01/12/23 |   Produção animal

Especialistas se reúnem em evento sobre amendoim forrageiro

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Foto: Priscila Viudes

Priscila Viudes -

Entre os dias 29 de novembro e 1º de dezembro, a cidade mineira de Lavras recebeu especialistas de diversas partes do Brasil e do exterior em um evento sobre uso de amendoim forrageiro em pastagens consorciadas. O departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras (Ufla) e Embrapa Acre foram os realizadores do 1º Simpósio Internacional sobre o Uso de Leguminosas em Pastagem, o Simpleg. 

O objetivo do evento foi estabelecer uma rede de pesquisa e inovação entre os participantes. Para a viveirista Sandra Moreira, foi uma oportunidade de conhecer ainda mais sobre o amendoim forrageiro. “Nós temos o compromisso de entregar ao produtor rural mudas na melhor condição possível e, para isso, precisamos nos aprofundar nas técnicas. Nós temos seguido todos os preceitos da Embrapa, mas ainda temos algumas curvas de aprendizagem na produção de mudas em grande escala, pois fornecemos para todo Brasil. Então, essa troca com especialistas é de suma importância”, afirma a viveirista que já produziu cerca de dois milhões de mudas do amendoim forrageiro BRS Oquira, nos últimos nove meses.  

Segundo o professor José Dubeux Júnior, da Universidade da Flórida, a introdução de leguminosas no manejo de pastagens se configura como uma mudança de paradigma. “Temos uma nova geração de pesquisadores e professores que atuam com o tema. É fundamental essa parceria entre Embrapa e Ufla, dois grupos de pesquisa sobre amendoim forrageiro que despontam no Brasil. Por isso, esse evento é interessante, para que outras instituições, tanto do Brasil quanto de outros países, multipliquem os estudos nessa área”, afirma. 

"O Simpleg representou um marco importante na busca por soluções inovadoras e sustentáveis para a pecuária nacional. A colaboração entre instituições de renome impulsiona o avanço tecnológico e científico em um setor crucial para o desenvolvimento do país", enfatizou Daniel Lambertucci, chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Acre.

Reconhecido por sua capacidade de enriquecer o solo, aumentar a produção de forragem, melhorar a nutrição animal e diminuir a emissão de Gases de Efeito Estufa - GEE, o amendoim forrageiro emerge como uma solução crucial para impulsionar a sustentabilidade e a produtividade no setor pecuário. Foram 12 palestras e um dia de campo para aprofundar a compreensão e a adoção prática dessa leguminosa no consórcio de pastagens.

Para o professor da Ufla e organizador do Simpósio, Daniel Casagrande, o evento atingiu o objetivo. “Podemos pensar que cada um dos 150 participantes será como uma muda de amendoim forrageiro, que a gente planta no pasto, se espalha e beneficia toda a cadeia produtiva da pecuária. Um dos grandes desafios para a utilização do amendoim forrageiro é o seu estabelecimento, por mudas ou sementes. Ainda temos poucos viveiros credenciados para atender a todo o Brasil. E nesse sentido, a rede que se formou em torno do tema sai mais fortalecida, agregando novas pessoas”, disse. 

 

Portal temático 

Durante o Simpósio, foi lançada a página temática sobre amendoim forrageiro no portal da Embrapa. O espaço reúne notícias, soluções tecnológicas, publicações, vídeos, perguntas e respostas e uma série de informações. 
 
“Nós colocamos em um espaço tudo que temos produzido ao longo desses 30 anos de pesquisa com amendoim forrageiro na Embrapa Acre. A ideia é facilitar o acesso à informação e ser um repositório que atenda às expectativas dos produtores rurais”, afirma Lambertucci. 
 

A página está acessível em https://www.embrapa.br/acre/amendoim-forrageiro

 

Novas cultivares 

 

A Embrapa Acre desenvolveu e lançou duas cultivares de amendoim forrageiro, a BRS Mandobi, que pode ser propagada por sementes, e a BRS Oquira, propagada por mudas. O objetivo é viabilizar uma pecuária a pasto mais sustentável. O esforço é fruto do resultado de quinze anos de estudos da Embrapa, no âmbito do Programa de Melhoramento Genético do Amendoim Forrageiro.

A BRS Oquira pode ser cultivada nos biomas Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado. As cultivares ainda apresentam alta capacidade para associação duradoura com gramíneas, semelhante à do trevo-branco, a qual é a leguminosa mais usada no mundo para formação de pastos consorciados.

Priscila Viudes (Mtb 030/MS)
Embrapa Acre

Contatos para a imprensa

Telefone: (68) 3212-3250

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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