06/06/23 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Visita formaliza parceria entre Embrapa Cocais e Palma Matarazzo

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Gestores e pesquisadores da Embrapa Cocais visitaram, em Palmeirândia-MA, o projeto da Palma Matarazzo, do empresário e diretor de cinema Jayme Monjardim e sua sócia Nélia Rodrigues – conhecida por Nelinha do Babaçu, maranhense filha de mãe quebradeira de coco e de pai lavrador -, voltado à utilização sustentável do babaçu no Maranhão. O objetivo da parceria com a Embrapa é fomentar a cadeia de alimentos, gerar produtos e processos inovadores e trazer avanços e melhoria da qualidade de vida das quebradeiras de coco da região.

Segundo Marco Bomfim, chefe-geral da Embrapa Cocais, serão desenvolvidos produtos com base na bioeconomia inclusiva e sustentável da Amazônia maranhense. “Na ocasião da visita, conhecemos melhor o projeto da Palma Matarazzo e seus impactos para a região e vislumbramos outras oportunidades de colaboração conjunta. Também nos reunimos com quatro grupos de quebradeiras de coco para identificarmos oportunidades de avançar com um projeto de inovação social com as organizações locais.

A empresa já explora as potencialidades da amêndoa do babaçu para fabricação de produtos derivados do coco. “A palmeira de babaçu consegue fornecer, por exemplo, alimentos, carvão, madeira, artesanato, óleo, produtos farmacêuticos e o Maranhão tem essas florestas de ouro . Pretendemos implantar, com o apoio da expertise da Embrapa Cocais, centro de estudos e laboratório de alimentos, para novas técnicas, novas fórmulas, aproveitando as experiências já geradas pela ciência, desenvolvendo novas tecnologias, formando pessoas para gerar riqueza e renda na região. Somos conscientes da importância de tecnologias para impulsionar o desenvolvimento socioeconômico e ambiental do Maranhão e do Brasil”, adianta Monjardim.

Para Guilhermina Cayres, chefe de transferência de tecnologia e líder do projeto que ora se inicia, em parceria com a Embrapa Agroindústria de Alimentos, esta é uma oportunidade para dar visibilidade ao babaçu perante a outros públicos, trazendo para o Maranhão o protagonismo de valorizar a palmeira como uma espécie da sociobiodiversidade que fortalece a identidade cultural do Estado.

“É preciso superar a associação do babaçu com miséria e atraso e promover a agregação de valor aos produtos e coprodutos da palmeira babaçu, símbolo de resistência, resiliência e ainda de empreendedorismo e negócios sustentáveis, por meio de pesquisa e inovação da Embrapa e de outros parceiros institucionais, em sinergia com as famílias agroextrativistas do babaçu, principalmente as quebradeiras de coco. Vamos justamente estimular a autonomia e o empreendedorismo coletivo das quebradeiras de coco babaçu com valorização do saber tradicional e do potencial do babaçu como espécie da sociobiodiversidade e da identidade cultural do Maranhão”.

Além desta parceria já formalizada, a empresa deverá formalizar novo acordo de cooperação com a Embrapa relacionado ao ILPF Babaçu, manejo de açaí, entre outros.

Flávia Bessa (MTb 4469/DF)
Embrapa Cocais

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