Embrapa participa da Hortitec com 12 tecnologias
Embrapa participa da Hortitec com 12 tecnologias
Foto: Henrique Carvalho
A BRS Carmela, primeiro híbrido de verão desenvolvido por uma empresa pública, será lançada durante a Hortitec
De 21 a 23 de junho, a Embrapa participa da 28ª Exposição Técnica de Horticultura, Cultivo Protegido e Culturas Intensivas (Hortitec). O evento, que acontece no Pavilhão de Exposições da Expoflora, em Holambra (SP), é considerado um dos mais importantes do setor hortifrutícola na América Latina e nesta edição vai reunir 490 empresas expositoras do Brasil e do exterior, com expectativa de cerca de 32 mil visitantes, segundo os organizadores.
A Embrapa levará à exposição lançamentos, tecnologias disponíveis para o mercado e oportunidades de parcerias. Ao todo estarão presentes cinco Centros de Pesquisa, que irão apresentar 12 tecnologias.
No dia 22, no estande da Empresa, a partir das 10h30, será feito o lançamento da cenoura BRS Carmela, primeiro híbrido de verão desenvolvido por uma empresa pública, indicada para plantio nas condições de primavera e verão nas principais regiões produtoras do Brasil.
Também será feita a apresentação da cultivar de pimenta BRS Araçari, a única Habanero no Brasil com baixo nível de ardência. As duas cultivares estão sendo comercializadas pela Isla Sementes e foram desenvolvidas pela Embrapa Hortaliças (DF).
Ainda no dia 22, ocorre a divulgação do edital da cultivar de morango (BRS DC25 Fênix), desenvolvida pela Embrapa Clima Temperado (RS) em parceria com a Embrapa Hortaliças, e que será lançada em setembro deste ano.
No mesmo dia, acontece o Painel de Inovação e Negócios promovido pela Embrapa e o Instituto Brasileiro de Horticultura (Ibrahort), que este ano terá o tema “A transformação digital na horticultura”. O painel vai reunir especialistas da Embrapa e representantes de empresas e de startups para discutir o panorama e as perspectivas para adoção de tecnologias digitais no setor.
As inscrições são gratuitas. Confira aqui a programação completa.
Rastreabilidade digital
A Embrapa Agricultura Digital (SP) vai apresentar durante a 28ª Hortitec o Sibraar, sistema de rastreabilidade que utiliza a tecnologia digital blockchain para oferecer ao consumidor informações sobre a qualidade e procedência dos produtos de forma transparente.
Apto para ser utilizado em diferentes cadeias produtivas, durante a Hortitec será apresentada a sua aplicação com foco em frutas, verduras e legumes (FLV), numa parceria com a Ferpall Tecnologia. A empresa especializada em soluções e ferramentas para a rastreabilidade de alimentos está incorporando o sistema da Embrapa na sua plataforma Frutag. De acordo com Anderson Alves, supervisor de negócios da Embrapa Agricultura Digital, soluções digitais como o Sibraar oferecem maior transparência ao consumidor e contribuem para que produtos brasileiros acessem mercados com regras cada vez mais exigentes.
Com o Sibraar, os dados de originação das matérias-primas são gravados em uma cadeia de blocos digitais, por meio da blockchain, gerando uma trilha para a auditabilidade, sem risco de alterações. Por meio de um QR Code estampado na embalagem do produto, qualquer pessoa pode verificar as informações sobre a origem e o processo de fabricação, fornecidas pelo produtor.
O sistema foi desenvolvido inicialmente para a cadeia sucroenergética, com o lançamento do açúcar mascavo e do açúcar demerara, já disponíveis no mercado, em parceria com a Usina Granelli e a Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo (Coplacana). Além do segmento de FLV, por meio do licenciamento, a tecnologia começa a ser expandida também para outros produtos, como pescado, carnes, café e ovos, entre outros.
Nova cultivar de morango: em busca de parcerias
Outras três tecnologias serão apresentadas pela Embrapa Clima Temperado (RS), entre elas a BRS DC25 Fênix, nova cultivar de morango que será lançada em setembro deste ano. O material apresenta boa produtividade de frutos grandes, mais doces - atendendo à preferência nacional - e firmes - o que garante maior durabilidade no transporte. A nova variedade é destinada ao consumo in natura, mas também pode ser utilizada na indústria de frutas congeladas.
Também é considerada precoce, com baixa necessidade de frio para a produção. Essas características permitem intervalo menor entre plantio e início da colheita, aumentando a janela de produção e estendendo a oferta de frutas de qualidade - de maio a dezembro - ao mercado consumidor. Para o produtor, maximiza o retorno econômico pela obtenção de preços mais elevados em período anterior às principais cultivares disponíveis no mercado
A nacionalização da produção de mudas também tem impacto na redução de custos, tendo em vista o alto custo das mudas importadas e dos royalties dessas cultivares estrangeiras utilizadas no Brasil.
O edital deve ser publicado a partir do dia 20 de junho, no portal da Embrapa na internet, para viveiristas interessados na multiplicação de mudas do novo material que será ofertado ao setor produtivo. A recepção da documentação deve ocorrer de 1º a 21 de julho.
Batata resistente e versátil
A batata BRS F50 (Cecília), por sua vez, foi desenvolvida pela Embrapa Clima Temperado (RS) e pela Embrapa Hortaliças (DF) em 2022. A cultivar apresenta maior resistência a duas das principais doenças da cultura: a requeima e a pinta preta. Isso confere ao material indicação ao cultivo orgânico pela menor dependência de produtos químicos para controle dessas doenças.
A variedade produz tubérculos de pele amarela - preferida por entre 70% a 80% do mercado nacional -, com teor relativamente alto de matéria seca. Essa composição também confere à cultivar dupla finalidade de uso: cocção e fritura. No campo, possui ciclo vegetativo médio, com cerca de 110 dias, e potencial produtivo elevado, podendo chegar a 45 toneladas por hectare.
Produtores licenciados para a comercialização de batata-semente podem ser encontrados na página da cultivar.
Cebola mais resistente ao pós-colheita
A terceira tecnologia da Embrapa Temperado, a Cebola BRS Prima tem maior durabilidade no pós-colheita e foi lançada no ano passado. A cultivar se destaca pela resistência do bulbo após a colheita em função da retenção alta e da espessura grossa da casca. Essas características resultam em maior durabilidade e oferta nos períodos de entressafra, garantindo melhores preços ao agricultor. O ciclo precoce, entre 150 a 170 dias, permite colheita antecipada e possibilita a obtenção de melhores preços na comercialização.
Indicada para os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, a variedade apresenta alto percentual de bulbos de padrão comercial e alto potencial produtivo, com produtividade média de 44,1 toneladas por hectare. Também possui resistência a doenças foliares, o que resulta em menor uso de defensivos químicos.
Híbrido de cenoura mais produtivo e resistente
A Embrapa Hortaliças (Brasília – DF) estará presente com cinco tecnologias. A cenoura BRS Carmela é um híbrido de cenoura para plantio nas condições de primavera e verão nas principais regiões produtoras do Brasil. O primeiro híbrido desenvolvido pela pesquisa pública para plantio nessas estações do ano tem resistência à queima-das-folas, doença causada pelo complexo dos patógenos Xanthomonas sp., Alternaria sp. e Cercospora sp. Isso significa que as plantas convivem com a doença sem prejudicar a produção. A queima-das-folhas é a principal doença que ataca a cultura da cenoura nas condições de plantio em clima chuvoso e quente.
Dependendo da severidade, a doença pode inviabilizar a produção. O híbrido é tolerante aos nematoides-das-galhas. A BRS Carmela apresenta raízes de formato cilíndrico, comprimento variando entre 18 cm e 22 cm, diâmetro entre 4 cm e 5 cm, peso médio de 200 g e coloração alaranjada intensa da casca e da polpa.
O cultivo da BRS Carmela é recomendado para o período de outubro a março nas principais regiões produtoras. A colheita começa aos 85 dias após a semeadura e se estende até 115 dias. A produtividade, obtida com estande de 500 mil plantas por hectare, é superior a 60 toneladas por hectare de raízes comercializáveis. Além de maior produtividade, outras características importantes que favorecem ainda mais o aspecto comercial da BRS Carmela são a uniformidade de raízes e estabilidade de produção.
Pimentas em destaque
A pimenta BRS Araçari é uma cultivar de pimenta Habanero (Capsicum chinense) de polinização aberta cujo diferencial são frutos de coloração amarela. A coloração e o aroma pronunciado dos frutos distinguem a BRS Araçari das demais cultivares de pimenta habanero disponíveis no mercado brasileiro e tem potencial para atender a demanda por frutos frescos e nichos de mercado voltados para produtos diferenciados à base de pimentas, como molhos, geleias, chutneys, mostardas, patês e outros.
As plantas apresentam hábito de crescimento ereto, porte alto e altura da primeira bifurcação acima de 30 cm, características desejáveis que facilitam o processo de colheita, seja manual ou mecanizado. No entanto, é necessário ter cautela ao recomendar essa cultivar para cultivo em campo aberto em regiões com alto índice de vento, devido a possibilidade de acamamento de plantas.
BRS Araçari mostrou-se altamente adaptada ao cultivo protegido na região do DF, apresentando plantas de maior porte, número de frutos por planta, e produtividade; sendo indicada ao cultivo protegido. Considerada uma cultivar precoce, o processo de maturação dos frutos, que apresentam formato quadrangular e comprimento médio de 4,3 cm por 4,2 cm de largura, se inicia 78 dias após o transplantio das mudas para o campo, 12 dias de antecedência em relação aos demais genótipos avaliados.
A colheita se estende por três meses, com produtividade média de 13 t/ha em cultivo em campo aberto (inverno ou verão) e de 36 t/ha em cultivo protegido. Além disso, apresenta plantas vigorosas e tolerantes ao frio, com resistência moderada ao complexo Ralstonia e resistência ao nematoides Meloydogine javanica e Meloydogine incognita. A Unidade também irá apresentar outra cultivar de pimenta, a BRS Biguatinga.
Tecnologia para aumentar a produção
O biofertilizante Arbolina, feito à base de nanopartícula de carbono, é um insumo agrícola desenvolvido para aumentar a eficiência dos sistemas produtivos. Composto principalmente por carbono (47%), nitrogênio (17%) e hidrogênio (4%), tendo como base a nanotecnologia Arbolina, o bioestimulante é indicado para a produção de tomate e morango, podendo ser aplicado via pulverizações foliares.
Suas características químicas, como o tamanho nanométrico das partículas, permitem uma absorção mais eficiente pelas folhas e, dentro da planta, ativa rotas metabólicas essenciais, que aumenta a capacidade de absorção e aproveitamento da luz, promovendo um maior ganho energético.
Como consequência, há um maior desenvolvimento do sistema radicular propiciando um maior aproveitamento de água e nutrientes que, aliado a outros fatores, possibilitam aumentos de produtividade de até 25% para tomate industria e estimativa de aumento de até 80% para o morango.
Além dos benefícios diretos no desenvolvimento vegetal, o bioestimulante é biodegradável, não gera resíduos, não prejudica micro-organismos benéficos do solo e de sistemas aquáticos, além de ser totalmente biocompatível, podendo ser misturado a outros insumos agrícolas e utilizado na mesma aplicação.
“Como comprar, conservar e consumir pimentas”
A Embrapa Hortaliças também irá expor uma série de cartazes intitulada “Como comprar, conservar e consumir pimentas”. As pimentas são uma grande riqueza da biodiversidade e da agricultura brasileiras. Disponíveis em uma infinidade de tamanhos, formatos, sabores, aroma e cores, elas são ingredientes que agregam sabor e picância aos alimentos e podem ser usadas em pratos doces e salgados e até mesmo em bebidas.
No meio de tanta diversidade é importante levar em consideração que algumas pimentas são conhecidas em todo o país enquanto outras são de uso regional. Diferentes pimentas são indicadas para usos distintos e as pessoas podem apresentar sensibilidades variadas à ardência das pimentas.
Para promover o uso das pimentas na alimentação e orientar o consumidor na escolha do tipo que atenda sua expectativa, a Embrapa Hortaliças disponibiliza gratuitamente cartazes para exposição nas áreas de venda dos mercados. Você pode compartilhar os cartazes nas redes sociais, em escolas e em eventos de promoção de alimentação saudável e combate ao desperdício.
Nanoemulsão retorna com novidades
Já a nanoemulsão de cera de carnaúba, lançada em 2019 na Hortitec, retorna este ano, agora ampliando o leque de frutos que podem ser revestidos com essa solução tecnológica totalmente de origem vegetal. Com resultados consolidados na aplicação de manga e limão, a tecnologia agora já pode ser utilizada em novos frutos, como pimentão e tomate.
Desenvolvida pela Embrapa Instrumentação (SP) em parceria com a empresa QGP/Tanquímica (Laranjal Paulista – SP) e a Universidade de São Carlos (UFSCar), dentro conceito de inovação aberta, a nanoemulsão de cera de carnaúba, já disponível no mercado nacional e internacional há quase cinco anos, representa um avanço tecnológico nas ceras de recobrimento usadas para evitar a desidratação de frutos.
O pesquisador Marcos David Ferreira, responsável pelo desenvolvimento da pesquisa, explica que para algumas culturas, como as frutas, existe já uma estrutura de aplicação comercial de revestimentos, enquanto para outras, como as hortaliças de frutos, a exemplo de tomate e pimentão, são necessárias adaptações no beneficiamento.
“Estudos em laboratório já demonstravam os benefícios para conservação dessas hortaliças, em especial tomate, agora apresentadas na feira pelas empresas parceiras da Embrapa”, diz o pesquisador, especialista em pós-colheita.
A tecnologia mantém as propriedades sensoriais do fruto, reduz a perda de massa, proporciona maior brilho, preserva a qualidade e prolonga, em média, 10 dias a vida útil dos produtos, comparada ao revestimento convencional.
A gerente de P&D da QGP/Tanquímica, Marilene Ribeiro, ressalta que a nanoemulsão de cera de carnaúba é um produto de origem vegetal (plant-based) com amplitude de consumo em diferentes mercados, entre eles, o vegano, vegetariano, para os quais a característica – plant based é fundamental. “Este revestimento demonstra qualidades técnicas excepcionais, mantendo a qualidade de campo por mais tempo, preservando a qualidade sensorial”, diz a gerente.
O mercado interno, assim como o externo é atendido pela multinacional americana AgroFresh, que firmou um contrato com a Tanquímica/QGP para promover a distribuição e comercialização do produto. Pelas mãos da AgroFresh, a TanWax C-18 (nome comercial da nanonemulsão de cera de carnaúba) desembarcou em países da América Latina, Europa e Ásia.
O gerente comercial da AgroFresh, Fabiano Coldebella, lembra que há uma tendência de mercado internacional para utilização de revestimentos comestíveis com produtos naturais.
“Os resultados em campo mostram o diferencial para manutenção da qualidade em diferentes tipos de frutos com redução significativa na perda de peso durante armazenamento. A perda de massa durante transporte e armazenamento, reduz a qualidade do produto, sendo uma das causas majoritárias da perda e desperdício de alimentos no Brasil e mundo”, afirma Coldebella.
De acordo com cálculos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), um terço da produção total de alimentos do planeta – cerca de 1,3 bilhão de toneladas - vai para o lixo. No Brasil, embora seja um dos principais produtores de frutas e hortaliças, é também um dos dez países que mais desperdiçam comida no mundo. As perdas giram em torno de 30%, o que faz da nanoemulsão uma alternativa para a conservação pós-colheita de frutos em geral e redução do desperdício.
Sistemas agroflorestais agroecológicos biodiversos e abelhas-sem-ferrão
A Embrapa Meio Ambiente (SP) vai apresentar os Sistemas Agroflorestais (SAFs), que misturam no mesmo espaço ou no tempo, os cultivos agrícolas com espécies arbóreas, reconhecidos como uma importante estratégia para alcançar sistemas de produção sustentáveis.
O SAF está integrado à criação racional de abelhas-sem-ferrão, conhecida como meliponicultura. Essa integração se dá na medida em que as espécies vegetais do SAF fornecem recursos florais para as abelhas-sem-ferrão e as abelhas, além de produzir mel e outros produtos que podem se constituir em uma fonte alternativa de renda para os agricultores, também incrementam a produtividade dos cultivos agrícolas pela melhoria no processo de polinização.
A equipe técnica da Embrapa está avaliando espécies vegetais para o enriquecimento dos SAFs, bem como o manejo de poda de certas espécies, visando melhorar a integração entre os dois sistemas de produção, com foco em espécies atrativas para as abelhas e que possam se beneficiar da polinização realizada por elas.
Pulverizador costal pneumático eletrostático elétrico
A Unidade também levará à 28ª Hortitec o protótipo funcional de um pulverizador portátil, de pequeno porte, pneumático (acionamento por ar comprimido), eletrostático (com capacidade de gerar gotas com carga estática) e elétrico (movido por energia elétrica a partir de uma bateria recarregável de 12 volts). Sua principal função é propiciar a aplicação de defensivos agrícolas (químicos ou biológicos) ou nutrientes foliares e estimulantes em geral, que sejam miscíveis em água, em culturas conduzidas em ambientes protegidos.
O equipamento é indicado para uso em culturas protegidas, instalações agrícolas ou pecuárias, hortas, e frutíferas cultivadas em pequenas áreas ou condições especiais de alto custo, ou seja, substitui o aparelho costal convencional com muita economia e maior eficiência. Além disso, pode ser usado tanto para aplicação de produtos domissanitários ou de desinfecção hospitalar, aeroviária, doméstica, etc., quanto para aplicação de medicamentos ou desinfetantes em áreas de pecuária, como estábulos e aviários ou instalações em geral.
Segundo o pesquisador Aldemir Chaim, idealizador do protótipo, “é um pulverizador multi-funcional, com altíssima eficiência de deposição de gotas e que trabalha com baixos volumes de calda, proporcionando ao mesmo tempo economia de produtos e grande eficiência de cobertura das superfícies pulverizadas”, enfatiza.
O pesquisador explica que “o pulverizador utiliza um processo pneumático de geração de gotas, com o uso de ar comprimido, semelhante às pistolas de pintura, o qual produz gotas bem pequenas, na faixa de 20 a 60 micrômetros de diâmetro, que são perfeitas para a eletroposição”.
Auras – bioinsumo para combater o estresse hídrico
A terceira tecnologia apresentada pela Embrapa Meio Ambiente é o Auras, resultado de mais de 12 anos de pesquisa. Fruto de uma parceria com a NOOA Ciência e Tecnologia Agrícola (Patos de Minas, MG), a tecnologia não tem concorrentes registrados no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O bioinsumo, que já é usado em milho para combater o estresse hídrico nas plantas e está sendo testado em outras lavouras, como soja e feijão, é capaz de reduzir os efeitos causados pelas estiagens prolongadas, minimizando riscos e expressando o potencial das lavouras.
A tecnologia, desenvolvida pela Embrapa e produzida e distribuída, exclusivamente pela NOOA, é inspirada em plantas de regiões secas que se associam a microrganismos para tolerar o estresse hídrico e foi encontrada nas raízes do mandacaru, cacto bem conhecido no Semiárido.
O bioinsumo Auras é feito a partir da bactéria Bacillus aryabhattai, presente nos solos da Caatinga. “Esses microrganismos são capazes de hidratar as raízes e atuam na fisiologia dos vegetais, fazendo com que respondam melhor à escassez de água”, resume o pesquisador Itamar de Melo, líder da pesquisa.
A ideia de pesquisar a mitigação da seca por bactérias benéficas surgiu em 2016, mas começou bem antes quando já eram analisados isolados de actinobactérias capazes de reduzir os efeitos do estresse hídrico em soja, milho e trigo em razão da produção de enzimas, fitormônios, mineralização de nutrientes, solubilização de fosfato e fixação de nitrogênio”, enfatiza o pesquisador.
Eduardo Pinho Rodrigues (MtB/GO - 1073)
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