03/11/22 |   Biodiversidade  Segurança alimentar, nutrição e saúde

Vídeo marca o Dia Mundial da Saúde Única

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Foto: Jaime Souza

Jaime Souza - O vídeo ressalta a importância da abordagem integrada entre ciência, comunidade e meio ambiente.

O vídeo ressalta a importância da abordagem integrada entre ciência, comunidade e meio ambiente.

Neste 3 de novembro, quando é celebrado o Dia Mundial da Saúde Única, a Embrapa apresenta o vídeo “Crianças, Florestas e Poesia”, que ressalta a importância da abordagem integrada entre ciência, cultura, comunidade e ecossistema.

A Resex Verde Para Sempre é a maior reserva extrativista do Brasil com 1 milhão e 200 mil hectares, compreendendo 80% do município de Porto de Moz, na região paraense do Baixo Amazonas. Na área da reserva, vivem mais de 2.500 famílias em 183 comunidades e localidades. A extração madeireira é uma importante fonte de renda das comunidades por meio do Manejo Florestal Comunitário.

O vídeo, produzido no âmbito do Projeto Bom Manejo 2, coordenado pela Embrapa Amazônia Oriental e Organização Internacional de Madeiras Tropicais - ITTO (International Tropical Timber Organization), mostra a oficina realizada com crianças da Reserva Extrativista Verde Para Sempre, em Porto de Moz no Pará, para marcar o Dia da Amazônia, celebrado em 5 de setembro. O projeto Bom Manejo 2 atua junto a empresas, comunidades, gestores públicos e profissionais florestais para disseminar as boas práticas de manejo florestal.

Nas versões em português, português com legendas em inglês e português para libras, o objetivo do vídeo, segundo o pesquisador Milton Kanashiro, coordenador do projeto Bom Manejo 2 e presidente do Portfolio Florestal da Embrapa, é dar visibilidade às diferentes abordagens do fazer científico em comunidades por meio de novas linguagens e fortalecer o conceito de Saúde Única, que traz uma visão holística e integrada da saúde humana, animal, das plantas e do ambiente.

 

Saúde Única

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o conceito de Saúde Única envolve uma visão holística e abordagem integrada, colaborativa e transdisciplinar que visa equilibrar a saúde das pessoas, animais, das plantas e do meio ambiente nos níveis local, regional, nacional e global. O  Plano de Ação Conjunta para a Saúde Única 2022-2026 - ONU apresenta o conceito e reconhece a interconexão e interdependência entre a saúde humana, animal e dos ecossistemas.

O conceito foi instituído em 2008 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) e da Organização das Nações Unidas para alimentação e agricultura (FAO), e desde 2016 o dia 3 de novembro celebra a Saúde Única no mundo. 

Para Milton Kanashiro, é imprescindível ter uma visão holística e integrada em relação à saúde, especialmente no contexto de questões globais, como a pandemia de Covid-19, insegurança alimentar, degradação ambiental e perda de biodiversidade.

 “Para a Amazônia e o Brasil, essa abordagem integrada e transversal ganha maior importância ainda para a saúde global”, afirma. O pesquisador ressalta que o conceito envolve sistemas de pensamento e abordagens, parcerias público privadas, governança, marcos legais e institucionais, além do conhecimento dos povos e das populações tradicionais, em acordo ao que foi estalebecido no plano de ação conjunta da Organização das Nações Unidas.

“Pessoalmente, entendo que a Embrapa é muito importante nesta tarefa hercúlea, pois tem expertises, nas mais diferentes áreas do conhecimento que a Saúde Única preconiza", analisa o pesquisador.  Ele acrescenta ainda que instituições, como a Fiocruz, foram pioneiras na disseminação e fortalecimento desse conceito no Brasil.

Visão de Futuro

O documento Visão de Futuro, da Embrapa, lança um olhar sobre a aplicação do conceito de Saúde Única na agricultura e alinha ao alcance das metas propostas na Agenda 2023 da ONU para o Desenvolvimento Sustentável e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) relacionados. O texto traz: “Sistemas alimentares englobam elementos sociais (pessoas) e naturais (ambientais) e suas complexas interações. Assim, no futuro, a fim de garantir a segurança alimentar mundial de todos, desde produtores às cadeias de abastecimento e consumidores, os setores público e privado deverão adotar uma abordagem de Saúde Única para que os alimentos sejam seguros para consumo. (...) Garantir a saúde das plantas e animais evitará o risco de propagação de doenças transfronteiriças que afetam negativamente a subsistência, o comércio e o crescimento econômico de nações do globo”.

Vídeo em português para libras

 

Ana Laura Lima (MTb 1268/PA)
Embrapa Amazônia Oriental

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Telefone: (91) 3204-1060 / 99110-5115

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
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