a Universidade de Edimburgo, facilitando a troca de conhecimento e a promoção de projetos conjuntos de pesquisa e desenvolvimento.
Na Embrapa desde 2001, o pesquisador lidera e colabora com projetos nacionais e internacionais que buscam quantificar contribuições das mudanças de práticas e da adoção de tecnologias nos sistemas de produção agropecuária para mitigar as emissões de gases de efeito estufa (GEE). As pesquisas utilizam métodos de modelagem matemática, ciência de dados e análises econômicas visando ao desenvolvimento de sistemas de suporte à tomada de decisões.
O trabalho do pesquisador é focado na otimização de protocolos para monitoramento e quantificação do estoque de carbono no solo, combinando diferentes tecnologias. Ele explica que o solo é um dos maiores reservatórios de carbono da biosfera e a agricultura, por meio de práticas conservacionistas e melhorias no manejo no sistema de produção, tem elevado potencial para mitigar o efeito das emissões de GEE.
A meta é desenvolver métodos de quantificação de carbono mais eficientes e viáveis economicamente, que contribuam para maior engajamento de formuladores de políticas públicas e dos agricultores e para a participação no mercado de carbono. “Isso inclui técnicas de modelagem, o uso de dados de sensores e métodos laboratoriais capazes de reduzir o custo e as incertezas dos protocolos existentes. Essas ferramentas são vitais para o aprimoramento dos sistemas de apoio à decisão e para o monitoramento dos mercados de carbono, que devem surgir no Brasil nos próximos cinco anos”, prevê.
Perfil
Luís Gustavo Barioni é graduado em Engenharia Agronômica pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), possui mestrado em Agricultural Systems Management, pela Massey University, da Nova Zelândia, doutorado em Ciência Animal e Pastagens pela Esalq/USP e pós-doutorado pela Universidade da Califórnia, em Davis. Além de liderar diversas iniciativas em pesquisas sobre sistemas sustentáveis, já colaborou com importantes relatórios internacionais sobre o tema, incluindo relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e do Banco Mundial.
Também contribuiu com políticas públicas brasileiras, como a participação do País na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima com propostas para o Acordo Climático de Paris e a construção do Plano Setorial de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixo Carbono, o Plano ABC. É também orientador credenciado no programa de matemática aplicada da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e lidera atividades da Embrapa no Programa Pró-Carbono, em parceria com a Bayer e com diversas universidades.
Graziella Galinari (MTb 3863/PR)
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