Reunião articula parcerias no Paraná
Reunião articula parcerias no Paraná
No dia 6 de fevereiro, durante o Show Rural 2023, evento promovido pela cooperativa Coopavel, em Cascavel (PR), os chefes-gerais da Embrapa Soja, Alexandre Nepomuceno, da Embrapa Trigo, Paulo Lemainski e da Embrapa Florestas, Erich Schaitza e o chefe de P&D da Embrapa Suínos e Aves, Rodrigo Nicoloso, estiveram reunidos, com o secretário de Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara, com o presidente do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR- PR), Natalino Avance de Souza, com a diretora de Pesquisa do IDR-Parana, Vania Cirino e com o presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Otamir Martins. A pauta da reunião estava focada no fortalecimento e na ampliação das parcerias para o desenvolvimento de pesquisa agropecuária no Paraná. “O Paraná tem muitos desafios, necessidades e oportunidades em relação às pesquisas, mas nem sempre consegue dar as respostas sozinho”, disse Ortigara, ao reforçar a necessidade de estabelecer parcerias com a Embrapa.
Embrapa Soja – Nepomuceno disse ser preciso fortalecer as parcerias efetivamente, visando a modernização, a sustentabilidade e a competividade do agronegócio. “A parceria histórica que existe entre o IDR e a Embrapa Soja pode ser exemplificada com os resultados do Projeto Grãos que incentiva, por exemplo, a adoção do manejo integrado de pragas (MIP). Essa tecnologia têm reduzido em 50% a aplicação de inseticidas nas lavouras paranaenses”, destaca.
Segundo Nepomuceno, há possibilidades para avanços em outras áreas como o fortalecimento de estratégias de mitigações dos efeitos das mudanças climáticas. Na safra 20/21, o chefe da Embrapa Soja explica que, devido à seca, as perdas de produtividade em soja, por exemplo, geraram prejuízos de mais de R$28 bilhões no Paraná. “Queremos reforçar a parceria no Estado trazendo toda a rede de pesquisa da Embrapa, para melhorar a complementaridade das ações e a sinergia das agendas. Por isso, essa articulação entre as instituições está no topo da agenda de prioridades dessa iniciativa no Paraná”, ressalta Nepomuceno. O chefe da Embrapa Soja apresentou ainda na reunião os eixos de atuacão da pesquisa na Embrapa Soja: Agricultura Digital, Soja Baixo Carbono, Bionsumos e Genética Avancada.
Embrapa Suínos e Aves - Para o chefe de P&D da Embrapa Suínos e Aves, Rodrigo Nicoloso, a reunião foi muito interessante e mostrou a possibilidade do estabelecimento de uma relação bem próxima entre governo e pesquisa. De acordo com ele, o secretário enfatizou que a iniciativa foi uma aproximação inédita da Embrapa com o Estado, especialmente pela representatividade das Unidades e mostrou a unicidade da Empresa.
Ortigara e o presidente do IDR destacaram a importância das cadeias de suínos e aves para o Paraná, especialmente pelo crescimento da suinocultura na região Oeste, onde grandes empreendimentos estão sendo executados – como a instalação recente de uma planta da Frimesa, por exemplo. “Eles estão interessados em trabalhar com a Embrapa, especialmente, na questão sanitária, com o objetivo de atuar em estratégias de prevenção e controle de doenças que podem impactar a cadeia produtiva, como o caso da influenza aviária que ronda o nosso país, bem como no desenvolvimento de políticas públicas para uma resposta conjunta do governo e pesquisa”, comentou.
Outro assunto de interesse manifestado pelo secretário foi a questão dos animais mortos, que ainda é um grande problema no Estado. “O pedido é para que a Embrapa atue de forma ainda mais parceira e presente para a busca de uma solução definitiva ao problema. Eles querem nossa contribuição de maneira técnica para que o Estado possa estabelecer uma rota de recolhimento de animais, a exemplo do que o Rio Grande do Sul está fazendo e que tem a contribuição da Embrapa”.
O chefe de P&D apresentou ainda os principais projetos em que a Unidade atua no momento, enfatizando grandes áreas onde as ações de PD&I estão contextualizadas, bem como sua relevância: Competitividade; Sanidade; Sustentabilidade; Imagem e Inovação. Temas como carne de baixo carbono, estratégias para enfrentamento da estiagem, biosseguridade, além de novas ações, como carne cultivada e xenotransplantes, estiveram entre as contribuições apresentadas pela Unidade.
Embrapa Florestas - De acordo com o chefe-geral da Embrapa Florestas, Erich Schaitza, há uma busca pela inovação nos sistemas produtivos paranaenses e por novas oportunidades que possam atender diferentes grupos de produtores para levá-los a um novo patamar de desenvolvimento. “O secretário Ortigara mostrou que, no Paraná, cerca de 80% da densidade econômica do estado está ligada à agricultura, pecuária, silvicultura e às indústrias que derivam destas áreas, e que temos que manter esse nível de importância no mercado, crescendo cada vez mais com sustentabilidade”, explica Schaitza.
O chefe-geral da Embrapa Florestas abordou ainda temas como tecnologias de descarbonização, novos produtos ligados à biotecnologia e ciência de materiais e também a produção de madeiras de espécies de maior valor agregado. “Reafirmamos o interesse de continuar trabalhando junto com o Estado na questão de silvicultura de erva-mate e de araucária, além da continuidade de trabalhos conjuntos com o IDR, que já acontecem há bastante tempo (fruto de um contrato de agenda comum) e são bastante significativos”, ressaltou.
Na avaliação de Shaitza, a participação conjunta dos chefes das Unidades da região Sul mostra que há interesse da Embrapa em uma aproximação integrada e menos “segmentada”, no Paraná, no sentido de apresentar de forma mais coesa a complexidade de soluções às questões do agro.
Embrapa Trigo – Lemanski diz que a Embrapa manifestou o interesse em ampliar as ações com o Estado do Paraná, oferecendo expertise e soluções tecnológicas para contribuir com o avanço de políticas públicas. Foram abordados temas como: produção sustentável e descarbonização com plantas em sistemas agrícolas produtivos; a otimização do uso da terra: (agricultura conservacionista/regenerativa que permite a intensificação sustentável com soluções tecnológicas para reduzir os riscos e danos de estiagens); o suprimento para cadeia de proteína animal de suínos e aves com uso de cereais de inverno e a ampliação da competitividade da pecuária de leite e de corte, via pastagem e alimento conservado produzidos no outono e no inverno. "Essa reunião oportunizou a interação dos propósitos convergentes em favor da competitividade do agro, que se constitui no maior negócio gerador de recursos da região Sul”, avalia Lemanski
O chefe da Embrapa Trigo disse que as ações de pesquisa com trigo e triticale que o IDR-PR e a Embrapa já realizam devem ser intensificadas, via edição gênica e melhoramento genético tradicional. “Nosso objetivo é aumentar a área de produção utilizando genética adequada, manejo eficiente e geração de rentabilidade, para chegarmos a autossuficiência brasileira do trigo em menos de cinco anos”, defende. O Brasil consome 12,3 milhões de toneladas de trigo e, em 2022, colheu a maior safra, 10 milhões de toneladas.
Articulação conjunta - Houve relatos sobre o potencial de trabalhos integrados de todas as unidades do Sul. Ortigara mostrou interesse de maior aproximação com a Embrapa em temas como horticultura (pulses e plantas alimentícias não-convencionais -pancs) e maior interlocução com a Embrapa Pesca e Aquicultura para atuação no estado, uma vez que o Paraná é o principal produtor de peixes de criadouro no Brasil. Durante a Expointer, a ser realizada em Esteio, no Rio GRande do Sul, no segundo semestre de 2023, ficou agendado novo encontro, com representantes do CODESUL (PR, SC, RS e MS).
Lebna Landgraf
Embrapa Soja
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Monalisa Leal Pereira
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