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Jornalismo ambiental sofre uma grande perda

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Foto: Arquivo Pessoal

Arquivo Pessoal -

Com seu pioneirismo, a jornalista Liana John contribuiu para consolidar o jornalismo ambiental brasileiro. Ao longo de quatro décadas, ela se tornou uma referência profissional ao escrever sobre ciência, agricultura e, principalmente, meio ambiente. Liana faleceu, no dia 23 de julho, em São Paulo, em decorrência de um câncer, contra o qual lutava há cerca de seis anos. 

Sua trajetória na carreira foi reconhecida no Brasil e no exterior. Colaborou em veículos como National Geographic Brasil, Horizonte Geográfico, Veja, Planeta Sustentável, Rádio Eldorado e Revista Pantanal. Durante seis anos, foi editora executiva da revista Terra da Gente e antes disso, por 15 anos, respondeu pela editoria de Ciência e Meio Ambiente da Agência Estado.

Escreveu mais de 10 livros e recebeu cinco vezes o Prêmio de Reportagem sobre Biodiversidade da Mata Atlântica; foi vencedora do Biodiversity Reporting Award, Latin American Category (2009), da Conservation International; do Prêmio Embrapa de Reportagem e do Prêmio HSBC de Imprensa e Sustentabilidade. 

Liana John era casada com o chefe-geral da Embrapa Territorial, Evaristo de Miranda. Ela deixou quatro filhos, Tiago, Íris, Melissa e Daniel, e o neto Nico. No dia seguinte de seu falecimento, sua família publicou, em suas páginas no Instagram e no Facebook, a carta de despedida que ela escreveu para os amigos e familiares, alguns dias antes de sua morte. 

Homenagens

O falecimento de Liana John foi noticiado por veículos da mídia televisiva, como Band News e EPTV, e, em sites, do G1, Globo Rural, Canal Rural, Revista Oeste, Hora Campinas, A Cidade ON, entre outros. Nas redes sociais, personalidades, amigos, entidades ligadas à preservação ambiental e jornalistas lamentaram a morte da jornalista.

O Grupo de Pesquisa em Jornalismo Ambiental, como forma de homenagem, reproduziu trechos da palestra ministrada por Liana durante o IV Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo Ambiental, realizado na Fabico/UFRGS, em 2018. A mensagem foi escrita pelo amigo e também jornalista ambiental Roberto Villar Belmonte. 

Os empregados, colaboradores e terceirizados da Unidade lamentam profundamente o falecimento de Liana John e se solidarizam com a dor sentida pelos familiares, em especial, o seu marido, nosso colega e chefe-geral. A declaração da colega Luciane Dourado (NDI) expressa os sentimentos e as sinceras condolências de toda a equipe: 

“Liana, você esteve sempre presente, entre nós, nos grandes momentos que a Unidade protagonizou até hoje, com sua influente personalidade, embora discreta e elegante. Você partiu deste mundo, em paz e serena, por um caminho de luz e agora está ao lado do Senhor. Descanse em paz junto ao Pai!”

Seguem algumas das mensagens postadas nas redes sociais:

“Estamos muito tristes. Liana foi uma grande referência para o jornalismo ambiental no Brasil. Por meio do seu trabalho, foi uma defensora importante da Mata Atlântica, do meio ambiente e da ciência. É uma grande perda e nos solidarizamos com toda sua família e amigos”. Marcia Hirota, diretora-executiva da SOS Mata Atlântica

“Perdi mais uma amiga e o jornalismo ambiental perdeu uma de suas pioneiras e mais importantes vozes. Trabalhamos juntos na Agência Estado preparando a cobertura da ECO-92 (…) Seus textos, com precisão científica e linguagem instigante, ao mesmo tempo fortes e gentis, ajudaram a fundar o jornalismo ambiental no Brasil”. Clayton Lino, presidente do Conselho Nacional na Reserva da Biosfera da Mata Atlântica

“Com suas obras, Liana deixa um importante legado para o meio ambiente e a ciência.” Deputado Federal Alceu Moreira

“Recebi com tristeza a notícia do falecimento da jornalista ambiental Liana John, reconhecida no Brasil e no exterior.” Senador Luis Carlos Heinze

“A jornalista Liana John, depois de uma luta de seis anos contra o câncer, deixa uma emocionante carta de despedida. Sua morte é lamentada pelo país.” Fernando Mitre, jornalista

“Não há como não se comover com sua carta. Como sempre, ao se despedir Liana foi elegante, lúcida, inspiradora, amorosa, generosa, amiga e muito serena. Quanta dignidade há em suas palavras!”  Mônica Nunes, jornalista 

“Eu digo, com toda a segurança, que Liana é a mãe, madrinha, mentora, guru de todo o nosso trabalho de comunicação! Ela foi me impulsionando nesse mundo, foi minha coach ... E eu fazia tudo que ela mandava! E assim fui aprendendo com ela. E nos tornamos amigas. Amigas antológicas e amigas da vida.” Patrícia Médici, coordenadora da Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira, projeto do IPÊ (Instituto de Pesquisas Ecológicas) 

 

Liliane Castelões (16.613 MTb/RJ)
Embrapa Territorial

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Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
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