A Embrapa Amazônia Ocidental promoveu, nos dias 21 e 22 de maio, a oficina “Instalação de Fossa Séptica Biodigestora” na qual participaram representantes de oito comunidades de agricultores familiares, parceiros em projetos de transferência de tecnologia da Embrapa, que além de aprender sobre essa tecnologia ajudaram a implantar os equipamentos dessa instalação de saneamento rural na comunidade Gavião onde residem sete famílias indígenas, na região do igarapé Tarumã-açu, zona rural de Manaus. A implantação da fossa foi na área da escola comunitária “Espaço de Estudo da Língua materna e conhecimentos tradicionais Indígena Gavião”, permitindo beneficiar as pessoas que utilizam o espaço coletivo. A fossa séptica biodigestora é uma solução desenvolvida pela Embrapa, como alternativa frente à falta de saneamento básico em algumas regiões rurais. A oficina na comunidade Gavião foi ministrada pelo pesquisador Wilson Tadeu Lopes da Silva, da Embrapa Instrumentação (São Carlos-SP), que atua em química de solos e águas, tecnologias e processos aplicados a saneamento básico rural. O pesquisador Wilson Tadeu Silva explica que a fossa séptica biodigestora é uma solução de fácil instalação e custo acessível, eficiente para tratar o esgoto sanitário e que evita a contaminação do solo e da água consumida pelos moradores, pois os resíduos não chegam ao lençol freático e aos rios, evitando a proliferação de doenças, e permitindo melhor qualidade de vida e saúde a quem reside nas áreas rurais, em locais que não tem acesso a saneamento básico. A tecnologia além de tratar os dejetos também produz um efluente que pode ser utilizado no solo como fertilizante, fornecendo nitrogênio para plantas perenes, servindo para a adubação de pequenas lavouras, com o cuidado de ser aplicado diretamente no solo e não ser usado em contato com alimentos ou folhas consumidos crus. A fossa séptica biodigestora é uma das tecnologias que integra o sistema de Saneamento Básico na área Rural desenvolvido na Embrapa Instrumentação (São Carlos – SP), composto também pelas tecnologias denominadas "Jardim Filtrante" (que trata o esgoto de pias, tanques e chuveiros) e "Clorador Embrapa" (para desinfecção da água). Para saber mais sobre essas tecnologias acesse https://www.embrapa.br/tema-saneamento-basico-rural A vinda do pesquisador Wilson Silva a Manaus e a oficina foram viabilizadas pelo projeto “Promover: Inclusão, desenvolvimento e sustentabilidade dos agricultores e agricultoras familiares na Amazônia”, coordenado pela Embrapa Amazônia Ocidental, liderado pelos pesquisador Lindomar Silva, e financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam). Um dos objetivos deste projeto é possibilitar que agricultores e agricultoras familiares que adotaram tecnologias agropecuárias tenham acesso a tecnologias e inovações que possibilitem maior agregação de valor ao seu produto; além de ações que facilitem a inclusão, desenvolvimento e sustentabilidade socioeconômica e ambiental de comunidades rurais no Amazonas.