Técnicos colombianos participam de capacitação em melhoramento genético de banana
Técnicos colombianos participam de capacitação em melhoramento genético de banana
Entre os dias 26 e 30 de setembro, como parte de convênio firmado entre a Embrapa Mandioca e Fruticultura, a Corporação Colombiana de Pesquisa Agropecuária - AgroSavia e a Associação de Produtores de Banana da Colômbia – Augura (entidade sem fins lucrativos que reúne, desde 1963, produtores e comerciantes de banana de Antioquia e Magdalena, áreas que produzem a fruta para os mercados internacionais), três pesquisadores e técnicos das duas instituições vão receber capacitação em melhoramento genético de banana.
Acompanhados pelos pesquisadores Edson Perito Amorim, líder do Programa de Melhoramento Genético de Banana e Plátano da Embrapa, Janay dos Santos-Serejo, Cláudia Fortes e Fernando Haddad, eles foram recebidos no início da manhã de segunda (26) pelo chefe-geral substituto, Carlos Estevão Cardoso, e pelo chefe-adjunto de P&D, Eduardo Chumbinho de Andrade.
Após discussão sobre a capacitação e atividades do projeto, eles fizeram apresentação, no Auditório 2, sobre a atuação das duas instituições a as estratégias da Colômbia para o manejo raça 4 Tropical do fungo Fusarium oxysporum f.sp. cubense (FOC R4T), responsável pela doença murcha de Fusarium, a mais destrutiva da cultura e ainda sem controle definitivo.
Nos demais dias, a programação inclui diversas atividades práticas nos Laboratórios de Cultura de Tecidos, Biologia Molecular e Fitopatologia e nos campos experimentais, como cruzamento, colheita de cachos, identificação e manejo de sementes, resgate de embriões de sementes, seleção para resistência a Fusarium e práticas mais avançadas.
Murcha de Fusarium
O fungo pode entrar por diferentes vias: solo contaminado carregado em sapatos, ferramentas, mudas de bananeira (visivelmente sadias, mas infectadas) e plantas ornamentais, que podem também ser hospedeiras.
A doença já ocorre na Austrália, Filipinas, Malásia, Indonésia, Taiwan, China, Omã, Jordânia, Moçambique, Colômbia e Peru, onde o foco foi identificado em 2020. A presença da praga em dois países vizinhos com fortes laços de amizade e comerciais com o Brasil deixa o País em permanente estado de atenção e dedicação às pesquisas.
As pesquisas já desenvolvidas pela Embrapa em relação às raças existentes no Brasil, sejam na área de melhoramento genético quanto na de manejo da doença, são um marco referencial para o combate de um eventual surto de TR4 no país. Hoje, a Embrapa já faz monitoramento das populações do patógeno existentes no território brasileiro, o que auxiliará na seleção e na recomendação de variedades e até numa detecção oportuna de um foco de TR4.
Em março deste ano, mudas in vitro de variedades de bananeira da Embrapa Mandioca e Fruticultura foram enviadas à Colômbia para testes na presença do FOC R4T, presente naquele país desde 2019.
Léa Cunha (DRT-BA 1633)
Embrapa Mandioca e Fruticultura
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