A diretora de Negócios, Ana Euler, que ocupa o cargo de diretora de Transferência de Tecnologia da Anater, destacou o importante papel da extensão rural no Brasil e o desafio de universalizar a assistência técnica “A inovação se dá quando a pesquisa consegue chegar ao campo e transforma realidades”, afirmou a diretora de Negócios, Ana Euler, em sua participação na cerimônia que comemorou os dez anos de existência da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), no dia 27 de maio, na Câmara dos Deputados. Para ela, é preciso ampliar o acesso de extensionistas rurais às plataformas digitais da Embrapa, oferecendo cursos de capacitação em temas estratégicos para o desenvolvimento rural sustentável nas comunidades, como forma de fortalecer as ações de inclusão socioprodutiva rural digital junto aos agricultores. “Desde que assumimos o mandado na Diretoria-Executiva da Embrapa que estamos buscando aproximar a nossa empresa da Anater, por meio do uso ampliado das nossas plataformas de Ater Digital e através de ações de TT oferecidas por nossos 43 centros de pesquisa espalhados em quase todos os estados. Queremos que as tecnologias e os conhecimentos da Embrapa cheguem ao público que mais necessita - agricultores, indígenas, quilombolas, extrativistas e produtores das regiões periurbana”, afirmou a diretora durante a assinatura dos convênios (foto abaixo). Atualmente, a Embrapa dispõe de cerca de 2 mil cultivares, que adaptadas aos diferentes biomas brasileiros, permitem contribuir para a produção de alimentos, segurança alimentar e soberania. A sessão solene em homenagem à trajetória da Anater foi presidida pelo deputado federal, Zé Silva (Solidariedade-MG), e requerida pelos deputados Maria do Rosário (PT-RS), Odair Cunha (PT-MG) e Bohn Gass (PT-RS). Além da presença de deputados e senadores, contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, do diretor do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dater/MDA), Marenilson Batista, e de toda a diretoria da Anater. Jefferson Coriteac, presidente da entidade, ressaltou que durante essa década a instituição tem sido um pilar essencial para o fortalecimento da agricultura familiar e o desenvolvimento rural sustentável no Brasil. E comemorou: “nossas ações buscam levar inovações tecnológicas e tecnologias sociais, promovendo a sucessão no campo e a preservação de nossas florestas e águas, garantindo a mulheres, jovens e comunidades tradicionais acesso igualitário aos recursos e oportunidades oferecidas”. O diretor administrativo Camilo Capiberibe falou sobre a reestruturação da Anater para que possa alcançar mais territórios brasileiros, da ampliação da execução orçamentária no ano de 2023 destacou que “a assistência técnica é muito mais que ensinar técnicas para melhorar a produtividade e ter alimentos saudáveis, é um instrumento de emancipação do ser humano”. A diretora técnica Loroana Santana ressaltou o novo momento da Anater e destacou as entregas já realizadas como a chamada Ater Mulheres para 12,5 mil mulheres agricultoras, a Ater Bem Viver Semiárido para 5,5 mil agricultores nos dez estados do bioma, e o Ater Bem Viver Pampa, para famílias do Rio Grande do Sul, além das outras entregas previstas que estão em fase final de elaboração: Bolsa Verde (R$ 60 milhões) e Florestas Produtivas na Amazônia (R$ 10 milhões). “Não há agricultura que possa ser bem-sucedida sem assistência técnica e extensão rural. Assim como universalizamos a educação e a saúde, temos o desafio de universalizar a assistência técnica e extensão rural. Temos tecnologia de primeiro nível nas universidades, na Embrapa, nos institutos federais e nas Ematers”, destacou Paulo Teixeira. Instituição privada sem fins lucrativos, a Anater tem como objetivo promover, estimular, coordenar e implementar programas de assistência técnica e extensão rural. Suas atividades são voltadas para a inovação tecnológica e a apropriação de conhecimentos científicos nas áreas técnica, econômica, ambiental e social. Assinaturas de convênios totalizam R$ 23 milhões O Bem Viver Semiárido vai investir R$ 23,5 milhões do Governo Federal, através do MDA e da Anater, para levar assistência técnica e extensão rural a 5,5 mil famílias, nos dez estados do Nordeste. Cada lote contempla 250 famílias. Foram assinados contratos com cinco empresas vencedoras da chamada Ater Bem Viver Semiárido para lotes da Bahia (SA Consultoria Agropecuária Ltda. e Cooperativa de Serviços Sustentáveis da Bahia); de Pernambuco (Centro de Assessoria e Apoio aos Trabalhadores e Instituições Não Governamentais Alternativas); da Paraíba (Organização Sertaneja dos Amigos da Natureza) e do Piauí (João Batista Silva Barroso e Cia Ltda). Mais cinco serão assinados para lotes de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Piauí. Fotos: Thiago Sousa Texto: Embrapa com colaboração ANATER e Agência Câmara