A Embrapa Amazônia Ocidental recebeu nesta sexta-feira, 11/8, a visita do deputado estadual Wilker Barreto (Cidadania) e assessores da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) interessados em conhecer as principais linhas de pesquisa e tecnologias disponíveis para o setor agropecuário do Amazonas. As informações serão levadas pelo deputado para inclusão de emendas ao Projeto da Lei Orçamentária Anual de 2024, que está em fase de elaboração pelo Governo do Estado. Everton Rabelo, chefe-geral da Embrapa Amazônia Ocidental, recebeu a comitiva e apresentou uma palestra contendo os projetos e contribuições da pesquisa para o Amazonas, com destaque às culturas da banana, guaraná e piscicultura e também falou da situação da Empresa. A Embrapa no Amazonas dispõe de 48 pesquisadores, 23 projetos em execução e R$ 8,51 milhões investidos nestes projetos. Em seguida, a comitiva visitou os laboratórios de Análise de Solos e Plantas (Lasp) e de Biologia Molecular e a Fábrica de Ração Demonstrativa. Presidente da Comissão de Indústria, Comércio e Zona Franca da Aleam, Wilker Barreto, disse que sua visita era para prospectar as demandas da pesquisa para serem levadas ao conhecimento do Legislativo Estadual, neste momento em que a Lei Orçamentária Anual de 2024 está na fase de construção. O Executivo estadual enviará para a Assembleia o que será gasto no ano que vem e os deputados incluem as observações necessárias para uso do recurso público. Segundo Barreto, a intenção é mostrar ao Parlamento que, para o interior do estado, vencer a pobreza tem que ser através do setor primário, que precisa de investimentos tecnológicos e conhecimentos que a Embrapa pode colaborar. No Laboratório de Análise de Solos e Plantas (Lasp), foi recebido pela pesquisadora e coordenadora Maria do Rosário Lobato Rodrigues, que comentou sobre a necessidade de reforma da estrutura predial. No local são desenvolvidas atividades de pesquisa e análises de rotina em química, fertilidade e física de solo e nutrição de plantas. No Laboratório de Biologia Molecular, foi recebido pelo pesquisador e coordenador Gilvan Ferreira. O setor atua no suporte às pesquisas na área de genética, utilizando diversos marcadores moleculares para caracterização de espécies de importância agronômica. Desenvolve pesquisas em genômica (estrutural e funcional) e proteômica. Na fábrica de ração experimental, os pesquisadores Cheila Boijink e Jony Dairiki demostraram os materiais alternativos que estão sendo testados na produção de rações para peixes. Um dos grandes problemas ainda é a falta de escala, porém o pesquisador mostrou que os ingredientes não convencionais são refugos encontrados em quantidades necessárias para abastecer a fábrica, faltando apenas o apoio ao setor primário. Atualmente estão sendo testadas rações à base de resíduos (cascas, folhas e frutos) da bananeira, guaranazeiro, goiaba, Acácia Mangium, Sacha Inchi e levedura de cana-de-açúcar com resultados satisfatórios tanto do ponto de vista nutricional como de controle sanitário. Na fábrica de ração são misturados os ingredientes convencionais: soja, milho, trigo, farinha de peixe regional.