Técnicas para cultivo de banana pacovan são apresentadas em Dia de Campo em Coari
Técnicas para cultivo de banana pacovan são apresentadas em Dia de Campo em Coari
Foto: Gilmar Meneghetti
Demonstração de técnica de controle de Sigatoka-negra , durante Dia de campo em Coari
Agricultores, estudantes e técnicos do setor primário, no município de Coari (AM), participaram no dia 6 de dezembro do Dia de Campo Cultura da Banana, que apresentou resultados da Unidade de Referência Tecnológica (URT) com banana Pacovan e orientações para as diversas etapas do cultivo deste tipo de bananeira, que é um plátano, e dependendo da região é também conhecido como banana-da-terra ou banana-comprida.
O evento foi promovido pela Embrapa Amazônia Ocidental em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente de Coari e Fazenda Estrela do Norte. A atividade recebeu apoio de recursos de Emenda Parlamentar do ex-deputado Marcelo Ramos, e contou com apoio do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) e Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
Mais de 60 pessoas participaram do Dia de Campo realizado para demonstrar o desempenho do cultivo de banana pacovan na URT, estabelecido em área de terra firme, na Fazenda Estrela do Norte, estrada Coari-Itapeua, km 19, em Coari.
Durante a programação o público recebeu informações e demonstrações sobre boas práticas para o manejo do bananal que foram apresentadas pela equipe da Embrapa Amazônia Ocidental , composta pelos pesquisadores Luadir Gasparotto, Mirza Pereira, Gilmar Meneghetti e o técnico José Guedes.
O município de Coari já foi considerado no estado do Amazonas um dos maiores produtores de banana Pacovan, porém em decorrência de vários fatores tem apresentado diminuição de área plantada, baixa produção e perda de produtividade de bananais.
O pesquisador Luadir Gasparotto conta que muitos bananais foram perdidos afetados pela doença Sigatoka-negra e a praga Moko da bananeira. Outro fator, é que muitos bananais eram implantados em áreas de várzea e foram afetados por enchentes, principalmente desde 2014.
A pesquisadora Mirza Pereira explica que a URT foi implantada no município como uma forma de demonstrar as tecnologias e as recomendações na condução do bananal de forma mais fácil, passo a passo, “como uma sala de aula prática para os produtores” e formar multiplicadores desse conhecimento no município.
A pesquisadora relaciona vários aspectos abordados, desde a seleção da cultivar, da área, preparo da área, qualidade das mudas, espaçamento, as adubações que a planta precisa, tratos culturais como a capina, coroamento, desperfilhamento, desfolha, entre outras orientações, “tudo que a gente sabe do manejo da bananal, que leva a uma melhor produção e produtividade”, destaca.
Para João Sampaio, técnico em agropecuária na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente de Coari, que acompanhou a condução do manejo no bananal na URT ao longo dos meses, essa experiência lhe rendeu “um grande aprendizado”. Ele conta que foi gratificante ter tido a oportunidade de aprender novos métodos no cultivo e no manejo do bananal e que pretende multiplicar esse conhecimento.
Sampaio conta que aprendeu sobre várias orientações para ter bons resultados no bananal, desde o preparo da área, espaçamento, aplicação do fungicida para o controle da Sigatoka-negra em plantios com variedades suscetíveis a essa doença. “Nosso produtor estava carente dessas informações técnicas”, disse acrescentando que esses conhecimentos e o trabalho desenvolvido pela Embrapa com a implantação da URT vêm ajudar a resgatar a cultura da banana no município.
Para o agricultor Lázaro Lima, que cedeu a área para implantação da URT, conta que a condução do bananal em terra firme foi diferente de como costuma ser feito na região e que aprendeu muito durante todo o processo. Ele conta que mesmo com o bananal afetado pelo verão forte e falta de água, conseguiu contornar e apesar das dificuldades conseguiu tirar boa produção. Disse que aprendeu bastante em conduzir o bananal com as técnicas recomendadas e está disponível para compartilhar o conhecimento. “Eu vou ensinar com maior prazer porque foi muito bom ter aprendido essas coisas”, disse.
Síglia Souza (MTb 66/AM)
Embrapa Amazônia Ocidental
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