15/06/23 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Embrapa é homenageada na Assembleia Legislativa do Pará

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Foto: Ronaldo Rosa

Ronaldo Rosa - Walkymário Lemos discursa na Assembleia Legislativa do Pará

Walkymário Lemos discursa na Assembleia Legislativa do Pará

A sessão especial na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) em comemoração aos 50 anos da Embrapa, realizada na manhã desta quinta-feira (15), reuniu lideranças políticas, parceiros da pesquisa agropecuária, representantes do segmento produtivo e empregados e aposentados da Embrapa Amazônia Oriental.

O evento foi uma iniciativa do Deputado Carlos Bordalo, que ressaltou as contribuições da instituição de pesquisa para o desenvolvimento da agricultura brasileira. “A Embrapa é fundamental para a consolidação de uma sociedade mais justa e equilibrada, especialmente neste momento em que o mundo se depara com o desafio da produção de alimentos e o enfrentamento da crise nutricional”, afirmou.

O chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental Walkymário Lemos discursou em nome da Empresa e ressaltou que a homenagem do poder legislativo é o reconhecimento do povo paraense à importância da pesquisa agropecuária e florestal, aos agricultores e agricultoras e “à pujança da nossa agricultura, que já se posiciona como a sétima do país, em termos do Valor Bruto da Produção Agropecuária”.

Walkymário pontuou marcos históricos na trajetória da instituição, desde a criação do Instituto Agronômico do Norte (IAN), em maio de 1939, do qual a Embrapa Amazônia Oriental é sucessora. E lembrou dirigentes que iniciaram essa trajetória.

Atuação no Pará
 

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária, foi criada em 1973 para desenvolver a base tecnológica de um modelo de agricultura e pecuária genuinamente tropical. Atuando na geração de conhecimento e tecnologias para a produção de alimentos, fibras e fontes de energia, sua missão sempre foi de viabilizar soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação para a sustentabilidade da agricultura em benefício da sociedade brasileira.

No estado do Pará, a Empresa atua por meio da unidade descentralizada ecorregional Embrapa Amazônia Oriental. O centro de pesquisa foi criado em 23 de janeiro de 1975 no município de Belém-Pará, herdando a estrutura do antigo IAN (Instituto Agronômico do Norte), fundado em 4 de maio de 1939.

As pesquisas desenvolvidas na região geram tecnologias, produtos e serviços que viabilizam a produção de alimentos, o uso dos recursos naturais e florestais e a conservação do capital natural da Amazônia Oriental, com sustentabilidade e respeito ao homem, à cultura e ao meio ambiente.

  • Assista aqui à sessão especial desta quinta-feira, 15 de junho de 2023:
     

 

Desafios do presente e do futuro
 

O gestor ressaltou que é preciso não apenas parar o desmatamento e a degradação da vegetação, mas também atuar fortemente na restauração florestal da Amazônia, com a recomposição de Áreas de Reserva Legal (ARL) e Preservação Permanente (APP) a partir de técnicas consolidadas e recomendadas pela ciência. Walkymário afirmou ainda que questões éticas e ambientais deverão cada vez mais ser consideradas pela agricultura, como “a melhoria das condições das pequenas produções, a valorização da sociobiodiversidade amazônica e a elevação dos indicadores de segurança alimentar e desenvolvimento humano das populações urbana, rural e dos povos tradicionais”, pontuou.

A Amazônia Legal tem 761 mil pequenos produtores que representam 83% do universo de agricultores na região. No Pará estão 240 mil pequenos produtores representando 86% do universo de produtores do estado. “Definitivamente, precisaremos sair da agricultura de toco para uma agricultura mais tecnológica e conectada, com utilização de fertilizantes, calcário, mecanização agrícola, automação, além da criação de novas alternativas econômicas”, afirmou o gestor. A superação desses desafios, segundo ele, precisam do apoio incondicional do poder legislativo estadual. “Acreditamos que unidos teremos grandes possibilidades de melhorar as condições de vida das populações paraenses envolvidas na produção de alimentos e, por consequência, na redução da fome e pobreza”, finalizou Walkymário.


Rede de parceiros
 

A mesa de autoridades da sessão especial no plenário da Alepa contou com representantes de instituições parceiras e lideranças políticas. Além do deputado Carlos Bordalo e do chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental Walkymário Lemos, fizeram parte da mesa Carlos Xavier, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa); João Costa Barros, representando a presidência da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Pará (Fetagri); Jesus de Nazareno Magalhães, superintendente de Agricultura e Pecuária do Estado do Pará (SFA/PA); Kleber Perotes, representando a presidência da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater); Vivi Reis, ex-deputada federal; Herena Maués, promotora de Justiça Agrária do Ministério Público do Pará; e Árthemis Luiz Moraes, superintendente da Caixa Econômica Federal no Pará.

Cada representante ressaltou as contribuições da pesquisa agropecuária gerada pela Embrapa para o desenvolvimento rural da Amazônia e do Brasil e também pontuou desafios. “Assim como todo brasileiro, eu tenho respeito e orgulho da Embrapa, pois foi graças a essa instituição que o país vivenciou uma revolução na agricultura tropical. A Embrapa gerou tecnologias que permitiram a produção de alimentos. E não tenho dúvidas, pela condição que o país oferece, que nós vamos alimentar o mundo”, afirmou Carlos Xavier, presidente da Faepa.

Para João Costa Barros, da Fetagri, a agricultura familiar ainda enfrenta muitos desafios na região, como a infraestrutura, o acesso a crédito, mecanização e insumos. “Nosso sonho é juntar pesquisa, extensão, produção e comercialização para melhorar a qualidade de vida do camponês, do extrativista e do ribeirinho”, afirmou.

Para o deputado Carlos Bordalo tanto o agronegócio quanto a agricultura familiar têm importante papel na produção rural brasileira e que é preciso dialogar e encontrar a complementariedade desses sistemas. “Embrapa, Emater, instituições de fomento e outras lideranças são fundamentais nesse sentido”, afirmou

Homenagens
 

Durante o evento, o agricultor e empresário rural Benedito Dutra, do município de Tracuatuea (PA), recebeu uma homenagem da Embrapa pelo relevante trabalho na agricultura paraense. Dutra é produtor licenciado pela Embrapa para a comercialização de material genético de mandioca e feijão caupi desenvolvidos pela pesquisa.

O deputado Carlos Bordalo recebeu uma placa em agradecimento à proposição da sessão solene e pela parceria com a pesquisa e fortalecimento da cadeia produtiva do açaí.

E a Embrapa também foi homenageada com certificado recebido chefe-geral Walkymário Lemos pelos relevantes serviços prestados em soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação para a sustentabilidade da agricultura em prol da população paraense e brasileira.

 

Ana Laura Lima (MTb 1268/PA)
Embrapa Amazônia Oriental

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