Conheça os trabalhos de iniciação científica premiados pela Embrapa Algodão
Conheça os trabalhos de iniciação científica premiados pela Embrapa Algodão
Foto: Acervo pessoal
Felício, Thiago e Maria Clara foram o três primeiros colocados no programa de iniciação científica da Embrapa Algodão
Duas pesquisas sobre resistência de plantas daninhas a herbicidas e uma sobre inoculação em gergelim foram selecionadas pelo Comitê Local de Iniciação Científica da Embrapa Algodão como os melhores trabalhos apresentados durante o XVII Encontro de Produção Científica da Unidade, realizado em outubro. Os certificados de honra ao mérito aos três primeiros colocados foram entregues no último dia 6 de dezembro.
O primeiro lugar entre os bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientifica (PIBIC) foi para o estudante Felício Aguiar Bergamin, orientado pelo pesquisador Sidnei Cavalieri, da Embrapa Algodão, lotado em Sinop. Felício apresentou o trabalho Monitoramento da resistência de Eleusine indica aos herbicidas glyphosate e clethodim no Médio-Norte mato-grossense (em co-autoria com Sidnei, Fernanda Satie Ikeda, Rafael Prado e Fernando Brentel Sanchez).
O segundo lugar foi para o bolsista Thiago Deomar Ludwig, também orientado por Sidnei Cavalieri, com a apresentação oral do trabalho Levantamento fitossociológico de plantas daninhas no sistema soja-milho-algodão em resposta a diferentes programas manejo (em co-autoria com Sidnei, Fernanda Satie Ikeda, Helen Maila Gabe Woiand e Felício Aguiar Bergamin).
Ambos os trabalhos são parte de um projeto tipo III (Inovação Aberta com o setor produtivo), de abrangência nacional, fruto de uma parceria entre a Embrapa e a Bayer, envolvendo a problemática de resistência de plantas daninhas aos herbicidas. “No Estado de Mato Grosso, estamos trabalhando em duas vertentes dentro desse projeto: a primeira é o Monitoramento de biótipos de plantas daninhas (especialmente buva, capim pé-de-galinha, capim-amargoso e caruru) resistentes aos herbicidas nas áreas produtoras de grãos e fibra; e a segunda, a Avaliação de programas de manejo envolvendo moléculas herbicidas de diferentes mecanismos de ação e cultivos solteiros e consorciados de culturas de cobertura nos sistemas de produção soja-milho e soja-milho algodão para mitigar a problemática da resistência ao herbicidas”, conta Sidnei Cavalieri.
Ele relata que o projeto PIBIC do Felício Bergamin investigou suspeitas de resistência de biótipos de capim pé-de-galinha resistentes ao glyphosate e clethodim no sistema soja-milho-algodão e o projeto do Thiago Ludwig objetivou mostrar as mudanças de flora infestante que ocorrem no ambiente no decorrer do tempo (quatro anos) com o emprego de diferentes estratégias de manejo químico ou cultural com o cultivo de capim-braquiária em vez de soja na primeira safra da safra 2018/2019.
“O desempenho dos alunos foi formidável em termos de dedicação e comprometimento. Esse tipo de treinamento certamente irá ajudá-los bastante daqui em diante nas suas escolhas profissionais e pessoais. Aliás, na semana seguinte da divulgação da premiação, o Thiago Ludwig recebeu a notícia da aprovação no Programa de Pós-graduação (mestrado) em Fitotecnia da Esalq-USP. O Felício, por sua vez, cujo nível de maturidade é excepcional, também pretende continuar os estudos futuramente em nível de pós-graduação, porém tem planos de trabalhar logo depois de se formar”, comenta o orientador.
Inoculantes em gergelim aumentam tolerância à seca e a produtividade
A terceira colocação foi para a bolsista Maria Clara Rufino dos Santos, pelo trabalho intitulado "Consórcios bacterianos para mitigar os efeitos do déficit hídrico em gergelim BRS Morena", orientado pela pesquisadora Liziane Lima. A pesquisa (em co-autoria com Liziane, Anderson Santos, Geisenilma da Rocha e Tarcísio Gondim) envolve o uso de inoculantes em gergelim.
Liziane explica que, embora o uso de inoculantes já seja comum na agricultura, por exemplo na cultura da soja, ainda não existe inoculante recomendado para a cultura do gergelim, que está em franca expansão no Cerrado brasileiro. “Nós começamos a fazer esses testes de interação de gergelim com bacilos, e colocamos um ingrediente a mais, que foi testar essas plantas de gergelim sob déficit hídrico. Começamos a testar o bacilo no gergelim sob déficit hídrico e tivemos bons resultados com o uso desses bacilos no gergelim, inclusive, nos trabalhos com alunos de pós-graduação tivemos aumento de produção com melhor rendimento de grãos. Ou seja, não só aumentou a tolerância ao estresse hídrico, como melhorou a performance da planta em relação à produtividade”, comemora a pesquisadora.
Edna Santos (MTB/CE 1700)
Embrapa Algodão
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