Presente na região de Campinas, SP, com três centros de pesquisa, a Embrapa participou, nesta terça-feira, 11, de uma exposição comemorativa pelos 249 anos do município. Realizado no Largo do Rosário, coração da cidade, o evento foi dedicado ao tema da Ciência, Tecnologia e Inovação e reuniu instituições locais de pesquisa. Campinas é um polo de inovação, com 20 centros de pesquisa e desenvolvimento, quatro parques tecnológicos e 45 universidades. A Embrapa Agricultura Digital apresentou o Sistema Brasileiro de Agrorrastreabilidade (Sibraar), tecnologia que utiliza blockchain para oferecer ao consumidor informações sobre a procedência dos produtos de forma transparente e segura. Por meio de um QR Code estampado nas embalagens, qualquer pessoa pode acessar os dados sobre a origem e o processo de fabricação de determinado produto. O sistema foi licenciado para a Usina Granelli, que colocou no mercado açúcar mascavo e demerara rastreados com tecnologia Embrapa. O Sibraar também está em fase de expansão para frutas, verduras e legumes, além de outras cadeias produtivas. Advogada e estudante de Nutrição, Tatiana da Rocha Pitta conheceu, na feira, a tecnologia. Ela conta que gostaria muito de vê-la nas embalagens de produtos in natura, para saber principalmente quando foram colhidos e se foram utilizados insumos químicos na produção. A Embrapa Territorial apresentou o GeoAtlas - Atlas Escolar da Região Metropolitana de Campinas, projeto executado há dez anos em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, com o objetivo de levar a agricultura, a pesquisa científica e o estudo do território para dentro das salas de aula. A iniciativa envolveu pesquisadores e professores da rede municipal, que trabalharam em conjunto para desenvolver materiais didáticos com apoio de ferramentas de geotecnologias. A parceria culminou em dois volumes do Atlas Escolar, adotados na Educação Infantil e no Ensino Fundamental. Prestes a começar um trabalho voltado à agricultura na Prefeitura Municipal, o economista Amarildo Galdino conheceu a publicação na exposição e saiu com o QR Code em mãos para fazer o download e ler em casa. A Embrapa Meio Ambiente levou para o evento o Auras, um bioinsumo utilizado para combater o estresse hídrico nas plantas, já disponível para a cultura do milho, e que foi desenvolvido a partir de uma bactéria presente nos solos da Caatinga. Mas o que fez sucesso mesmo foi o mel das abelhas-sem-ferrão disponível para o público degustar enquanto recebia informações sobre a pesquisa. “Deu pra ver que há uma paixão na pesquisa com as abelhas. Não conhecia esse mel, achei o sabor diferenciado”, disse a professora Andréia Cristina Dulianel. Além da Embrapa, participaram do evento Cargill Innovation Center, a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), CTI Renato Archer, Instituto Agronômico (IAC), Instituto Eldorado, Mescla/PUC Campinas, Technopark/BYD e Unicamp, entre outras entidades.