O pesquisador Jefferson Legat, da Embrapa Tabuleiros Costeiros, recebeu, dia 2 de abril último, 14 estudantes do Departamento de Engenharia da Pesca da Universidade de Sergipe (UFS) no auditório e laboratório de Malacocultura onde se desenvolvem pesquisas com moluscos bivalves (ostras, sururus e mariscos de areia). Acompanhados pelo professor Jefferson Cartaxo, do Departamento de Zootecnia da UFS, os participantes assistiram palestra abordando as pesquisas que tiveram início em 2003 na Embrapa Meio-Norte e hoje são coordenadas pela Embrapa Tabuleiros Costeiros e pela Embrapa Agroindústria de Alimentos que contam, ainda, com a parceria de outras três Unidades. Segundo a FAO, a produção de pescado marinho cultivado no mundo em 2022 correspondeu a 53% de moluscos, 25,2% de peixes, 20,4% de crustáceos e 1,4% de outros organismos. No mesmo ano, o IBGE relata que a produção de pescado marinho cultivado no Brasil correspondeu à 81,5% de crustáceos e 18,5% de moluscos. O pesquisador Jefferson ressaltou que enquanto o estado de Santa Catarina possui uma cadeia produtiva bem estabelecida com produção anual em torno de 13,8 mil toneladas por ano, muitos Estados possuem apenas iniciativas de pequenos produtores e pescadores artesanais restritas às ostras nativas do gênero Crassostrea. Sergipe, por exemplo, produz apenas 5,5 toneladas anuais, segundo o IBGE. “Existem poucos laboratórios/viveiros que fornecem formas jovens para produtores ao longo da costa brasileira”, atesta o pesquisador da Embrapa Jefferson. “No Pará e Oeste do Maranhão a captação de sementes artificiais é suficiente para produção, enquanto os demais produtores, que não são abastecidos por laboratórios/viveiros, coletam ostras diretamente no ambiente natural”, complementa ele