Projeto apoia agricultores familiares da produção até a comercialização
Projeto apoia agricultores familiares da produção até a comercialização
Foto: Síglia Souza
Além das técnicas para produzir frutos com qualidade, Agricultores também foram capacitados em técnicas para que o produto tenha boa qualidade para o consumidor
Agricultores que participam do projeto Manarosa – "Núcleo Integrado de Transferência de Tecnologias e Gestão dos Sistemas Produtivos de Banana e Mandioca para a Agricultura Familiar" conseguiram aumentar sua produção e estão se credenciando para fornecer produtos agrícolas para a merenda escolar. O projeto é desenvolvido pela Embrapa Amazônia Ocidental e contempla três comunidades, sendo duas no município de Manacapuru e uma em Manaus.
A proposta inicial do projeto Manarosa, de acordo com a pesquisadora Rosângela Reis, coordenadora do projeto, "era levar tecnologia para melhorar a produção agrícola de agricultores familiares, mas com o decorrer das atividades, o projeto conseguiu ir além, fomentando o cooperativismo, agregando outros conhecimentos como administração rural e educação ambiental e ajudando a colocar a produção agrícola no circuito comercial".
A banana produzida por esse grupo de agricultores é a cultivar da Embrapa, BSR Conquista, que tem sabor adocicado e frutos parecidos com os da banana ‘maçã', variedade que praticamente sumiu do mercado porque é altamente suscetível à doença sigatoka negra. A banana BRS Conquista é resistente às principais doenças da bananeira e isso evita a aplicação de agrotóxicos na sua produção.
Um dos métodos usados para levar as tecnologias foi a implantação de unidades demonstrativas e, no caso da banana as unidades instaladas nas áreas dos agricultores parceiros/multiplicadores do projeto foram implantadas com 0,25 e 0,5 hectares para possibilitar realizar uma análise da viabilidade econômica e financeira da produção. "Como as unidades demonstrativas somam três hectares na área de oito agricultores, sendo uma parte em Manacapuru e outra em Manaus, percebemos que seria necessário apoiá-los também nas estratégias de comercialização", explica a pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental Mirza Pereira, que participa da coordenação do projeto. "Assim, em conjunto com os agricultores e o Idam de Manaus e Manacapuru verificamos que estava aberto o edital para credenciamento de novos fornecedores para o Programa de Regionalização da Merenda Escolar (Preme) e que o volume de produção das unidades demonstrativas poderia atender o programa. Agora estamos na torcida aguardando a aprovação da proposta de credenciamento", informa Mirza.
De acordo com a coordenação do projeto, para chegar a esse patamar de tentar comercializar para a merenda escolar que apresenta exigências de qualidade dos produtos consumidos pelos estudantes, assim como volume e constância de produção, foi necessário não só adquirir conhecimentos técnicos de manejo para produzir banana, mas também preparar os agricultores sobre administração rural e boas práticas de colheita e pós-colheita dos frutos. "Essa preocupação se deve principalmente porque em outubro desse ano o projeto acaba e esse grupo de agricultores terá que caminhar sozinho, tomando suas decisões e principalmente administrando financeiramente seus custos e benefícios para manter e até mesmo aumentar suas áreas de produção no futuro", explica a pesquisadora.
Atualmente os agricultores estão colhendo a produção de banana. Depois das técnicas para produzir frutos com qualidade, também aprenderam cuidados para levar o produto com boa aparência até o consumidor e manter a qualidade inicial para consumo do fruto ´in natura´. Por isso durante os meses de janeiro e fevereiro deste ano foram realizados três cursos sobre "Treinamento de Boas Práticas de Colheita e Pós-colheita da cultura da Banana.
Outra estratégia para facilitar a venda da banana, também foi uma visita conjunta da coordenação do projeto da Embrapa, do Idam Manacapuru e dos agricultores do Manairão a supermercados de Manacapuru. "Na visita aos supermercados, negociamos a apresentação dos frutos para empresários e clientes que poderão degustá-los. Com isso, uma nova porta para escoamento da produção dos agricultores se abre", destaca Rosângela, líder do projeto.
Siglia Souza (MTb 66/AM)
Embrapa Amazônia Ocidental
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