Pesquisador da Embrapa é homenageado na 10ª Abertura Oficial da Colheita do Milho
Pesquisador da Embrapa é homenageado na 10ª Abertura Oficial da Colheita do Milho
Foto: Paulo Lanzetta
Pesquisador é grande motivador do uso do sulco-camalhão. Ele dedica-se a desenvolver pesquisas na área de manejo do solo e da água no ecossistema de terras baixas.
Nesta sexta-feira, dia 10, acontece o ato solene da Abertura Oficial da Colheita do Milho, na propriedade São Francisco, em Jaguarão. O pesquisador José Maria Parfitt recebe homenagem durante a cerimônia, marcada para às 11h30, pelo desenvolvimento e articulação junto ao setor produtivo do uso da tecnologia de irrigação por sulco-camalhão. O ato contará com a presença do governador do Estado, Eduardo Leite, autoridades do agronegócio, produtores rurais, assistentes técnicos e empresas parceiras da tecnologia.
José Maria Parfitt é pesquisador da Embrapa há 40 anos e é um dos principais responsáveis pela tecnologia sulco-camalhão, sendo grande motivador para transferir esta técnica ao setor produtivo. O trabalho de pesquisa envolveu estudos de suavização e declividade de solo, sobre a construção dos camalhões, instalação das lavouras e das estruturas para condução da água (politubos), sobre gestão da água, dentre outras práticas.
A tecnologia sulco-camalhão deu origem ao Projeto SULCO, que está centrado numa parceria público-privada, contando com o financiamento de empresas parceiras ao utilizarem a tecnologia do sistema sulco-camalhão. Este método de cultivo permite tanto irrigar quanto drenar o solo das terras baixas; ou seja, atua no sentido de amenizar problemas de seca, mas em épocas de excesso de chuvas evita que as culturas permaneçam encharcadas. Por essas características, a tecnologia amplia as possibilidades de sucesso da diversificação de culturas numa mesma propriedade.
O sistema de irrigação por sulco-camalhão tem sido utilizado em diversas regiões do RS, especialmente por produtores de soja, milho, e também de arroz. O formato atual da técnica foi desenvolvido há quatro anos, sendo testada em diversas propriedades rurais, alcançando resultados surpreendentes de produção. A sua utilização tem mudado os patamares de produtividade, os quais podem ser conferidos acessando aqui.
Neste ano, as áreas demonstrativas do Projeto Sulco estão instaladas em lavouras de milho em Cachoeira do Sul, Dom Pedrito e em Jaguarão e há também três lavouras em soja nos municípios de Capão do Leão, Formigueiro e Santa Vitória do Palmar. O pesquisador também levou a tecnologia para ser conhecida no Uruguai.
Impactos da tecnologia
Na última safra de grãos, o Estado vivenciou um longo período de estiagem e obteve uma produtividade na soja de 41 sacas por hectare nas terras baixas, enquanto que em áreas com o sulco-camalhão a produtividade foi de 77 sacas por hectare. Já a produtividade do milho, saiu de 57 sacas por hectare, para 170 sacas por hectare. Os resultados dão uma diferença de 88% para a soja e quase 200% para o milho entre o sistema convencional e o sistema sulco-camalhão, além de ampliar a área de produção.
Há avaliações que demonstram desempenho técnico, econômico, ambiental e social altamente positivos, demonstrando que o sistema se mostrou totalmente viável para as condições de produção de soja e milho em rotação com a cultura do arroz.
Outro ponto forte da técnica é a associação com a geração de empregos na região. Leva-se em consideração que a cada 35 hectares cultivados se gera um novo emprego, entre a produção no campo e elos da cadeia produtiva, e que o sistema está implantado numa área de 45.600 mil hectares, se estima que foram gerados aproximadamente 1.300 novos empregos na safra 2021/22, o que é extremamente recompesador.
Cristiane Betemps (MTb 7418/RS)
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