Congresso Brasileiro de Agroecologia escutará saberes populares
Congresso Brasileiro de Agroecologia escutará saberes populares
Previsto para acontecer entre os dias 20 e 23 de novembro, na Fundição Progresso, no centro do Rio de Janeiro, o Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA) está de cara nova e a Embrapa faz parte disso. Agora, além das pesquisas e artigos acadêmicos, o congresso abrirá espaço também para relatos técnicos e populares, o que possibilitará que agricultores possam relatar suas experiências dentro do contexto de sistema produtivo em que estão inseridos.
Com a grande abrangência do tema Agroecologia, a cada edição é escolhido um aspecto para focar os debates do congresso. Desta vez, o nome Agroecologia na boca do povo irá representar o CBA de 2023. De acordo com a pesquisadora Mariella Camardelli Uzêda, da Embrapa Agrobiologia (Seropédica, RJ), que integra a organização do evento, o tema deste ano irá tratar de questões ligadas à agricultura sustentável e agricultura familiar, a partir de uma abordagem inclusiva e participativa. “Como estaremos no centro do Rio de Janeiro, a ideia é que não seja um evento estritamente acadêmico e que a gente possa atrair pessoas de todo tipo para conhecerem plantas novas, espécies e sementes diferentes”.
A chefe-ajunta de Transferência de Tecnologia Ana Cristina Garofolo, também da Embrapa Agrobiologia, reafirma a importância dessa abordagem inclusiva também na organização do evento. “Nossa comissão científica, da qual alguns colegas da Unidade fazem parte, se chama Comissão de Ciências e Saberes. Por que? Porque existem saberes que são difusos na sociedade, nos diferentes grupos sociais, e são fundamentais na construção do conhecimento”, aponta. “A proposta se dá no sentido de que a construção do conhecimento agroecológico realmente possa ser efetiva e eficaz”, complementa.
Para Uzêda, a relevância do CBA para a agroecologia no Brasil é enorme, pois possibilita um momento de encontro e síntese do que tem sido produzido por todo o País nos últimos anos. Com a pandemia, o congresso ficou suspenso por quatro anos, o que significa ainda que esta edição terá também um papel de retomada e reencontro, com a possibilidade de estabelecimento de rede de contatos, parcerias e reestruturação de trabalhos coletivos. “Esse congresso funcionará como um marco do que a agroecologia vem produzindo e do que é importante priorizar”, explica a pesquisadora.
A expectativa para essa edição é de 5 mil participantes inscritos, entre pesquisadores, docentes, estudantes, técnicos, agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais e ativistas dos movimentos sociais. As inscrições estão abertas, com valores mais acessíveis para estudantes e agricultores. Já a submissão de pesquisas e trabalhos se encerrou em julho e agora estão em processo de análise pela equipe do CBA. Ao todo foram mais de 3 mil trabalhos submetidos, entre eles 202 relatos de experiências populares, tema central da edição.
Liliane Bello (MTb 01766/GO)
Embrapa Agrobiologia
Colaboração: Yasmin Alves (Estagiária de Jornalismo)
Embrapa Agrobiologia
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