07/12/15 |   Agricultura familiar

IG do Mel do Pantanal avança em Mato Grosso do Sul

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Foto: Nicoli Dichoff

Nicoli Dichoff - Representantes da atividade apícola discutem os próximos passos para a emissão do selo

Representantes da atividade apícola discutem os próximos passos para a emissão do selo

Na tarde desta última sexta-feira, dia 04, representantes do Conselho das Federações, Cooperativas, Associações, Entrepostos e Empresas Afins à Apicultura do Pantanal do Brasil (Confenal) estiveram reunidos para debater os rumos da Indicação Geográfica (IG) do Mel do Pantanal. A reunião foi realizada na Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul). A IG do mel pantaneiro, caracterizada por um selo que identifica a origem e os métodos de elaboração dos produtos, foi concedida este ano pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e é a primeira Indicação Geográfica para mel emitida no Brasil.
 
Entre os assuntos discutidos estiveram as orientações sobre o cadastro de apicultores (e unidades de beneficiamento de produtos apícolas) certificados pela IG, a escolha da empresa de rastreabilidade da produção e a definição dos rótulos utilizados pelas empresas. "Após a solidificação dos ganhos financeiros que essa IG provavelmente trará, nós devemos ter a adesão de muitos produtores ao processo. Com isso, eles também vão entender que essa conquista é deles – e que, por isso mesmo, é preciso evitar a fraude de qualquer jeito. Daí a importância de sedefinir os detalhes dos critérios necessários para a certificação", afirma Gustavo Bijos, presidente da Federação de Apicultura e Meliponicultura de MS (Faems).
 
De acordo com o pesquisador da Embrapa Pantanal, Vanderlei dos Reis, o selo funciona não apenas para comprovar os métodos produtivos, mas para agregar valor à produção apícola regional. "A produção de mel na região do Pantanal estimula o desenvolvimento da agricultura familiar, a mudança de paradigma (em relação à valorização da atividade) e a multifuncionalidade produtiva. É um processo de convencimento, de mudança e, principalmente, de incorporação de novos hábitos", afirma. "É a primeira IG de mel do país e a primeira de produto do centro oeste. Não é uma conquista pequena".
 
Durante a reunião, Roberto de Oliveira filho – apicultor há dez anos – ressaltou a importância de se criar um diálogo com quem integra a cadeia produtiva do mel em Mato Grosso do Sul. "Precisamos saber quem são os produtores para formar um grupo e assumir esse trabalho", diz. "A gente precisa criar a cultura, fortalecer esse grupo e estar no dia a dia com essas pessoas. Só quando nos tornarmos responsáveis por isso é que o processo passa a ser algo representativo". Para Ricardo Dias Peruca, Gestor de desenvolvimento rural da Agraer, essa é a hora de mobilizar os apicultores. "Temos que trazê-los para perto. Os principais atores têm que se apossar do que é deles".
 
Ainda segundo Gustavo Bijos, os primeiros produtos certificados pela Indicação Geográfica do Mel do Pantanal devem ser lançados na próxima Showtec, feira de Tecnologia do Agro de Mato Grosso do Sul, realizada de 20 a 22 de janeiro de 2016 em Maracaju.
 
 
 
Entre as entidades participantes desta reunião estiveram a Embrapa Pantanal, Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), Superintendência Federal de Agricultura no estado de Mato Grosso do Sul (SFA-MS) e Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul).
 

Nicoli Dichoff (MTb 3252/SC)
Embrapa Pantanal

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