Municípios do Seridó e Sertão paraibanos começam a receber oficinas da Embrapa para cultivo agroecológico do algodão
Municípios do Seridó e Sertão paraibanos começam a receber oficinas da Embrapa para cultivo agroecológico do algodão
Foto: Arquivo / Instituto Casaca de Couro
Oficina de Assunção ocorreu na Câmara de Vereadores da cidade
As oficinas ocorrem em oito cidades da região e devem capacitar agricultores para cultivos em consórcios agroalimentares e certificação orgânica
Técnicos da Embrapa Algodão e da Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (EMPAER) deram início nesta terça-feira, 31, a uma série de oficinas para agricultores, servidores de secretarias de agricultura municipais e membros de sindicatos rurais em oito cidades localizadas nas microrregiões paraibanas do Seridó e do Sertão.
A iniciativa, que conta com apoio do Instituto Casaca de Couro, vai transferir tecnologias e conhecimento sobre o cultivo agroecológico do algodão, no intuito de capacitar agricultores em diversos manejos, visando o cultivo em consórcios agroalimentares. Outra finalidade da capacitação é treinar os participantes em metodologias de certificação orgânica nas propriedades contempladas com os treinamentos.
Os municípios onde ocorrem as oficinas são: Assunção, Salgadinho, Tenório, Junco do Seridó, Areia de Baraúnas, Passagem, São Mamede e Juazeirinho. Além da certificação orgânica, os participantes receberão noções preliminares sobre a metodologia das Unidades de Aprendizagem Participativa (UAP’s), transição agroecológica, escolha das áreas mais promissoras e adequadas, manejo e conservação de solo e de água, técnicas de plantio e de como combater o bicudo do algodoeiro, técnica do vazio sanitário e preparo de biofertilizantes.
“O Instituto Casaca de Couro tem como missão o desenvolvimento estratégico de áreas rurais no Semiárido, especialmente do algodão. Nós apoiamos a pesquisa e a transferência de tecnologias, que incentivem o cultivo do algodão agroecológico e orgânico”, afirma Maysa Gadelha, coordenadora da entidade.
Ela lembra também que o ICC promove e fomenta o artesanato, tendo sido criado em 2003. “A partir de 2019 formalizamos um acordo de cooperação técnica com a Embrapa para estreitar nossos laços, que já existiam mas não estavam formalizados. Agora estamos apoiando, em parceria com a indústria textil NORFIL, nove oficinas com foco na produção do algodão agroecológico certificado”, acrescenta Maysa, que comemora o recorde na safra do ano passado com 200 toneladas de algodão em ramas.
O projeto se estende ao Rio Grande do Norte, com cerca de 700 agricultores envolvidos diretamente. Na Paraíba são cerca de 300 cotonicultores mobilizados. Vlaminck Paiva, técnico do ICC, diz que as oficinas iniciadas essa semana são o ponta-pé inicial para que os agricultores recebam a formação necessária para que possam cultivar suas lavouras da melhor maneira possível, dentro do projeto Algodão Orgânico da Paraíba.
Kleber Fernandes de Medeiros, agrônomo da Secretaria de Estado da Agricultura Familiar e Desenvolvimento Social, que também atua como facilitador nas oficinas, afirma que a intenção da parceria com a Embrapa é a revitalização da cotonicultura paraibana. “É uma parceria que vem dando certo e que queremos expandir para toda a Paraíba”, garante.
Felipe Guimarães, da equipe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Algodão (Campina Grande – PB), que conduz essa etapa de capacitações, disse que estão sendo repassadas as primeiras recomendações de cultivo. “Serão oferecidos quatro módulos de capacitações, um a cada mês. E serão instaladas unidades demonstrativas aqui na região, onde as próximas formações ocorrerão”, detalhou.
Dalmo Oliveira da Silva (MTE-PB 0859)
Embrapa Algodão
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