Embrapa e INPI apresentam resultados sobre edição gênica na agropecuária
Embrapa e INPI apresentam resultados sobre edição gênica na agropecuária
Cinco pessoas da Embrapa participam do estudo do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), publicado no dia 25 de junho no site da instituição, sobre edição gênica na agropecuária. A iniciativa faz parte da série Radar Tecnológico e tem como objetivo mapear patentes associadas a grandes temas de importância no contexto científico nacional e internacional. Aline Zacharias, Ana Luiza Dias, Ana Paula Vaz, Lívia Junqueira e Simone Tsuneda fazem parte da equipe da Gerência-Geral de Estratégias para o Mercado da Diretoria de Negócios da Embrapa (DENE). A primeira edição, em parceria com a Embrapa, teve como tema “Bioinsumos da Agricultura: Inoculantes” e foi lançada em janeiro deste ano.
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A edição gênica é uma tecnologia inovadora capaz de modificar o genoma de plantas, animais e microrganismos com mais rapidez, economia e eficiência do que as técnicas convencionalmente utilizadas e mais: sem a necessidade de introdução de material genético exógeno. Desenvolvida, inicialmente, para aplicação com a enzima Cas9, a ferramenta CRISPR (Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats) está revolucionando as pesquisas na área de genética em todo o mundo pela capacidade de editar o DNA e alterar características dos organismos em prol da sociedade.
Em linhas gerais, a edição de genomas permite desenvolver culturas agrícolas resistentes a pragas, corrigir genes defeituosos em animais e reescrever genomas inteiros de microrganismos, entre outras inúmeras finalidades. O fato de não necessitar da introdução de material genético de outras espécies facilita a sua aceitação pela sociedade mundial, que ainda oferece resistência aos organismos chamados de transgênicos.
Segundo Tsuneda, gerente-geral e uma das autoras do estudo, apesar da importância crescente para o cenário científico global, as informações sobre edição gênica ainda se encontram muito pulverizadas no Brasil e no mundo. “O estudo desenvolvido pelo INPI, em parceria com a Embrapa, mapeia os pedidos de patente nessa área, o que nos permite conhecer as instituições e pessoas envolvidas. Com isso, conseguimos ter uma noção geral mais precisa sobre os avanços em prol da agropecuária, especialmente no Brasil, que é o nosso principal foco”, pontua.
O estudo foi produzido no âmbito do Acordo de Cooperação Técnica entre o INPI e a Embrapa, que prevê o desenvolvimento de dez estudos de prospecção tecnológica em áreas relevantes para o desenvolvimento da agropecuária no País.. Os primeiros já publicados abordaram os bioinsumos e a edição gênica, os próximos temas ainda serão definidos.
Tsuneda observa que a participação da Embrapa na elaboração do Radar Tecnológico é fundamental, uma vez que possibilita o direcionamento dessas áreas do conhecimento com base em pontos de relevância para a agropecuária brasileira.
Saiba mais sobre o estudo
O estudo apresenta o panorama dos pedidos de patente nas tecnologias relacionadas à edição gênica, incluindo CRISPR, TALEN e ZFN, depositados a partir de 2010 no Brasil e no mundo. Para isso, está dividido em duas partes: a primeira apresenta um panorama geral dos pedidos de patente sobre edição gênica depositados no mundo, com análise mais detalhada da tecnologia CRISPR, enquanto a segunda parte traz um levantamento dos pedidos de patentes de CRISPR associados à agricultura e à pecuária, com a análise do perfil de depósitos no mundo e no Brasil. De acordo com o estudo, China e Estados Unidos lideram a geração de invenções em CRISPR, com 84% das famílias de patentes. O Brasil está na 28ª posição na lista dos países desenvolvedores dessas tecnologias, ao mesmo tempo que figura como o 9º principal mercado no qual os desenvolvedores buscam proteção para suas invenções. Entre as culturas vegetais analisadas, foram identificadas invenções relativas ao arroz, milho, soja, trigo, algodão, cana-de-açúcar, café e eucalipto. Na pecuária, havia invenções relacionadas ao uso de animais para transplante de órgãos/tecidos e como modelos para estudos de doenças. O Radar apresenta ainda um painel de dados interativo que permite uma visão detalhada dos pedidos de patente identificados.
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A edição gênica na EmbrapaVárias pesquisas estão em desenvolvimento na Embrapa na área de edição gênica, envolvendo plantas, animais e microrganismos. Os principais resultados alcançados até o momento são: |
Fernanda Diniz (Com informações do INPI) (MtB 4685/DF)
Superintendência de Comunicação (Sucom)
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