Atividade será realizada no Mercado Público de Pelotas, durante todo o dia 17, com programação técnico-científica, política e cultural. Os benefícios e perdas do Pampa indicam o potencial de desenvolvimento de uma região. Dia 17 de dezembro. Este é um dia para que todo o cidadão gaúcho, acolhido pela biodiversidade do Pampa, tenha a chance de ser grato por estar convivendo diariamente com todo a sua magnitude. É isso mesmo, nesta quinta-feira será comemorado o Dia do Bioma Pampa, aonde inúmeras instituições ligadas ao ensino, pesquisa, extensão e organizações vinculadas à área ambiental irão proporcionar um momento de reflexão sobre suas potencialidades, mas também sobre suas ameaças. Durante todo o dia, no Largo do Mercado Público de Pelotas, a partir das 10h, iniciam as atividades técnico-científicas e políticas. A tarde segue com atividades culturais contando com exposições, lançamentos e homenagens a personalidades. A ideia da atividade é marcar a data comemorativa enaltecendo a riqueza do Bioma Pampa, identificando os riscos em que a sociedade o coloca e promovendo estrategias para melhoria de ações institucionais e atitudes cidadãs. O momento será aproveitado para comemorar também o aniversário da Banca 78 e divulgar a realização do Congresso Brasileiro do Bioma Pampa, que acontecerá em agosto de 2016, no próprio município. A programação O dia está programado para iniciar com a divulgação do Congresso Brasileiro, logo após, das 11h às 12h, acontece uma tribuna livre em defesa do Bioma Pampa. Será um momento de espaço para relato de experiências por instituições e organizações ligadas ao tema. A partir das 13h30 se realizam diversas exposições que se estenderão até o entardecer. Haverá a exposição de fotos e gramíneas Cores e Formas do Bioma Pampa, Cicloturismo, Impactos e ameaças sobre o Bioma Pampa, Sementes Crioulas, Abelhas no Bioma Pampa e da Fundação Zoobotânica. Às 16hs será lembrado o aniversário de primeiro ano da Banca 78, nas dependências do Mercado Público, acompanhado por apresentações artísticas e homenagem póstuma ao ambientalista Aroldo Barwald. Primeiro aniversário da Banca 78 Há exato um ano, aconteceu o lançamento do Plano de Desenvolvimento do Arranjo Produtivo Local (APL/ Alimentos) e a inauguração das bancas que integram o Arranjo, com a implantação de um balcão de negociação. Esta iniciativa buscou colocar em prática algumas das 32 medidas levantadas em estudo de caracterização do sistema de produção da agricultura familiar na região, para suprir as demandas dos produtores e agroindústrias locais. Participam atualmente da Banca 78, localizada no Mercado Público de Pelotas, 18 empreendimentos (nove cooperativas e nove agroindústrias), que articuladas fortaleceram a comercialização dos produtos no mercado institucional. Até o mês de outubro, através desta ação houve um crescimento de 295% nas vendas diretas. E até o final deste ano havia projeções de crescimento em vendas em mais 30%. Hoje, as vendas de produtos do APL Alimentos/Banca 78 são intermediadas pela UFPel, mas para há outras instituições envolvidas neste circuito de comercialização. O Dia do Bioma Pampa é uma realização conjunta da Embrapa Clima Temperado, Ministério Público Estadual, Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), através do Departamento de Florestas e Áreas Protegidas, Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (Fepam), Fundação Zoobotânica do RS, as universidades federais de Pelotas, de Rio Grande, de Santa Maria, do Rio Grande do Sul e do Pampa. Conta com o apoio da ARPASUL, Pedal Corticeira, Banca 78 e Prefeitura Municipal de Pelotas. O Bioma Pampa Este bioma exibe um imenso patrimônio cultural associado à biodiversidade.Trata-se de um patrimônio natural, genético e cultural de importância nacional e global. Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2004), a sua área compreende 176.496km². Ele envolve todo o estado do Rio Grande do Sul ao ocupar cerca de 63% do território estadual e 2,07% do território brasileiro. Sua extensão atravessa os países do Uruguai e da Argentina, e é também no Pampa que fica a maior parte do aquífero Guarani. Ganhos 3 mil espécies de plantas 500 espécies de aves 450 espécies de gramíneas Perdas descaracterização das paisagens naturais perda de hábitat de 41,32% de vegetação nativa (2002) perda de hábitat de 36,03% de vegetação nativa (2008) perda de potencial de desenvolvimento de uma região (espécies de valor forrageiro, alimentar, ornamental e medicinal) comprometimento de serviços ambientais pela vegetação campestre, ocasionando erosão do solo e sequestro de carbono, que atenua mudanças climáticas