O Dia de Campo sobre Compostagem e Produção de Hortaliças, realizado no em janeiro na comunidade do Jabuti, atraiu um público de cerca de 40 pessoas, entre estudantes do ensino fundamental da rede municipal, técnicos de assistência técnica, produtores rurais, lideranças e mulheres indígenas. O evento, promovido pela Embrapa Roraima e Associação dos Agricultores Familiares Indígenas do Jabuti, foi uma das ações previstas pelo projeto “Fortalecimento da agricultura sustentável e agroecológica na comunidade indígena do Jabuti em Roraima”, fomentado com recurso da “Fundação Socioambiental Casa” e marcou o encerramento das atividades de transferência de tecnologias do projeto, que foi desenvolvido na escola municipal Indígena Dr. Eduardo Ribeiro, município de Bonfim-RR. Contou com a presença de Lourenço de Souza Cruz, chefe-adjunto de Transferência e Tecnologia em exercício, da Embrapa Roraima, de representantes do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural - IATER, Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social - SETRABES, Secretaria de Agricultura Desenvolvimento e Inovação - SEADI, produtores, lideranças e mulheres da comunidade. A programação do Dia de Campo foi dividida em duas estações: produção de Mudas de Hortaliças e Compostagem, onde os participantes tiveram a oportunidade de conhecer os resultados do projeto e também acompanharam a palestra e práticas apresentadas pela equipe de transferência e tecnologia da Embrapa Roraima. Na primeira estação, Lourenço de Souza Cruz apresentou a importância do projeto e as técnicas de produção de hortaliças com parte prática no plantio de mudas em covas e canteiros. Na segunda estação os participantes aprenderam o processo de produção de compostagem, com palestra e prática realizada pelo técnico agrícola Ozélio Izidório. Para Lourenço Cruz, o evento foi excelente foi uma oportunidade de expor para a comunidade resultados do projeto que contribuem com a agricultura indígena e a educação ambiental dos jovens da escola. A interação entre professores, pais e alunos nas atividades de produção de hortaliças e composto orgânico, fortalece vínculos socioambientais. Ressalta. Segundo a Roseane de Lima Carvalho, vice-gestora da Escola Municipal Indígena Dr. Eduardo Ribeiro, a participação da escola no projeto aconteceu em um momento importante para comunidade: “Nossa expectativa é que os alunos levem para casa esse conhecimento e multiplique essa ideia para seus familiares”. Ações do projeto Ao longo do projeto foram produzidos e entregues 10.000 mil selos “Produzido por mulheres rurais” como forma de valorizar o papel da mulher indígena no meio rural e sua autonomia, agregando valor ao produto e incentivando a participação de mais mulheres em etapas de produção. Os selos foram destaques na ações do Observatório de Mulheres Rurais da Embrapa, e foram apresentados com pauta da reunião conjunta da Comissões de Defesa dos Direitos da Mulher; SECRETARIA DA MULHER; Trabalho, Administração e Serviço Público, com o tema: Autonomia econômica feminina e combate à violência doméstica, transmitida no dia 29 de novembro de 2022. https://www.camara.leg.br/evento-legislativo/66600?a=556929&t=1669744790097&trechosOrador=cristina Outra ação impactante, proporcionada pelo projeto, foi o preparo de área e o cultivo de milho verde, com a participação dos alunos, professores e pais nos diversos tratos culturais, desde a semeadura até a colheita das espigas, ocasião em que a escola celebrou com a comunidade numa grande festa e teve a distribuição de milho e comidas derivadas do grão.