22/08/24 |   Produção vegetal  Transferência de Tecnologia

Rede Reniva irá fomentar o desenvolvimento da mandiocultura na Paraíba

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Foto: Sérgio Cobel

Sérgio Cobel -

Criar uma rede de multiplicação e distribuição de manivas-semente de mandioca com qualidade genética e fitossanitária - Rede Reniva - para fortalecer a cadeia produtiva da mandioca na Paraíba. Com esse objetivo, a Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz da Almas, BA) e a Embrapa Algodão (Campina Grande, PB), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e a Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer) realizaram o primeiro seminário da Rede Reniva no estado, no último dia 15 de agosto. O evento contou com a presença de produtores rurais dos municípios de Mari e Puxinanã, técnicos extensionistas, pesquisadores e representantes de instituições ligadas à cultura da mandioca na Paraíba.

O evento marcou o início da implementação do TED (Termo de Execução Descentralizada) Reniva Paraíba. “O TED Reniva consiste no estabelecimento de uma rede de maniveiros que vai produzir material de mandioca com sanidade vegetal e identidade genética. Nós vamos interagir com a Unidade da Embrapa Algodão para que ela possa receber uma estufa de termoterapia, onde serão tratados os materiais, tanto crioulos como materiais da Embrapa, para disponibilizar plantas básicas elite para a rede de maniveiros que nós vamos estabelecer aqui no estado da Paraíba”, declarou o coordenador da Rede Reniva e analista da Embrapa Pesca e Aquicultura, Hermínio Rocha.

Conforme o coordenador da Rede, o Reniva irá treinar os agentes de assistência técnica e extensão rural para que eles possam difundir os preceitos do Reniva adequadamente para uma rede de maniveiros que serão formados no estado da Paraíba para que os produtores, principalmente os de base familiar, possam ter acesso a um material de plantio com sanidade e identidade genética.

“Com uma maniva de qualidade nós esperamos chegar a um patamar de produtividade superior a 25 toneladas por hectare em média no estado, somente por causa da sanidade”, calcula Hermínio Rocha.

Atualmente, a produtividade média do município de Mari, PB, hoje o maior produtor de mandioca do estado, é de aproximadamente 9,6 toneladas por hectare, segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico e Agrário de Mari, Severino Ramos, que representou os mandiocultores de Mari no evento.

Na ocasião, o representante da Empaer pesquisador Elson Soares disponibilizou as estações experimentais, equipes e laboratórios em todo o estado para apoiar o projeto Reniva.

O secretário de Agricultura e Abastecimento de Campina Grande Renato Gadelha também informou que a secretaria irá multiplicar sementes de maniva para toda a região apta ao cultivo da mandioca no município e seu entorno.

A representante da superintendência do MDA na Paraíba Jeane Martins destacou, além da importância econômica, o papel cultural da mandioca para o estado. “A Paraíba tem tudo a ver com mandioca, com macaxeira. Quando a gente fala em agricultura, não está falando só de produto, a gente fala de pessoas, de cultura, culinária, turismo... Por isso, o MDA se orgulha muito de poder fomentar por meio desses TEDs a capacitação, assistência técnica e clonagem de manivas, que contemplaram não só a Paraíba, mas também outros estados do Nordeste e Norte do Brasil”, afirmou.

TED Reniva

No final do ano passado, a Embrapa foi contemplada com cerca de R$ 1,6 milhão liberados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) para a ampliação da Rede Reniva para nove estados das regiões Norte e Nordeste (Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Paraíba, Rondônia, Roraima e Tocantins).

O projeto, com duração de 24 meses, conta com o apoio das Unidades da Embrapa nos estados contemplados. Cada um deles vai receber uma câmara térmica automatizada, formada por uma estufa de aço galvanizado, coberta com plástico selado hermeticamente, que ocupa um espaço de 25 m². A tecnologia que utiliza a temperatura para gerar plantas mais sadias foi desenvolvida pelo Centro Internacional para Agricultura Tropical (Ciat), na Colômbia, e aperfeiçoada pela Embrapa Mandioca e Fruticultura, sediada em Cruz das Almas, na Bahia. A câmara térmica é capaz de gerar, por meio da termoterapia, plantas de mandioca com alta qualidade fitossanitária, livres de patógenos sistêmicos, como vírus, bactérias e agentes que causam a podridão radicular.

Edna Santos (MTB/CE 1700)
Embrapa Algodão

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