29/01/24 |   Gestão Estratégica

Começam as obras de construção da sede da Embrapa Alimentos e Territórios

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Foto: Elias Rodrigues

Elias Rodrigues - Obras contam com recursos do novo PAC e de emendas parlamentares

Obras contam com recursos do novo PAC e de emendas parlamentares

Execução da primeira fase conta com R$ 31 milhões do PAC e de emendas parlamentares

Em janeiro, tiveram início as obras de construção da sede da Embrapa Alimentos e Territórios, numa área de 16,6 hectares de Maceió (AL), doada pelo governo de Alagoas. A primeira fase de execução dos serviços de engenharia, para requalificação da antiga Companhia de Fiação e Tecidos Norte Alagoas, conhecida como a Fábrica da Saúde, conta com R$ 31 milhões e vai até dezembro de 2025.

Recursos do novo Plano de Aceleração e Crescimento (PAC) e de mais R$ 28,3 milhões de emendas parlamentares, aportados pela Bancada Federal de Alagoas, possibilitaram a contratação do Consórcio Cony-Tec, cujo contrato passou a vigorar em 13 de dezembro de 2023. “Ficamos muito felizes com essa contratação, pois estávamos aguardando esse momento há vários anos”, conta o chefe-geral da Unidade, João Flávio Veloso Silva.

Nesta fase, iniciada no dia 3, estão sendo feitos os serviços preparatórios, como limpeza do terreno e construção do canteiro de obra. Também está sendo viabilizada a infraestrutura, incluindo ligação de energia e outras providências necessárias à construção.

“Em fevereiro, começa efetivamente a obra, que abrange a requalificação e a reconstrução de uma área em torno de 8.100 metros quadrados”, explica Alessandro Kremer, engenheiro da Gerência-Geral de Infraestrutura e Sustentabilidade (DEGG/GIS) e fiscal técnico da obra, que está alocado em Maceió para acompanhar as atividades.

 

Projeto inovador

O arquiteto Marcelo Ciaravolo de Moraes, da Embrapa Agroindústria de Alimentos, que acompanhou o projeto arquitetônico, observa que a construção da sede da Embrapa Alimentos e Territórios consegue conciliar aspectos muito interessantes. “A começar pela própria área de atuação da Unidade de pesquisa, o estudo dos alimentos, suas questões regionais e culturais, além de todas as suas relações sociais e econômicas”, aponta.

“Nesse rico programa de necessidades seu projeto teve como sede um local histórico, com parte de uma arquitetura que venceu o tempo, que situou pelos entornos de 1927 ao início dos 80 todo um ciclo fabril da Companhia de Fiação e Tecidos Norte Alagoas, abrigando também seus operários e familiares, e os proprietários. Com esse breve resumo podemos perceber a riqueza e a importância desse projeto, com um desafio técnico único à Empresa, de uma planta que resgata parte do patrimônio histórico de Alagoas, agora projetada para os estudos e pesquisas da Embrapa”, pontua.

Na visão do gerente-geral da DEGG/GIS, Marcos Rafael de Moura Xavier, “a construção da Embrapa Alimentos e Territórios é um projeto ambicioso que representa a ação de infraestrutura mais importante na Embrapa nos últimos anos. O projeto conserva elementos com significância histórica e cultural da região e traz o desafio de propor uma estrutura funcional, inovadora, mas sem descaracterizar os elementos existentes, que representam a riqueza da cultura local. Ou seja, uma simbiose harmônica entre o antigo e o moderno”, afirma Xavier.

Para ele, esse projeto tem sido inovador desde a sua concepção até os aspectos da contratação. “Na seleção do projetista, por exemplo, primou-se pela contratação do melhor fornecedor e não daquele mais barato. Para isso foi realizada uma contratação que considerou a combinação entre a melhor técnica e preço, fato que foi crucial para a qualidade do produto final e que será fundamental para as próximas etapas”, avalia o gerente-geral.

“A contratação e início da obra para a nova sede da Unidade é a concretização de um importante marco que foi alcançado, principalmente, através do trabalho colaborativo de diversas áreas e Unidades”, reconhece Fábio Soares Silva, chefe de Administração da Embrapa Alimentos e Territórios.

“A expectativa é que tenhamos no futuro um centro moderno e de baixo custo, oferecendo toda a estrutura necessária para potencializar os resultados de pesquisa e inovação. Agora iniciaremos uma nova fase de planejamento de contratações, com o objetivo de realizar as aquisições de equipamento, mobiliário e todos os itens complementares necessários ao funcionamento da nova sede”, relata.

Paralelamente, a Unidade está trabalhando para viabilizar a segunda fase do projeto, que engloba a requalificação das estruturas arquitetônicas do casarão onde residiam os proprietários da tecelagem, além da especificação e aquisição dos equipamentos de campo e para os laboratórios, e da execução de obras complementares para serviços de infraestrutura, como drenagem e pavimentação. No total, serão investidos 69 milhões de reais do PAC, incluindo a complementação das obras e a aquisição dos equipamentos. 

“Montamos um grupo de trabalho para dar continuidade ao projeto, já pensando na segunda fase, para que não haja ruptura na execução”, esclarece Veloso. Ele complementa que esse é um momento de comemoração coletiva, para o qual houve a contribuição de vários colegas da Unidade, da sede e de outros centros. Outro motivo de satisfação é saber que a Embrapa já está fazendo a diferença na vida das pessoas das comunidades locais. 

De acordo com Kremer, já existem cerca de 30 pessoas de comunidades próximas atuando na obra e há previsão de que sejam contratadas até 100 pessoas no decorrer dos trabalhos. “O consórcio está priorizando contratar pessoas do entorno, como o Povoado da Saúde, Ipioca e Pescaria, por exemplo. Isso é importante porque fortalece a economia da região”, informa o engenheiro.

 

Linha do tempo


Desde 2016 a Embrapa Alimentos e Territórios vem sendo desenhada, com a elaboração de diagnósticos que norteiam a sua atuação, pautada em uma visão diferenciada dos alimentos a partir do olhar dos consumidores, e da conexão com os eixos de gastronomia, turismo e desenvolvimento territorial. A criação formal ocorreu em 2018, mas devido a diversos fatores, como a pandemia e a necessidade de constituição das equipes, somente a partir de 2021 é que houve a consolidação operacional. 

Já em 2022, a Unidade consolidou a sua atuação nas atividades de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), com uma variada carteira de projetos em execução, principalmente em temáticas voltadas à agregação de valor aos produtos agroalimentares. Após cinco anos de existência, completados em junho de 2023, o centro de pesquisa conseguiu aprovar o quadro efetivo de empregados, previsto em 74 pessoas.

Atualmente, 47 profissionais compõem as equipes administrativa, de pesquisa, inovação e comunicação. “Até o momento, a equipe está sendo composta por colegas vindos de Unidades Centrais e Descentralizadas, provenientes de diversas áreas. Brevemente será complementada com profissionais que serão contratados no concurso público aprovado pela Empresa”, afirma Veloso.

Nadir Rodrigues (MTb 26.948/SP)
Embrapa Alimentos e Territórios

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