1ª Feira da Agroecologia será atração no Dia de Campo de base ecológica da Embrapa
1ª Feira da Agroecologia será atração no Dia de Campo de base ecológica da Embrapa
Pela primeira vez acontecerá a Feira da Agroecologia, organizada pela Embrapa Clima Temperado, a ser realizada no dia 1º de dezembro. Com cerca de 45 expositores, entre agricultores agroecológicos, instituições de ensino e pesquisa e de apoio à agroecologia e produção de base orgânica, a 1ª edição acontecerá na Estação Experimental Cascata, localizada no distrito da Cascata em Pelotas/RS. O evento é mais uma novidade na programação do tradicional Dia de Campo sobre Agroecologia e Produção Orgânica, que se realiza há 17 anos.
“O objetivo desta Feira é sobretudo apresentar a agroecologia como uma cadeia, um sistema organizado, que precisa de máquinas, que precisa de tecnologia e que vai além do sistema de produção e mostrar também para o agricultor que existem produtos e tecnologias que podem auxiliá-lo”, diz o pesquisador João Carlos Costa Gomes, da Embrapa, um dos coordenadores do evento.
Esta 1ª edição da feira é dividida em três segmentos, o primeiro é direcionado aos agricultores, que poderão comercializar os seus produtos, como frutas, verduras, legumes e hortaliças, além de produtos da agroindústria da região, como geléias, pães, cucas e doces. O segundo segmento é voltado para as representações institucionais vinculadas à agroecologia, como a Embrapa, a Emater/RS-Ascar, o Centro de Apoio e Promoção a Agroecologia (CAPA) e órgãos como a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM).
Já o terceiro é voltado para a produção, onde empresas privadas e agricultores poderão apresentar e comercializar insumos e produtos e compartilhar estratégias que podem ser utilizadas na agroecologia.
As bancas ficarão localizadas entre o prédio central e o Centro de Capacitação de Agricultores Familiares (CECAF). Ao todo, os expositores devem ocupar cerca de 200 metros de área paralela às estações do Dia de Campo, que ocorrerão simultaneamente com a feira.
Dia de campo da Agroecologia
Junto à feira, na sua 17ª realização acontece o Dia de Campo sobre Agroecologia e Produção Orgânica. Para Luís Fernando Wolff, coordenador técnico da Estação Experimental Cascata, este evento anual é um espaço para reunir não só os agricultores, mas todos os agentes envolvidos na produção orgânica e de base ecológica e levar as tecnologias, os resultados de pesquisa e os produtos desenvolvidos pela Instituição. "É um espaço muito caro e muito importante para nós", complementa.
Serão quatro estações com temas voltados para a produção de base orgânica. A primeira estação Pagamento por Serviços Ambientais, coordenada pela pesquisadora Letícia Penno, trabalhará conceitos sobre o tema e o marco legal, além de técnicas para a conservação do solo e da água, produtos florestais madeireiros e não-madeireiros e polinização dirigida de cultivos com apicultura.
A segunda estação Agrosociobiodiversidade abordará as temáticas do Projeto Conserva-In para a promoção da integração entre agricultores e pesquisadores, adubação verde na agricultura sustentável e os guardiões da biodiversidade de abelhas sem ferrão, sob a coordenação do pesquisador Éberson Eicholz.
A terceira estação Sistemas Biodiversos de Produção vai apresentar a semeadura direta para a implantação do componente arbóreo de agroflorestas; a fruticultura agroflorestal; o projeto Quintais Orgânicos de frutas: diversificação da matriz produtiva e renda produtiva; a produção de base ecológica de hortaliças em sistema agroflorestal; e o plantio direto de hortaliças tendo a compostagem laminar como estratégia. “Apresentaremos estratégias e oportunidades de uso do solo onde o(a) agricultor(a), de forma planejada, consegue produzir alimentos em harmonia com o meio ambiente, restaurando o solo e otimizando a escassa mão de obra familiar”, diz o pesquisador e coordenador desta estação, Ernestino Guarino.
A última estação reservará o tema Bioinsumos ao trazer temas como a criação de insetos como fonte de soluções sustentáveis para a agricultura e pecuária; a produção de bioinsumos na propriedades, relacionado ao adubo fermentado “bokashi”; pó de rocha, agrominerais e remineralizadores; e extração e usos de óleo essencial de chinchilho (Tagetes minuta). A estação técnica será conduzida pelo pesquisador Jair Nachtigal.
O evento traz também uma demonstração de batatas, com as cultivares desenvolvidas pela unidade: BRS Potira, BRS Clara, BRS F50 Cecília e a cultivar de nome Macaca.
Lançamento regional da BRS F50 Cecília
Outra novidade do evento, é o lançamento regional da nova cultivar de batata BRS F50 Cecília, desenvolvida pelo programa de melhoramento genético da Embrapa, que será lançada no dia 30/11, em Campo Largo, no Paraná. A cultivar possui indicação para o sistemas orgânicos de produção, já que apresenta resistência a doenças foliares. Possui película amarela e é de dupla finalidade, voltada tanto para o consumo in natura como para uso em frituras. A cultivar possui alto potencial produtivo, podendo chegar a 45 toneladas por hectare, com estabilidade de produção.
Homenagens
Ao meio-dia serão homenageadas algumas instituições que atuam ativamente em prol do setor, como a Arpa Sul, a Sul Ecológica e o Fórum da Agricultura Familiar da Região Sul. Além da solenidade, serão entregues os certificados de produção orgânica aos produtores.
A organização espera receber cerca de mil visitantes ao longo do dia. O evento é realizado pela Embrapa Clima Temperado em parceria com a Emater/RS-Ascar e o CAPA.
Hillary Orestes sob a supervisão de Cristiane Betemps (MTb 7418/RS)
Embrapa Clima Temperado
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