Embrapa e Asbraer reafirmam parceria
Embrapa e Asbraer reafirmam parceria
Foto: Maria Clara Guaraldo
Durante a reunião, Embrapa apresentou diversas ações previstas para 2024 em parceria com as OEPAS
Diretoria-Executiva anuncia chamada para projetos que contemplarão as OEPAS a partir do próximo ano, no âmbito dos recursos do PAC Embrapa
A Embrapa sediou na segunda-feira (4) a 64ª Assembleia Geral Ordinária da Associação Brasileira das Entidades de Assistência Técnica e Extensão Rural, Pesquisa Agropecuária e Regularização Fundiária (Asbraer). A assembleia foi o primeiro evento após a incorporação do Conselho das Entidades Estaduais de Pesquisa Agropecuária (Consepa) e entidades de pesquisa à Asbraer. “Temos muita expectativa nesta primeira conversa com a Embrapa e com a possibilidade de promovermos ampla integração, que certamente ajudará no sucesso da agricultura familiar”, afirmou Natalino Avance de Souza, do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR/PR), presidente da Asbraer.
A presidente Silvia Massruhá e os diretores ClenioPillon (Pesquisa e Inovação), Selma Beltrão (Pessoas, Serviços e Finanças), Alderi Araújo (Governança e Gestão) e o gerente-geral de Cooperação de PD&I, Evandro Holanda (representando a diretora de Negócios, Ana Euler) participaram do encontro, juntamente com representantes de diversas instituições estaduais de pesquisa agropecuária e entidades de assistência técnica e extensão rural.
O evento foi um momento importante para a consolidação da parceria da Embrapa com a Asbraer, como destacou a presidente da Embrapa em sua fala de abertura: “Quando assumimos, tive a oportunidade de discutir com a equipe de transição o papel da Embrapa neste novo contexto. Não como coordenadora, mas facilitadora do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA). O PAC Embrapa prevê 145 milhões de reais voltados para as Oepas. Temos o desafio grande de diminuir a insegurança alimentar no Brasil e aumentar a segurança alimentar no mundo. Dar oportunidades aos pequenos e médios produtores. Agregar mais valor dentro do sistema de produção incluindo, por exemplo, a questão da bioeconomia. Para isso precisamos nos unir e integrar”, afirmou a presidente ao se referir à missão da Embrapa de contribuir para promover o fortalecimento do SNPA.
Entre os temas tratados com a Asbraer, Selma Beltrão destacou os valores do PAC destinados às Oepas e as chamadas para apresentação de projetos; ClenioPillon apresentou a proposta de Plataformas Colaborativas Regionais e Territoriais em PD&I; Alderi Araújo falou sobre o programa de desmobilização de terras da Embrapa e Evandro Holanda enfatizou as competências da Anater em colaboração com a Embrapa.
Recursos destinados a 17 OEPAS
No âmbito do PAC Embrapa e dos R$ 145 milhões previstos para as organizações estaduais de pesquisa (OEPAs), serão contempladas 17 OEPAs. Para isso, a Diretoria-Executiva está organizando duas chamadas de projetos para repasse de recursos. A primeira para janeiro de 2024, com execução prevista entre o período de junho de 2024 a maio de 2026, e a segunda chamada para julho de 2024, com execução prevista entre o período de novembro de 2024 a dezembro de 2026.
Os projetos deverão priorizar a modernização de áreas de uso comuns entre OEPAs e a Embrapa, a modernização e a expansão de laboratórios e de bancos ativos de germoplasmas e a modernização de infraestrutura para as ações de transferência de tecnologia digital.
Cada chamada irá selecionar pelos menos 2 projetos por região, a serem executados nos prazos previstos. Poderão concorrer aos editais os projetos institucionais validados pelo gestor da Unidade, ou seja, pela representação oficial da instituição. “Não são projetos individuais, os pesquisadores irão elaborar, mas quem submeterá é a organização e a contrapartida dos respectivos estados para a complementação de recursos necessários para a manutenção dos equipamentos, estruturas financiadas e pessoal será também um pré-requisito”, explicou Selma Beltrão.
Plataformas Colaborativas Regionais e/ou Territoriais
Além das chamadas para apresentação de projetos, a Diretoria-Executiva também vai comissionar um recurso para cada uma das regiões ou territórios estratégicos (totalizando três), definidos em conjunto pelas Unidades da Embrapa e as OEPAS. Nesse sentido, cada região brasileira terá um único projeto (plataforma colaborativa regional) e também três outros de cunho territorial (plataforma colaborativa territorial) que visam exercitar a lógica da cooperação.
“É simbólico para a gente não competir, mas cooperar, assim, em cada região, teremos um único projeto, onde possam ser comungados desafios regionais importantes para o desenvolvimento da região ou do território, onde possamos lançar mão do conjunto de soluções que já temos e também identificar lacunas, espaços de atuação de pesquisa, transferência de tecnologia e inovação para obtermos uma ação organizada e integrada”, explicou o diretor Pillon.
"São R$ 500 mil por ano para cada região para que possamos exercitar o processo de cooperação, uma nova cultura, um novo modelo. A ideia é acrescentar mais recursos a partir de instituições como Finep, CNPq, fundações de apoio à pesquisa nos estados, emendas parlamentares individuais, de bancada ou de comissão. Essa plataforma vai nos permitir negociar outros recursos, ampliar nosso olhar para a região e ou território”, acrescentou.
“É uma iniciativa simbólica, embrionária que vai nos estimular a exercitar o senso de cooperação entre as Unidades da Embrapa, entre as OEPAS e entre a Embrapa e as OEPAS com foco na superação de desafios regionais e territoriais, geração de soluções de inovação em uma nova lógica, trabalhando ativos e um conjunto de soluções integradas, não só a partir do que a Embrapa tem, mas também do que as organizações têm ”, complementou o diretor de Pesquisa e Inovação. Ele lembrou, ainda, que, inicialmente, a plataforma terá em torno de 60% de ações de transferência de tecnologia e capacitação: “vamos trabalhar em um contexto de como fazer chegar as tecnologias, pensando não num processo segmentado, mas no conjunto de Unidades da Embrapa que existem naquela região, acrescido do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária”.
Outros temas tratados
O diretor Alderi Araújo apresentou o tema “Gestão de Terras da Embrapa”, onde destacou o conjunto de áreas que estão sendo estudadas para fins de desmobilização,por não possuirem interesse estratégico para a Embrapa. Evandro Holanda, que estava substituindo a diretora Ana Euler, falou sobre as competências da Anater em colaboração com a Embrapa: promover a integração dos sistemas de pesquisa agropecuária e de assistência técnica e extensão rural, fomentando o aperfeiçoamento e a geração de novas tecnologias e a adoção pelos produtores. E também: promover programas e ações de caráter continuado, para a qualificação dos profissionais de assistência técnica e extensão rural que contribuam para o desenvolvimento rural sustentável. Ele apresentou os ambientes e as ferramentas para apoiarem a Ater Digital, como a plataforma e-campo e os hubtechs.
A 64ª Assembleia Geral Ordinária da Asbraer incluiu também uma sessão solene na Câmara dos Deputados em homenagem aos extensionistas. O diretor Alderi Araújo representou a Embrapa no evento.
Confira aqui as fotos do evento disponíveis no Flickr da Embrapa
Maria Clara Guaraldo (MTb 5027/MG)
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