I Workshop das Cadeias Produtivas no Amazonas tem atividade prática de cultivo de cupuaçu
I Workshop das Cadeias Produtivas no Amazonas tem atividade prática de cultivo de cupuaçu
Aconteceu nesta sexta-feira (19/5) a visita técnica da cadeia produtiva do cupuaçu no Campo Experimental da Embrapa Amazônia Ocidental, no km 29 da Am-010, em Manaus, como atividade prática do I Workshop das Cadeias Produtivas no Amazonas, realizada pela Embrapa e Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror).
Na visita, os participantes conheceram as principais doenças do cupuaçuzeiro (vassoura-de- bruxa e broca- do-fruto) e as novas cultivares da planta, apresentadas pelas pesquisadoras da Embrapa, Ana Pamplona, Maria Geralda Souza e Aparecida Claret de Souza. Também visitaram o viveiro de mudas, assistiram à uma prática de enxertia do cupuaçuzeiro e conheceram a coleção de fruteiras nativas acompanhados pela equipe da Embrapa.
“O cupuaçu é uma cultura que o produtor tem bastante entusiasmo para produzir, mas tem alguns entraves como qualquer cultura, como os problemas fitossanitários, que é a broca-do-fruto e a vassoura-de-bruxa, mas também temos soluções que iremos mostrar aqui no campo”, disse Claret.
Entre os desafios, a pesquisadora aponta a vassoura-de-bruxa que seca os brotos da planta e a broca-do- fruto, um inseto que entra no fruto e danifica a polpa. A Embrapa tem no campo cultivares que são resistentes à vassoura-de-bruxa e técnicas de controle da broca-do-fruto. “Então, nós estamos buscando a solução e vamos fazer com que os plantios de cupuaçu no Amazonas sejam renovados com essas novas cultivares de cupuaçu”, comentou.
Com uma ampla utilização da polpa na produção de alimentos (sucos, doces, sorvetes) e de cosméticos, até a casca já está sendo usada na fabricação de farinha na alimentação e as folhas para embalagens, destacou Aparecida Claret.
Presente no evento, o produtor rural Paulo Poleze, que produz cupuaçu há seis anos comentou que o Workshop foi muito importante por que se discutiu as limitações da cultura e se projetou soluções futuras. Para ele, o estado precisa cada vez mais auxiliar os agricultores a saírem do estágio precário de produção para atender o que a indústria está precisando. “Então, tem um vácuo, o mercado está aberto ao cupuaçu, mas não temos produção para atender. O evento foi fantástico e devemos pegar o resultado das oficinas que mostrou práticas simples que podem fazer com que essa cultura se fortaleça”, comentou .
O cupuaçu foi a segunda cadeia produtiva abordada no evento, que teve início, na quarta-feira (17/05), no Centro de Convenções do Amazonas Vasco Vasques, em Manaus.
As próximas cadeias produtivas abordadas serão as da castanha, açaí, abacaxi, citros, guaraná, mandioca, olerícolas, piscicultura e pecuária.
Os workshops terão dois dias de programação. No primeiro dia, será discutido técnica sobre demandas das cadeias, e no segundo dia, visitas, direcionadas para ações no campo, utilizando as técnicas desenvolvidas pelos pesquisadores, e colocando em prática junto aos produtores.
Maria José Tupinambá Lira (114 DRT-AM)
Embrapa Amazônia Ocidental
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