Projeto contempla ações de transferência de tecnologia pós-colheita em MG
Projeto contempla ações de transferência de tecnologia pós-colheita em MG
Referências sobre o tema não são raras – volta e meia, a questão do desperdício de alimentos vem à tona, e mesmo quando as abordagens não dissociam aquelas perdas provocadas por deficiência tecnológica e falta de infraestrutura com o desperdício puro e simples, as consequências não geram dúvidas: os custos costumam ser altos, muito altos. Estimativa da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) aponta para uma perda aproximada de 1,3 bilhão de toneladas/ano, com um impacto econômico de 936 bilhões de dólares.
Por outro lado, a situação tem estimulado algumas iniciativas voltadas à criação de instrumentos que possam prevenir ou minimizar essas perdas. Esse é o caso, por exemplo, do Convênio de Cooperação Técnica celebrado no final de 2015 entre a Embrapa Hortaliças (Brasília-DF) e a Associação dos Produtores Rurais e Agricultores Familiares do Distrito e Região de Dom Modesto, no município mineiro de Caratinga. Em linhas gerais, o convênio prevê ações conjuntas que possibilitem a adoção de práticas voltadas para a redução das perdas pós-colheita de hortaliças, aliadas à preocupação com a oferta de produtos de boa qualidade na região.
O arcabouço das atividades relacionadas a esse trabalho está descrito no projeto "Comunicação e transferência de tecnologia para redução das perdas pós-colheita e do desperdício de hortaliças do campo à mesa", aprovado pelo Sistema Embrapa de Gestão (SEG) em 2015. De acordo com a pesquisadora e coordenadora do projeto Milza Lana, o elo entre as partes foi construído a partir de sua participação com palestrante no I Encontro Nacional de Gestores de Bancos de Alimentos, promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Social nos dias 23 e 24 de outubro de 2014.
"A minha palestra versou sobre perdas de alimentos e como poderíamos contribuir, dentro da perspectiva de uma instituição de pesquisa com hortaliças, para sua redução. Presente ao encontro, o secretário de Abastecimento de Caratinga e também diretor da Rede de Banco de Alimentos do Leste de Minas Gerais (RELBA) João Paulo Ramos, que propôs a parceria", anota a pesquisadora. "Como estava em vias de submeter um novo projeto ao SEG, incluí o trabalho conjunto nos planos de ação previstos", acrescenta.
ATIVIDADES
O processo envolvendo ações conjuntas entre as partes foi iniciado em setembro do ano passado, com visitas da pesquisadora a áreas da zona rural, à RELBA e à Ceasa Caratinga "para fazer o primeiro mapeamento da situação e a partir daí elaborar as metodologias que serão desenvolvidas".
Lana adianta que serão montadas na região cinco unidades de validação da estação de trabalho que inclui equipamentos que facilitam e aumentam o rendimento de colheita e beneficiamento de hortaliças – Unidade Móvel de Sombreamento, Mesa para Seleção e o Carrinho para Colheita e Transporte de Hortaliças. Vale destacar, nesse contexto, o tamanho do desafio, já que a RELBA contempla 15 municípios da região.
O diretor da RELBA só vê vantagens no convênio de cooperação: "Um grande ganho advindo dessa parceria refere-se à maior participação dos associados nas rotinas da instituição, uma vez que o projeto tem tido uma ampla repercussão na região e muitos outros órgãos já expressaram interesse em conhecer esse trabalho".
Anelise Macedo (MTB 2.749/DF)
Embrapa Hortaliças
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