Abacaxi BRS Imperial é tema de dia de campo na Bahia
Abacaxi BRS Imperial é tema de dia de campo na Bahia
Cerca de 40 pessoas, em especial agricultores, agentes de assistência técnica e extensão rural (Ater) e de secretarias de agricultura de municípios do Recôncavo, são esperadas para o dia de campo sobre produção do abacaxi BRS Imperial a ser realizado nesta terça-feira (18), das 7h45 às 12h, na Embrapa Mandioca e Fruticultura
O objetivo do Setor de Gestão de Transferência de Tecnologia (STT) e da Equipe Técnica de Abacaxi é formar, na região, multiplicadores para a produção e o manejo sustentável da variedade, que tem como principal característica a resistência à fusariose, a principal doença da cultura.
Entre os temas abordados por analistas e pesquisadores da instituição, estão: Manejo de solo e adubação (Francisco Alisson da Silva Xavier), Tratos culturais (Domingo Haroldo Reinhardt), Irrigação e manejo de água para o abacaxi BRS Imperial (Eugênio Ferreira Coelho), Obtenção e manejo de mudas pelos métodos convencional e de secção de talo (Aristoteles Pires de Matos e Tullio Raphael Pereira de Pádua) e Características do BRS Imperial, seguidos de degustação de frutos da variedade (Herminio Souza Rocha).
A variedade
A cultivar BRS Imperial é a que atualmente tem maior expressão entre as cultivares de abacaxi resistentes à fusariose, a doença mais devastadora do abacaxizeiro no Brasil. Além disso, possui polpa de cor amarela intensa, com elevado teor de açúcares e de vitamina C. De tamanho inferior ao Pérola, o BRS Imperial atende ao novo padrão familiar brasileiro e também à exportação, que já ocorre para a Europa e é favorecida pela casca espessa, que aumenta o tempo de prateleira e reduz as perdas. Os frutos não têm espinhos nas folhas, o que facilita a colheita pelo trabalhador e o manuseio pelo consumidor, e podem ser destinados ao consumo in natura e para a indústria.
“Especificamente para o caso da cultivar BRS Imperial, a receita obtida pela venda do fruto é maior, pois trata-se de um nicho de mercado”, salienta o pesquisador Davi Junganhs, líder do Programa de Melhoramento Genético do Abacaxizeiro da Embrapa Mandioca e Fruticultura. “Como é um produto com pouca oferta, o nível de rentabilidade ainda é muito alto”, afirma.
Fusariose
A fusariose, causada pelo fungo Fusarium guttiforme, ataca todas as partes da planta, em especial o fruto, que é a parte comercializável. As perdas podem chegar a 100% da produção, caso medidas de controle não forem realizadas. Uma vez atacado, o fruto torna-se imprestável para o consumo fresco ou para o processamento.
Além disso, o patógeno infecta aproximadamente 40% do material propagativo. Das plantas infectadas levadas ao plantio, 61% morrem antes da indução floral, 28% morrem antes de atingirem a fase de colheita e 11% permanecem vivas durante todo o ciclo da cultura. Como agravante, as cultivares mais plantadas no Brasil, Pérola e Smooth Cayenne, são suscetíveis à doença.
Devido à sua resistência natural à fusariose, o BRS Imperial é uma das variedades indicadas pelos sistemas de produção da Embrapa para o extremo-sul da Bahia, para o estado do Tocantins e também pelo sistema orgânico para produção de abacaxi para Lençóis, Chapada Diamantina (BA).
Léa Cunha (DRT-BA 1633)
Embrapa Mandioca e Fruticultura
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