Morreu na quarta (8), o produtor agrícola alagoano Everaldo Tenório, parceiro da Embrapa Tabuleiros Costeiros no desenvolvimento de pesquisas com diversificação de plantios no Sealba em Alagoas. Tenório esteve à frente por décadas de propriedades rurais em Alagoas e no Pará, e é considerado um dos pioneiros na implantação de cultivos de soja na nova fronteira agrícola do Sealba, estudada e definida pela Embrapa, cuja sigla representa os estados de Sergipe, Alagoas e Bahia. Seu corpo foi cremado em São Paulo, onde faleceu durante tratamento de saúde. Ele deixa esposa e três filhos. Até consolidar a soja como uma alternativa viável para diversificar a agricultura em Alagoas, Everaldo Tenório percorreu uma trilha empreendedora buscando aliar tecnologia, apoio técnico e articulação e mobilização dos produtores alagoanos, começando por cultivar o grão na Fazenda Ribeira, em Campo Alegre. Nos últimos dez anos, Tenório foi parceiro importante de pesquisadores da Embrapa como Antonio Santiago, Sergio Procópio e Paulo de Albuquerque, abrindo as portas de suas propriedades para a condução de experimentos fundamentais na validação de variedades de soja adaptadas às condições da nova região. Esses espaços serviram, também, como palco de dias de campo da Embrapa e parceiros com produtores de Alagoas e outros estados, ações fundamentais na propagação de conhecimentos e experiências que ajudaram a impulsionar a diversificação de cultivos na região. Tenório seguiu sendo referência técnica e setorial no cultivo de grãos em Alagoas, atingindo produtividades de classe nacional e escoando praticamente toda sua produção anual para o comércio exterior. Em 2016, foi um dos homenageados pela Embrapa e pela Comissão de Grãos do estado de Alagoas como “Produtor Pioneiro do Sealba”, ao lado de outros produtores e agentes públicos com relevante contribuição para o setor. Em nome de toda a Embrapa, o pesquisador Antonio Santiago externou seus votos de pesar à família, amigos e parceiros de Tenório pelo seu falecimento. “Foi um grande parceiro nosso nas pesquisas e seguirá sendo uma referência para a agricultura alagoana, e nos fará muita falta”, declarou Santiago.