05/06/24 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Superintendente do MAPA em Roraima destaca pesquisas para controle da mosca-da-carambola

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Foto: Dulcivânia Freitas

Dulcivânia Freitas - O Superintendente Federal da Agricultura em Roraima, Plácido Alves, conheceu in loco a estrutura de criação de mosca-da-carambola, no laboratório da Embrapa Amapá.

O Superintendente Federal da Agricultura em Roraima, Plácido Alves, conheceu in loco a estrutura de criação de mosca-da-carambola, no laboratório da Embrapa Amapá.

Com o objetivo de conhecer a estrutura e resultados das pesquisas desenvolvidas para o controle da mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae), Plácido Alves, titular da Superintendência Federal da Agricultura (SFA) em Roraima, fez uma visita técnica à Embrapa Amapá, na terça-feira, 4/6. Ele esteve no laboratório de entomologia e no container habitável, que está sendo preparado para receber a criação de moscas-das-frutas e os parasitoides agentes de controle biológico.  

Dados e informações dos estudos da Embrapa são utilizados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no Programa Nacional de Erradicação da Mosca-da-Carambola (PNEMC).  A importância da pesquisa científica para subsidiar as ações do Ministério foi destacada pelo superintendente da SFA de Roraima.

“Defendo que a melhor estratégia é fortalecer a pesquisa, podemos trabalhar juntos para termos uma alternativa eficaz no combate à mosca-da-carambola, incluindo uma forte cooperação com os países fronteiriços com as regiões onde há incidência desta praga. Quando se trata de estudos para o combate à mosca-da-carambola, a nossa referência é a Embrapa Amapá”, afirmou Plácido Alves.  

 

Estudos de controle biológico 

No Brasil, a mosca-da-carambola foi registrada em 1996 no município de Oiapoque, extremo norte do Amapá, oriunda da Guiana Francesa após ser detectada no Suriname em 1986. Atualmente, é caracterizada como praga quarentenária presente no Brasil, com presença em todo o estado do Amapá e em áreas restritas de Roraima e sul do Pará, sob controle oficial do Ministério da Agricultura e Pecuária. 

Antonio Claudio Almeida de Carvalho, chefe-geral da Embrapa Amapá, destacou os estudos de controle biológico da mosca-da-carambola. Uma das pesquisas utiliza o parasitoide exótico Fopius arisanus, agente de controle biológico importado do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Também foi informado ao superintendente da SFA de Roraima que a equipe técnica, liderada pelo pesquisador Ricardo Adaime, já identificou 30 espécies vegetais hospedeiras desta praga no Amapá.

Durante a visita, Plácido Alves também conheceu detalhes sobre o ativo tecnológico desenvolvido pela Embrapa Amapá, disponível para ser produzido em escala industrial, que consiste em um produto formulado com o fungo Metarhizium anisopliae para o controle da mosca-da-carambola. A eliminação do inseto hospedeiro ocorre por meio da aplicação direta do produto no solo.

O chefe-geral também ressaltou a pesquisa realizada para testar a aplicação simultânea da técnica de aniquilação de machos (MAT), por meio do atrativo químico metil eugenol, e a Técnica do Inseto Estéril (SIT), com a criação e liberação em massa de insetos machos esterilizados por radiação ionizante. Esse estudo recebeu financiamento da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA), e foi conduzido pela pesquisadora Cristiane de Jesus.

O superintendente Federal da Agricultura (SFA) de Roraima foi presenteado com exemplares dos livros “Moscas-das-frutas no Brasil: conhecimento básico e aplicado” e “Pragas agrícolas e florestais na Amazônia”, co-editados pelo pesquisador Ricardo Adaime, da Embrapa Amapá.

Dulcivânia Freitas (DRT-PB 1.063/96)
Embrapa Amapá

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