O pesquisador Alderi Araújo foi reconduzido por mais dois anos à Chefia-Geral da Embrapa Algodão (Campina Grande, PB). No cargo desde outubro de 2020, Alderi assume o segundo mandato, com possibilidade de renovação por um período de mais dois anos. Um dos principais resultados da atual gestão foi a aproximação com o setor produtivo. Conforme indicadores internos, a Embrapa Algodão é a Unidade da Embrapa que mais firmou parcerias com foco em projetos de inovação com o setor produtivo – totalizando 67 parcerias, das quais, 55 com representantes do setor produtivo. “Nosso desafio agora é consolidar essas parcerias e realizar as entregas pactuadas”, afirma o gestor. Segundo o sistema de gestão de projetos da Embrapa, em 2020 a Embrapa Algodão contava com R$ 250 mil reais de aporte financeiro externo para financiar projetos em parceria. Ele montante saltou para cerca de R$ 1 milhão em 2021. A atuação em rede com outras Unidades da Empresa também foi uma marca da gestão atual. “Nós temos 50 compromissos, dos quais 40 são compartilhados com outras Unidades”, aponta Alderi. Também foram destaques a redução de despesas de custeio com água, luz, manutenção e equipes terceirizadas. Atualmente, a Embrapa Algodão conta com 26 projetos em andamento com foco nas cadeias produtivas do algodão, gergelim, amendoim, mamona e sisal. Desafios De acordo com o gestor, os desafios da Unidade para os próximos anos são ampliar a rede de parcerias internas na Embrapa; captar maior volume de recursos externos via parcerias com o setor produtivo e instituições de fomento; fortalecer a presença e a atuação em rede no MATOPIBA, especialmente nas áreas ainda não exploradas (MA, PI, TO); consolidar a presença com o gergelim no Mato Grosso; efetivar a parceria com a Confederação Nacional da Agricultura para sisal na Bahia; consolidar a parceria com a iniciativa privada para melhoramento de mamona; fortalecer as ações de pesquisa no sistema de produção de mamona, responder à demanda por projetos de algodão de baixo carbono; renovar o acordo de cooperação com a Amipa envolvendo bioinsumos para o controle biológico de pragas; reestruturar o Laboratório de Fibras; e atualizar o programa de melhoramento do algodoeiro. Perfil Alderi Araújo é engenheiro agrônomo formado pela Universidade Federal da Paraíba, mestre em Fitopatologia pela Universidade Federal de Viçosa e doutor em Agronomia na área de Fitopatologia, pela ESALQ/USP. Ingressou na Embrapa em 1989, trabalhando na Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus, AM) e na Embrapa Algodão, onde atua há 25 anos. Foi chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Unidade, no período de 1999 a 2003, e articulador internacional, coordenando as ações de cooperação técnica com países africanos e sul-americanos e cooperação científica com o CIRAD-França. Representou ainda a Embrapa na Asociación Latinoamericana de Investigación y Desarrollo del Algodón-ALIDA e no Comitê Executivo da International Cotton Researchers Association-ICRA. Liderou vários projetos na empresa com temas relacionados a doenças do algodoeiro, como a mancha de ramulária, com forte atuação no Cerrado, região responsável por mais de 90% da produção nacional de algodão.