Uma centena de profissionais da assistência técnica participaram da Capacitação Técnica para o Cultivo de Cereais de Inverno, durante todo o dia 31/10, em Passo Fundo, RS. A promoção foi do Senar/RS e da Embrapa Trigo, com o apoio da Universidade de Passo Fundo. De acordo com Giovani Faé, chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Trigo, o objetivo do encontro foi prover atualização técnica para profissionais vinculados ao Senar/RS nas cadeias produtivas da agricultura e da bovinocultura de leite, buscando conduzir bases para as agendas de campo que serão implementadas na safra de 2024 através do programa Duas Safras. Na programação teórica e a campo, foram discutidos temas como Operação 365, novas tecnologias em cereais de inverno e diagnóstico físico-químico no perfil do solo. O manejo de cereais de inverno voltados à alimentação animal fez parte da programação, destacando as oportunidades do uso de trigo, aveia, centeio, triticale e cevada na produção leiteira. “Os cereais de inverno podem ser utilizados tanto na pastagem, como alimento conservado, em pré-secado e silagem, ou grãos na elaboração da ração, substituindo parte do milho e concentrados no suprimento de bovinos de corte ou leite”, explica o engenheiro agrônomo Marcelo Klein, da Embrapa Trigo. Duas Safras O programa Duas Safras tem como objetivo coordenar esforços entre as entidades promotoras para estimular práticas sustentáveis da produção agropecuária do Rio Grande do Sul. Busca, ainda, revolucionar a produção agrícola não apenas gerando mais renda e produtividade aos profissionais do campo, mas também elevando o PIB do Estado e trazendo benefícios sociais e econômicos à população gaúcha. As ações são fruto da articulação entre Senar-RS, Farsul, Embrapa, ABPA, Federarroz, Asgav, ACERGS, APASSUL, FecoAgro-RS, SINDAG, APROSOJA, OCERGS, ACSURS e Sips, além de patrocínio da Corteva. A expectativa é que a medida ajude a ampliar a renda do produtor rural e aumentar em 40% a capacidade do agro no Rio Grande do Sul. Segundo a Assessoria Econômica da Farsul, o impacto no PIB seria um aumento de 7%, representando aproximadamente R$ 31,9 bilhões. “A ideia é alcançarmos esse acréscimo até 2030, fazendo com que certamente nós tenhamos um novo patamar social e econômico no Estado”, relata Eduardo Condorelli, superintendente do Senar-RS.