Para reconhecer e dar visibilidade ao trabalho de agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais do bioma Caatinga e à contribuição para conservar a agrobiodiversidade e os sistemas agrícolas tradicionais, a Embrapa Alimentos e Territórios promove, em 30 de agosto, em Piranhas (AL), a cerimônia de premiação do “Prêmio Dom Helder Câmara para SAT do Semiárido brasileiro”. Na mesma data, ocorrem a oficina “Receitas Tradicionais dos SAT premiados” e o seminário “Formas de designação de Sistemas Agrícolas Tradicionais como Patrimônio”. Os eventos são abertos à participação de comunidades previamente selecionadas e de convidados representantes de instituições parceiras. Durante a oficina, pela manhã, no Centro Xingó, será realizada a palestra “Cultura e Alimentação”, pela professora Renata Menasche, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Também será promovida uma dinâmica com participação de Socorro Nascimento, chef de cozinha e integrante da rede do Slow Food Brasil. No período da tarde, no Centro de Convenções Miguel Arcanjo de Medeiros, ocorre o seminário sobre as formas de designação de SAT, com duas palestras e transmissão ao vivo pelo YouTube. A primeira, “Sistemas Agrícolas Tradicionais como Patrimônio Cultural e Imaterial Brasileiro”, será proferida pelo historiador Maicon Marcante, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan/AL). A segunda, com o tema “Sistemas Agrícolas como Patrimônio Agrícola Mundial”, terá como palestrante Patrícia Bustamante, da Embrapa Alimentos e Territórios. A pesquisadora é membro do Conselho Científico Consultivo do Programa Globally Important Agricultural Heritage Systems (Giahs) da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). A cerimônia do Prêmio Dom Helder Câmara para SAT do Semiárido brasileiro ocorrerá às 17 horas, quando serão premiadas treze comunidades previamente selecionadas, que se destacam por suas práticas, tecnologias, conhecimentos e rituais que se constituem em importante patrimônio cultural e contribuem para a segurança alimentar e a conservação da biodiversidade. O evento será encerrado com apresentação cultural e uma feira de sociobiodiversidade na qual as comunidades poderão expor e comercializar os seus produtos. Todas essas atividades integram o projeto Segurança alimentar e nutricional, e geração de renda para agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais do Semiárido brasileiro. Desenvolvido no âmbito do Projeto Dom Helder Câmara, segunda fase (PDHC II), é coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e cofinanciado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida). As ações estão alinhadas ao cumprimento das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU). Atendem, em especial, aos objetivos de redução da fome e da pobreza, igualdade de gênero, aumento da eficiência do uso dos recursos naturais, produção sustentável de alimentos e consumo responsável. O prêmio é organizado pela Embrapa Alimentos e Territórios. São parceiros a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO-Brasil), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Ministério do Turismo (MTur), a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), a Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme) e a Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq). Atualizada em 28/08/2023, às 13 horas