Um grupo de pesquisadores e extensionistas da Epagri/SC esteve na Embrapa Trigo, no dia 18/09, para discutir projetos e oportunidades de cooperação na área de cereais de inverno. O encontro deverá resultar num plano de trabalho a ser executado no próximo ano. As oscilações climáticas e o ataque da cigarrinha têm comprometido a produção de milho em Santa Catarina. A escassez do milho afeta a produção de proteína animal, já que o grão é a base para a alimentação do gado leiteiro e para a elaboração de ração, especialmente de suínos e aves. “Os cereais de inverno são alternativas para suprir a escassez de milho, compondo sistemas de produção de grãos que beneficiam também os cultivos de verão”, conta o Chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Trigo, Giovani Faé. Segundo ele, forrageiras de outono-inverno podem ser complementares ao milho, com a possibilidade de fornecer silagem e pré-secado de alta qualidade a partir de espécies como trigo, cevada, aveia e triticale. “O período de outono-inverno pode ser utilizado para produzir alimento barato, gerando renda em áreas que, muitas vezes, ficam ociosas, contando apenas com plantas de cobertura ou em pousio. Hoje temos diversas tecnologias para o melhor encaixe no modelo de produção de cada região, seja na integração com a pecuária, com o abastecimento do moinho ou da indústria de ração”, afirma Faé. Para a coordenadora do programa Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental da Epagri/SC, Juliane Justen, o objetivo de intensificar o uso de culturas de inverno em Santa Catarina visa associar tecnologia com sustentabilidade e rentabilidade. Neste sentido, as atividades desenvolvidas na parceria deverão considerar também ações voltadas à conservação do solo e da água. Conforme o coordenador do programa Grãos da Epagri/SC, Douglas de Oliveira, já existem diversas iniciativas acontecendo no trabalho conjunto entre as duas instituições. “O propósito neste encontro é formalizar a parceria, definindo um plano de trabalho integrado já para o próximo ano, contemplando ações práticas que viabilizem soluções em cereais de inverno para atender todas as oportunidades que podem gerar renda para o produtor, tanto na alimentação animal como para a alimentação humana”, conclui Douglas. Colaboração Gisele Dias, Assessoria de Comunicação Epagri/SC