Com uma média de 90 mil acessos por semana, os Sistemas de Produção Embrapa (SPE) estão entre as publicações eletrônicas da Empresa mais acessadas por agricultores, extensionistas, técnicos, professores e estudantes. Originalmente criados em 1979, em versão impressa, mas disponíveis em versão eletrônica a partir de 2002, os SPE contam hoje com uma ferramenta que permite ao público realizar pesquisas sobre as variadas cadeias produtivas, as quais incluem processos de pré-produção, produção e pós-produção. Atualmente, estão disponibilizados na Internet 145 Sistemas de Produção Embrapa. Só em 2015, foram publicados 12 sistemas de produção (lançados ou atualizados em nova edição), com os seguintes temas: maracujá, cevada, mandioca, sorgo, batata, alfafa, coqueiro, banana, cevada, milho, plátanos (bananeiras tipo terra) e manga. Entre as principais características dos SPE está a sua regionalidade. Assim, há sistemas de produção que tratam, por exemplo, do cultivo da banana especificamente para o estado do Amazonas ou do Pará. E há ainda aqueles com caráter microrregional, a exemplo do Sistema de produção do cultivo da banana para o Agropólo Jaguaribe/Apodi, no estado do Rio Grande do Norte. Da mesma forma, temos hoje SPE voltados para o cultivo da mandioca no Pará, no Amapá, ou no bioma Cerrado; cultivo de pimenta-do-reino para Rondônia; ovinos para o Rio Grande do Sul; soja para o cerrado de Roraima; uva de mesa para o Paraná ou para Minas Gerais; gado leiteiro para a Zona Bragantina, no estado do Pará; entre outros. Na Empresa há 34 anos, o pesquisador e especialista em fitopatologia, Zilton José Maciel Cordeiro, da Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA), participa da iniciativa desde quase a sua criação. Um dos responsáveis pelos SPE: Sistemas orgânicos de produção para a cultura da banana; Cultivo de banana para o estado de Rondônia, bem como pelo Cultivo da banana para o Projeto Formoso (em Bom Jesus da Lapa, na Bahia, e entorno), o pesquisador acredita que o grande diferencial dessa ferramenta é reunir, em um único lugar, um conjunto organizado de informações sobre determinada cadeia produtiva. "Eu destacaria a regionalidade como sua principal característica, mas há também aqueles sistemas que foram desenvolvidos pensando em situações compartimentadas, por exemplo, perímetros irrigados, como na Bahia, em Bom Jesus da Lapa", ressalta Cordeiro. Uma das boas recordações do pesquisador foi quando reuniu pesquisadores, extensionistas e produtores em um ambiente comum para discutir a construção do Sistema de produção de banana orgânica. "Nesse contexto, também inserimos outras Unidades de Pesquisa da Embrapa, como a Agrobiologia. E, no final, o resultado foi o melhor possível", lembra, destacando a importância do intercâmbio de conhecimentos da pesquisa, extensão e produção, para se chegar a um SPE o mais próximo possível da realidade. Para 2016, a expectativa do pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura é lançar dois novos sistemas de produção orgânicos: abacaxi e maracujá. O pesquisador em Educação Tecnológica, Fernando Attique Máximo, da Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP), destaca como diferencial dos SPE a qualidade da informação oferecida. "Os Sistemas de Produção Embrapa oferecem informação qualificada, regionalizada e em linguagem de fácil acesso, ao produtor rural e ao extensionista", destaca. A Embrapa Informação Tecnológica e a Embrapa Informática Agropecuária são as Unidades Descentralizadas responsáveis pela coordenação dos Sistemas de Produção Embrapa. Em 2013, os SPE foram atualizados: migraram para uma plataforma software Liferay, ganharam novo leiaute, uma moderna arquitetura de informação, novas funcionalidades, e, ainda, um gestor de conteúdos e tutoriais de uso que facilitaram o processo interno de edição. Tudo isso contribuiu para melhorar o seu acesso e navegação, e, logo, para conquistar mais usuários interessados nos ganhos sociais que os resultados de pesquisa Embrapa podem vir a proporcionar. Para conhecer os Sistemas de Produção Embrapa, acesse aqui.