A Embrapa Tabuleiros Costeiros e o Shopping Jardins comemoraram juntos o Dia da Água na sexta (22) no centro de compras do bairro Jardins, na capital sergipana, com a exposição ‘Água na agricultura: ciência para um futuro sustentável’. A Unidade da Embrapa com sede em Aracaju esteve durante todo o dia no corredor de serviços à frente da entrada do G Barbosa exibindo diversas soluções tecnológicas com foco no uso sustentável da água na agricultura. Milhares de pessoas que passaram pelo local – estudantes, consumidores, lojistas, comerciários, entre outros – puderam conferir de perto tecnologias sustentáveis fruto da pesquisa agropecuária. Entre as soluções desenvolvidas pela pesquisa pública brasileira estavam o uso de cobertura morta para reter água e umidade para as plantas, o sistema integrado de aquaponia e a fossa séptica biodigestora, além de outras tecnologias sustentáveis, como o controle biológico de pragas e aplicações digitais voltadas à agricultura. Confira abaixo a galeria de imagens da exposição do Dia da Água na rede social Flickr. Para navegar pelas fotos, clique nas setas laterais para avançar e recuar. A mostra buscou conscientizar o público urbano sobre a importância do uso racional e sustentável da água, tanto na agricultura quanto em todas as atividades humanas. “Um dos grandes desafios da Embrapa é aproximar a pesquisa agropecuária e o conhecimento gerado no campo da população urbana. E oportunidades como essa, de expor nossas soluções tecnológicas num espaço de grande visitação como o Shopping Jardins, são extremamente importantes”, afirma o chefe-geral da Embrapa Tabuleiros Costeiros Marcus Cruz. Tecnologias em exibição Aquaponia Um sistema integrado e sustentável, que combina a criação de peixes e o cultivo de vegetais em hidroponia (sem solo), com recirculação de água e aproveitamento de resíduos. O termo 'Aquaponia' é derivado da combinação das palavras ‘Aquicultura’ (produção de organismos aquáticos) e 'Hidroponia' (produção de plantas sem solo). Os dejetos orgânicos produzidos pelo peixe, após filtragem biológica sob ação de bactérias, nutrem a produção de vegetais que, por sua vez, devolve a água limpa para os peixes. Um ciclo que propicia economia de água de quase 90% em relação ao cultivo convencional. Cobertura morta do coqueiro A cobertura morta com folhas secas de coqueiro, aplicada na zona de coroamento do coqueiro, reduz a perda de água por evaporação, conserva a umidade, promove a reciclagem de nutrientes e melhora o solo com matérias orgânicas. O uso desta solução pode contribuir com a redução de até 33% no consumo de água de irrigação no plantio de coqueiro, comparativamente à irrigação convencional. Compostagem laminar no coqueiro Prática desenvolvida para cobertura do solo na área circular ao redor da planta, conhecida como zona do coroamento, utilizando resíduos de culturas existentes na propriedade rural. A técnica assemelha-se ao processo que ocorre naturalmente em uma floresta: o solo é coberto por camadas de resíduos em diversos estágios de decomposição. Essa técnica contribui para o bom desenvolvimento da planta e aumento da produtividade com baixa utilização de insumos químicos. Fossa séptica biodigestora Tecnologia que trata o esgoto do vaso sanitário (a água com urina e fezes humanas), de fácil instalação e custo acessível, produz um efluente que pode ser utilizado no solo como fertilizante (recomendado para plantas perenes). Substitui a chamada “fossa negra”, não gera odores desagradáveis, não procria ratos, moscas, baratas e evita a contaminação do lençol freático. O sistema básico, dimensionado para uma residência com até cinco moradores, é composto por três caixas interligadas e a única manutenção é adicionar mensalmente uma mistura de água e esterco bovino fresco (5 litros de cada). A solução é uma alternativa frente à falta de saneamento básico em algumas regiões rurais, o que afeta diretamente a saúde do morador do campo; evita a contaminação do solo e da água consumida pelos moradores (os resíduos não chegam ao lençol freático e aos rios que abastecem as cidades), além da proliferação de doenças. Controle biológico de pragas do coqueiro A premissa básica do controle biológico é controlar as pragas agrícolas e os insetos transmissores de doenças a partir do uso de seus inimigos naturais, que podem ser outros insetos benéficos, predadores, parasitoides ou microrganismos, como fungos, vírus e bactérias. Trata-se de um método de controle racional e sadio, que tem por objetivo utilizar os inimigos naturais, que não deixam resíduos nos alimentos e são inofensivos ao meio ambiente e à saúde da população. A broca-do-olho-do-coqueiro (Rhynchophorus palmarum), é uma das principais pragas dessa planta no Brasil, e pode ser controlada com o fungo Beauveria bassiana. Tecnologias online A Embrapa disponibiliza todo o seu conhecimento e soluções geradas pela pesquisa nos seus portais e repositórios digitais gratuitamente na Internet, tanto no portal www.embrapa.br quanto nas redes sociais – YouTube, Instagram, Facebook, X (antigo Twitter) e LinkedIn. Nos ambientes digitais da Embrapa, é possível acessar publicações técnicas, assistir a milhares de vídeos, fazer cursos on-line, ouvir programas de rádio e podcasts, baixar apps agrícolas e navegar por bases de dados completas e detalhadas da agricultura brasileira. Para conhecer mais sobre o uso sustentável da água na agricultura, acesse www.embrapa.br/agua-na-agricultura Conheça as soluções tecnológicas da Embrapa em www.embrapa.br/tecnologias Baixe publicações gratuitas em www.embrapa.br/publicacoes-e-bibliotecas