25/09/23 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Projeto irá avaliar método para descontaminação de castanha-da-amazônia

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Foto: Clemerson Ribeiro/Anac

Clemerson Ribeiro/Anac -

Projeto de pesquisa da Embrapa Acre, que busca criar novo método para descontaminar a castanha-da-amazônia, também conhecida como castanha-do-brasil e castanha-do-pará, de fungos produtores de aflatoxinas, substância de efeito cancerígeno, foi contemplado com recursos no montante de R$ 538 mil. O investimento é proveniente da Lei de Informática da Amazônia, coordenado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

O Aflafree, como é conhecido o projeto, irá testar e validar a utilização da tecnologia UV-C modulada para descontaminar a castanha-da-amazônia. A radiação UV-C é usada para desinfecção e ação germicida, elinima quase todos os tipos de microrganismos como vírus, bactérias e alérgenos. Esse tipo de luz atua para quebrar as moléculas de DNA dos organismos vivos, contribuindo com sua eliminação. O problema da contaminação com aflotoxina começa ainda na floresta, em decorrência de práticas inadequadas de manejo.

Cleísa Brasil, pesquisadora da Embrapa Acre e líder do projeto, destaca que a castanha-da-amazônia é a principal fonte de renda para as famílias que sobrevivem do extrativismo no estado.  Entre as limitações comerciais do produto está a contaminação por aflatoxinas. "A castanha é o produto mais importante da bioeconomia do Acre. Aumentar sua participação no mercado internacional significa benefícios em toda a cadeia, desde a indústria extrativista até a comercialização dos produtos. Este é um exemplo de sinergia entre o setor produtivo e a pesquisa, apoiada pela Suframa", afirma.

A Suframa, por meio da Lei de Informática, está certificando investimentos em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) no Acre, com o objetivo de impulsionar o crescimento econômico e a geração de empregos na região. Os casos de sucesso foram apresentados durante a "Jornada de Integração e Interiorização do Desenvolvimento", evento realizado em parceria com o governo do Estado no auditório da Federação da Indústria do Acre (Fieac), entre os dias 13 e 15 de setembro.

 

Fortalecimento de parcerias

Durante a Jornada, foram discutidas as vantagens do modelo Zona Franca de Manaus (ZFM) e da Lei de Informática na Amazônia Ocidental. A Suframa também buscou estreitar laços com representantes do poder público e da sociedade civil acreana para fomentar parcerias e iniciativas conjuntas.

A visita da Suframa à sede da Embrapa Acre, em Rio Branco, resultou em importantes colaborações. A comitiva conheceu os laboratórios e o portfólio de tecnologias da Empresa, com destaque para o projeto Geoflora, que utiliza geotecnologias, como o Lidar e drones, e emprega algoritmos de inteligência artificial e aprendizado profundo para melhorar o manejo de florestas tropicais.

Bruno Pena, chefe-geral da Embrapa Acre, enfatizou o potencial dessas pesquisas e destacou o interesse da Suframa em estabelecer parcerias com empresas que desejam investir em projetos de alto impacto. "Avançamos para o treinamento de algoritmos de inteligência artificial, para tornar essas ferramentas especialistas na realização de inventários florestais totalmente automatizados. Os algoritmos são capazes de identificar e localizar espécies florestais, por sensoriamento remoto, e estimar tanto o volume de madeira como os recursos florestais não madeireiros, podendo ser utilizado para cálculos de crédito de carbono", explicou.

"Pesquisas inovadoras desenvolvidas por entidades sérias como a Embrapa devem ser uma opção conhecida para organizações interessadas em investir em projetos com potencial de impacto positivo", ressaltou Bosco Saraiva, superintendente da Suframa.

Fabiano Estanislau (Mtb 453-AC)
Embrapa Acre

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