Curso no AM aborda tecnologias para fixação biológica de nitrogênio e solubilização de fosfato
Curso no AM aborda tecnologias para fixação biológica de nitrogênio e solubilização de fosfato
Foto: Síglia Souza
Experimentos da Embrapa com a inoculação em milho proporcionou aumento de produtividade e redução de custos
Informações sobre os processos e as tecnologias de inoculação de bactérias que realizam a Fixação biológica de Nitrogênio (FBN) e solubilização de fosfato em gramíneas e leguminosas estão sendo apresentadas em curso que a Embrapa Amazônia Ocidental realiza para estudantes e comunidade científica, na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), neste dia 20 de junho.
Pesquisas com esse tema vêm sendo realizadas no Amazonas, pela Embrapa Amazônia Ocidental, com resultados que mostram a redução de custos em uso de adubos nitrogenados, associados a ganhos em produtividade, confirmando os benefícios econômicos e ambientais com uso das tecnologias.
A FBN é um processo que permite à planta capturar do ar o nitrogênio e fixá-lo por meio de processos biológicos. As tecnologias de inoculação de bactérias que realizam FBN e solubilização de fosfato, desenvolvidas pela Embrapa, vem sendo utilizada em várias regiões no Brasil, contribuindo para o aumento de produtividade e redução de custos das lavouras, além de benefícios ambientais como a redução na emissão de gases de efeito estufa, ao substituir o uso de fertilizantes químicos nitrogenados.
O curso é ministrado por profissionais da Embrapa Amazônia Ocidental que desenvolvem estudos no tema. Na programação, o pesquisador Aleksander Westphal Muniz, da área de microbiologia e biogeoquímica do solo, aborda questões relacionadas ao ciclo do nitrogênio, fixação biológica do nitrogênio, solubilização e solubilizadores de fosfato. A analista de pesquisa Cláudia Majolo aborda a inoculação e coinoculação de fixadores de nitrogênio. O pesquisador Rogerio Perin, que atua nos temas de manejo de pastagens e integração lavoura-pecuária-floresta, aborda o tema da degradação do solo. E Aleksander Muniz aborda também o uso de microrganismos na recuperação do solo. A programação acontece na Faculdade de Ciências Agrárias (FCA) e é direcionada a alunos de graduação e pós-graduação.
Resultados de pesquisas - No Amazonas , experimentos da Embrapa com a inoculação da bactéria Azospirillum brasiliense em sementes de milho para cultivo em terra firme, tiveram como resultado a economia de 20 kg de nitrogênio por hectare e rendimento superior em 104% à média da cultura no estado. O Azospirillum é um gênero de bactérias promotoras de crescimento de plantas que associado a gramíneas, como o milho, realiza a fixação biológica de nitrogênio e a síntese de hormônios, entre outros processos benéficos para a planta.
Em outro experimento também conduzido pela Embrapa Amazônia Ocidental, mostrou que a inoculação da bactéria Bradyrhizobium spp em feijão-caupi pode substituir a adubação nitrogenada no Sistema de Plantio Direto, mantendo a mesma produtividade , em torno de 1,5 mil kg por hectare, ao mesmo tempo que permite reduzir cerca de 20% dos custos, com produtividade semelhante à aplicação de 40 kg por hectare de nitrogênio em solos do tipo latossolos.
Síglia Souza (Mtb 66/AM)
Embrapa Amazônia Ocidental
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