Zoneamento Agroecológico revela características e potencialidades do solo de MS
Zoneamento Agroecológico revela características e potencialidades do solo de MS
No dia 15 de dezembro, o chefe de pesquisa da Embrapa Solos (Rio de Janeiro-RJ) e coordenador do Projeto de Zoneamento Agroecológico do Estado do Mato Grosso do Sul, Silvio Bhering, na presença dos pesquisadores da equipe do projeto, realizou a entrega dos resultados do trabalho, que contemplam o zoneamento do estado para cerca de 20 culturas, entre grãos, oleaginosas e arbóreas, para o Secretário de Estado do Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, o Secretário-Executivo de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Rogério Beretta, e demais membros da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (SEMADESC).
Na oportunidade, discorreu da importância e impacto do trabalho, apresentou resultados, perspectivas de desafios futuros, além de exibir inovações e avanços técnicos e metodológicos adotados nos estudos, como a utilização de técnicas de mapeamento digital e desenvolvimento do aplicativo de navegação e de coleta de dados, ambos em parceria com a equipe do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM). Também lembrou da importância das parcerias com a Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados-MS) e o apoio da Embrapa Gado de Corte (Campo Grande-MS) para a realização dos estudos.
Na oportunidade, o secretário Jaime Verruck e o secretário-executivo Rogério Beretta demonstraram entusiasmo com os resultados obtidos e com o potencial dos estudos para o planejamento do desenvolvimento sustentável do estado e determinaram à equipe da SEMADESC a construção de novas iniciativas que possam contribuir para superar desafios de produção sustentável no estado.
Ao longo dos últimos cinco anos, em meio a uma pandemia, a equipe da Embrapa Solos e parceiros dedicaram-se a realizar esse enorme desafio, unificou os estudos realizados nas décadas dos anos 2000 e 2010, além de rodar mais de 100 mil quilômetros por todo o estado, realizando mais de 2.500 novas avaliações de solos, sempre em parceria com a equipe da SEMADESC, que foi capacitada durante todo o projeto.
Segundo o pesquisador da Embrapa Solos, Nilson Rendeiro, um dos estudiosos que se dedica desde o início do projeto e coordenador dos estudos de campo, o desafio foi gigantesco, com muitas dificuldades e boas histórias, mas muito compensador, dando a oportunidade de a equipe conhecer em detalhes toda a diversidade ambiental e o potencial do estado, corroborado pelos pesquisadores da Embrapa Solos, Enio Fraga e José Ronaldo Macedo, que conduziram os estudos de hidropedologia na última etapa.
Waldir de Carvalho, pesquisador da Embrapa Solos e responsável pelo delineamento amostral adotado para unificação dos estudos já realizados e pelos estudos da Fase 3 e do processamento final, afirma que a utilização de técnicas de geoestatísticas e de mapeamento digital, com o emprego de dezenas de covariáveis ambientais, permitiram a perfeita estratificação e representação da diversidade do estado.
Silvio Bhering, que conduziu o desenvolvimento dos aplicativos de navegação e coleta de dados, declarou que essas iniciativas viabilizaram a perfeita localização dos pontos de visita pré-definidos, assim como otimizaram toda a navegação e coleta de dados, sendo um dos principais resultados do projeto, hoje em uso por outras equipes da Embrapa Solos em diferentes projetos.
De acordo com os pesquisadores Evaldo Lima (Embrapa Solos), que desenvolveu os estudos de erosividade das chuvas para o estado, Eder Comunello (Embrapa Agropecuária Oeste) e Alexandre Ortega (Embrapa Solos), que conduziram os estudos climáticos, o programa de estações agrometeorológicas, um dos projetos estruturantes da SEMADESC vai possibilitar avanços significativos nas previsões ao longo do tempo.
O Mapa de Água Disponível para o Estado do Mato Grosso do Sul foi uma entrega de enorme impacto e contou com a coordenação do pesquisador da Embrapa Solos, Wenceslau Teixeira, que utilizou como base as unidades de mapeamento do Mapa de Solos em sua 1ª aproximação e o catálogo de água disponível do Boletim de Pesquisa nº 282 da Embrapa Solos e as classes de água disponível do zoneamento de risco climático.
Segundo o pesquisador César Chagas (Embrapa Solos), responsável pelo mapeamento de solos, ainda em sua primera aproximação, foram utilizados cerca de 3.000 pontos de descrição e coleta de solos, que geraram quase 5 mil polígonos no mapa de solos em cerca de 500 diferentes unidades de mapeamento. Ressalta, ainda, a importância e a qualidade das determinações analíticas realizadas pelos Laboratórios de Solo, Água e Planta da Embrapa Solos.
Segundo os pesquisadores Silvio Bhering e Gustavo Vasques, da Embrapa Solos, as interpretações agropedoclimáticas realizadas para elaboração do zoneamento foram calcadas nas características e propriedades dos solos identificadas nos estudos de mapeamento de solos e nos critérios técnicos das portarias do ministério da agricultura para as culturas do zoneamento de risco climático.
A organização e disponibilização dos dados geoespaciais do projeto é de responsabilidade de Ricardo Dart, coordenador do Laboratório de Geoprocessamento da Embrapa Solos. Segundo o analista, todas as informações foram desenvolvidas, e os produtos cartográficos gerados seguem os padrões da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE) e estarão disponíveis na infraestrura de dados da Embrapa, no Portal de Dados do PronaSolos e na plataforma do Governo do Estado do Mato Grosso do Sul.
Além dos pesquisadores citados, o Projeto teve a participação dos pesquisadores da Embrapa Solos, Aline Pacobahyba, Alba Leonor e Maurício Rizzato, com o apoio técnico dos bolsistas da Embrapa, Adnan Marzulo e João Pedro Cardoso, que contribuíram com suas experiências profissionais.
Carlos Dias (20.395 MTb RJ)
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