01/08/24 |   Gestão ambiental e territorial

Mais da metade do estado do Paraná possui potencial para piscicultura

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Foto: Elisângela Santos

Elisângela Santos - Gestores municipais e representantes do setor poderão implementar políticas públicas que incentivem a expansão da piscicultura no estado

Gestores municipais e representantes do setor poderão implementar políticas públicas que incentivem a expansão da piscicultura no estado

Estudo da Embrapa Pesca e Aquicultura foi apresentado no último dia 24, em Toledo (PR)

 

Aproximadamente 59% do Paraná possui potencial para o cultivo de peixes em viveiros escavados, sendo que 24% dessas áreas são consideradas ideais devido às condições ambientais e socioeconômicas favoráveis. Esses são os resultados do levantamento realizado pela Unidade Mista de Pesquisa e Inovação (UMIPI), formada pela Embrapa Pesca e Aquicultura, em parceria com Biopark, o Biopark Educação e apoio da Fundação Araucária.

O estudo, “Ordenamento Territorial da Piscicultura”, foi apresentado no último dia 24 de julho em Toledo (PR). Com base nessas informações, gestores municipais e representantes do setor poderão implementar políticas públicas que incentivem a expansão da piscicultura no estado.

“Trata-se de um macrozoneamento que precisa ser refinado pelos municípios. A escala é mais regional, não é muito detalhada”, explica Marta Eichemberger Ummus, analista e geógrafa da Embrapa Pesca e Aquicultura, responsável pelo Sistema de Inteligência Territorial Estratégica (SITE) Aquicultura. “Todas as variáveis que subsidiaram o zoneamento foram levantadas com metodologia participativa, onde o setor pôde indicar quais variáveis (ambientais, sociais e econômicas) que eram mais relevantes para a atividade”, completa

Bruno Aparecido da Silva, pesquisador da UMIPI, destaca a importância da experiência técnica dos especialistas envolvidos no projeto. “Reunimos profissionais com profundo conhecimento técnico e prático da piscicultura, o que é fundamental para enfrentar os desafios e variáveis da produção”, afirma.

A pesquisa utilizou uma metodologia inovadora, que combina levantamento de dados com informações obtidas da cadeia produtiva. Esses resultados podem servir de modelo para estudos semelhantes em outras regiões, ajudando a identificar áreas apropriadas para o cultivo de peixes.

Carolina Trombini, gerente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) do Biopark Educação, enfatiza que a região Oeste do Paraná, além de ser um polo de piscicultura, é líder na produção de aves e a segunda maior produtora de suínos do Brasil. “A parceria da UMIPI com a Embrapa Pesca e Aquicultura tornou possível o estudo no Biopark, em Toledo (PR). Todo o estado será beneficiado”, explica. Ela acrescenta que a metodologia desenvolvida e os resultados obtidos poderão orientar estratégias de expansão da piscicultura, especialmente em regiões mais adequadas para a produção de tilápia em viveiros escavados.

 

Elisângela Santos (19.500 - RJ)
Embrapa Pesca e Aquicultura

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