Estão abertas as inscrições para a segunda edição do curso on-line “Manejo da cultura do açaí em terra firme: da semente à pós-colheita e ao processamento”. Técnicos, produtores, estudantes e profissionais interessados no tema podem se inscrever gratuitamente na plataforma e-Campo, a vitrine de capacitações on-line da Embrapa. Acesse aqui o curso Com seis módulos e 36 horas de duração, a segunda edição da capacitação traz novidades: a vitrine virtual de uma área de plantio, o módulo específico sobre a polinização do açaizeiro, além de conteúdos interativos e vídeos mostrando as etapas do cultivo. O conteúdo da capacitação aborda o preparo da área, implantação e manejo do açaizal utilizando a cultivar BRS Pai d’Égua desenvolvida pela Embrapa, nutrição e adubação, irrigação, polinização, controle de insetos-praga, colheita, pós-colheita e processamento do açaí. “Nesta segunda edição buscamos aprimorar o conteúdo do curso trazendo mais vídeos que mostrem a realidade do campo. Isso foi uma demanda dos participantes da primeira edição”, enfatiza a analista Mazillene Borges, da área de Transferência de Tecnologia da Embrapa Amazônia Oriental e coordenadora da capacitação on-line. O curso tem fluxo contínuo e o participante pode assistir às aulas e interagir com os conteúdos no momento que achar mais adequado. O prazo para conclusão também é flexível e depende da disponibilidade do participante. O chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Amazônia Oriental, Bruno Giovany de Maria, diz que existe uma grande demanda de produtores e técnicos do Pará e de outros estados brasileiros por orientação sobre as práticas de manejo dessa cultura em terra firme, pois é um cultivo relativamente novo. “Com a capacitação on-line conseguimos alcançar um público de interesse que não teria acesso a todo o processo agropecuário se não fosse por meio da modalidade à distância”, enfatiza. Tour virtual por plantio Logo na abertura da capacitação o participante tem a possibilidade de fazer uma visita virtual a um plantio de açaí em terra firme. A vitrine é um ambiente virtual que retrata a realidade de uma área de produção, e traz conteúdos interativos em todas as etapas do cultivo. “Usamos tecnologia da informação para criar uma estrutura virtual em três dimensões e disponibilizar todo um estoque de técnicas, práticas e recomendações já produzidas pela pesquisa sobre o cultivo do açaí de uma forma acessível e interativa”, acrescenta o analista de sistema Michell Costa, analista da Embrapa Amazônia Oriental. “A ideia é fazer com que o aluno se sinta cada vez mais próximo da realidade do campo”, complementa Mazillene Borges. Novo módulo sobre polinização Outra novidade da segunda edição do curso sobre o plantio do açaí em terra firme é o módulo específico sobre a polinização do açaizeiro. A pesquisadora Márcia Maués, da Embrapa Amazônia Oriental, explica que assim como a irrigação, adubação e tudo o que é necessário ao manejo do plantio, a polinização pode ser vista também como um insumo agrícola. “No caso de polinizadores, em especial as abelhas, elas podem ser manejadas para melhorar a polinização dos plantios e por isso são consideradas bioinsumos”, explica a especialista. O açaizeiro tem uma imensa diversidade de visitantes florais e polinizadores, como relata a pesquisadora, e a presença deles nos plantios é vital para a produção de frutos, já que a palmeira tem polinização cruzada. “Se não tiverem os polinizadores na área, mesmo com todos os outros cuidados que o produtor tem no plantio, não haverá produção de frutos”, destaca Márcia. No módulo sobre a polinização, o participante vai conhecer a biologia floral do açaizeiro, a diversidade de visitantes florais e polinizadores da palmeira, entender por que é importante manter e restaurar a vegetação no entorno dos plantios, conhecer práticas amigáveis aos polinizadores e conhecer as espécies de abelhas que podem ser manejadas para melhorar a produção de frutos. A capacitação on-line conta com apoio do programa federal Bioeconomia Brasil – Sociobiodiversidade, por meio da parceria entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).