04/09/23 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Embrapa participa de seminário sobre lúpulo em Teresópolis

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Foto: Gustavo Xavier

Gustavo Xavier -

Pesquisadores, produtores, estudantes, empresários e representantes do agronegócio reuniram-se em Teresópolis, RJ, no fim de agosto para falar sobre a emergente cadeia produtiva do lúpulo, no seminário Lúpulo: empreendedorismo e inovação no campo. O evento foi uma iniciativa do Sebrae-RJ e da Secretaria Municipal do Turismo de Teresópolis, e a Embrapa esteve representada, com a participação dos pesquisadores Gustavo Xavier e Renato Linhares, da Unidade Agrobiologia (Seropédica, RJ).

O agroturismo foi o ponto de partida das discussões, tendo o lúpulo como protagonista, passando pela produção, inovação na indústria cervejeira, empreendedorismo, negócios, turismo e rotas do lúpulo. A intenção da prefeitura local é incentivar e fortalecer a cadeia do lúpulo, que tem alto valor agregado não apenas pela utilização na fabricação cervejeira, mas também com potencial de uso em outros segmentos, como na indústria farmacêutica.

A Embrapa tem atuado com pesquisas sobre lúpulo na região serrana fluminense, para o desenvolvimento de tecnologias visando ao fomento da cadeia produtiva e incentivo à agricultura familiar nos ambientes de montanha, uma vez que a cultura está em franca expansão, contando também com o apoio de políticas públicas municipais e estaduais. A intenção é auxiliar os produtores em questões de melhoria de produtividade e qualidade da produção, especialmente no que se refere às características de aroma, inclusive com práticas adequadas para a produção orgânica.

Além das discussões durante o seminário, os participantes também puderam fazer visitas técnicas ao viveiro Lúpulos Ninkasi, primeiro do País a obter autorização o Ministério da Agricultura e Pecuária para comercializar mudas da planta com certificação de qualidade, e à fazenda de lúpulo do Grupo Petrópolis.

Teresópolis conquistou o título de capital nacional do lúpulo no ano passado. “Agora a gente quer fazer uso desse título, uma vez que ele é muito importante para a valorização da nossa agricultura e reconhece nosso protagonismo nesse movimento, fortalecendo também o turismo e a economia do nosso município e, melhor de tudo, gerando mais oportunidades e renda para nossos agricultores”, destacou a secretária de Turismo do município, Elizabeth Mazzi.

De acordo com ela, o principal gargalo da produção de lúpulo, hoje, está na fase de beneficiamento do produto, que requer equipamentos considerados caros pelos produtores. Segundo ela, uma das possíveis soluções é a organização deles em associação ou cooperativa, de forma que possam receber recursos públicos para viabilizar investimentos para compra de maquinário para uso coletivo.

O plantio de lúpulo na região serrana fluminense iniciou-se em 2016 em pequena escala. A expectativa era atender parte da demanda da indústria cervejeira local, essencialmente o mercado das cervejas artesanais, muito comuns nos municípios dali. Em 2018, foi criada a Rede de Fomento à Cultura do Lúpulo na Região Serrana Fluminense (Rede Lúpulo), com participação da Embrapa e de representantes de todos os elos da cadeia produtivo do lúpulo, com vistas a buscar um produto de melhor qualidade e um sistema de produção adaptado à realidade da área.

Liliane Bello (MTb 01766/GO)
Embrapa Agrobiologia

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