G20 reúne líderes da pesquisa agropecuária internacional em Brasília
G20 reúne líderes da pesquisa agropecuária internacional em Brasília
Foto: Audiovisual-G20
Sede do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), em Brasília (DF), preparada para os eventos do G20-2024.
Entre os dias 15 e 17 de maio, a sede do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), receberá representantes de instituições científicas do mundo todo ligadas à pesquisa agrícola. Organizado pela Embrapa, o Meeting of Agricultural Chief Scientists of G20 states (MACS-G20) terá como lema “Construindo um mundo mais justo e um planeta sustentável” com discussões a respeito do papel da ciência na segurança alimentar, mudanças climáticas e combate à fome.
Este ano, o Brasil preside o G20, grupo dos 20 países que representam as principais economias do mundo. Essa liderança envolve sediar encontros, ao longo de 2024, entre as lideranças das mais diversas áreas e o MACS é o braço do G20 que atua em temas científicos ligados à agropecuária.
As reuniões anuais do MACS são oportunidades para a troca de informações e para o alinhamento de esforços de pesquisa entre os países participantes. As reuniões são formadas por representantes técnicos das instituições e fechadas ao público. Ao fim de cada sessão, um porta-voz faz a divulgação das deliberações e encaminhamentos tomados. Entre os temas a serem debatidos este ano estão “Rotas para a segurança alimentar por meio da ciência”; “A perspectiva da ciência no contexto da emergência das mudanças climáticas”, “Segurança alimentar e sistemas agroalimentares”, “Avanços científicos globais para aprimoramento da segurança alimentar e adaptação dos sistemas agroalimentares”, “Estratégias para fomentar a adaptação e a resiliência de sistemas agroalimentares”, “Bioeconomia e agricultura no contexto da Aliança global contra a fome e a pobreza”.
“O evento será uma grande oportunidade para o Brasil apresentar soluções e produtos que a ciência nacional desenvolveu sobre todos esses temas, como ILPF, bioinsumos, Zarc, técnicas de rastreamento e outros. Tecnologias que podem ser aplicadas em outras partes do mundo e manter o Brasil no protagonismo mundial da agricultura sustentável e da segurança alimentar”, comentou a presidente da Embrapa, Sílvia Massruhá.
Marcelo Morandi, chefe da Assessoria de Relações Internacionais da Embrapa, falou sobre o papel da ciência para enfrentar os desafios globais. “Nesse encontro, discutiremos o papel da ciência e da cooperação científica para alcançar sistemas agroalimentares sustentáveis em contextos específicos local, nacional e global. Esses sistemas desempenham um papel fundamental no crescimento econômico, no combate à fome e à pobreza, no apoio à inclusão social e na proteção do ambiente”, frisou Morandi.
Responsável técnico do evento, Morandi conta que o MACS-G20 pretende responder como a ciência pode ajudar a reduzir vulnerabilidades e melhorar a resiliência nos sistemas agroalimentares, e de que maneira o trabalho científico é capaz de apoiar pequenos produtores e povos tradicionais, respeitando os conhecimentos e os contextos dessas comunidades.
“O Brasil possui uma ciência agrícola forte para o ambiente tropical. O conjunto de boas práticas desenvolvido aqui pode fazer parte da solução da policrise global que enfrentamos. Acreditamos que construir um mundo justo e um planeta sustentável é possível com ciência e cooperação”, declara Morandi ao lembrar que os temas abordados no MACS-G20 estão alinhados a vários objetivos Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, elaborada pela Organização das Nações Unidas (ONU).
O início do fórum de pesquisa agropecuária do G20Reunião do MACS-G20 de 2023, realizada na Índia. Foto: Press Information Bureau. Criado em 2011 e iniciado no ano seguinte, o MACS foi uma resposta dos países membros do G20 aos grandes e diversos desafios que o planeta já enfrentava na área de segurança alimentar e demandavam uma resposta da pesquisa científica e dos sistemas de inovação. O objetivo foi unir estratégias de pesquisa e inovação agropecuária e propor novos formatos de cooperação entre países. Desde sua origem, o grupo se debruça sobre questões como o abastecimento adequado de alimentos para todo o planeta, redução do desperdício e da perda de alimentos, tecnologias digitais e de precisão, combate à disseminação de doenças e pestes agrícolas, incentivo ao investimento na pesquisa e inovação agrícola, proteção da biodiversidade e dos sistemas de produção locais, adaptação dos efeitos das mudanças do clima e sua mitigação e diversificação da cadeia de valor dos sistemas agroalimentares. |
Fábio Reynol (MTb 30.269/SP)
Superintendência de Comunicação Embrapa
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Tradução em inglês: Mariana Medeiros (13044/DF)
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