Combate ao Aedes aegypti é tema de palestra na Embrapa Pantanal
01/02/16
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Gestão ambiental e territorial
Combate ao Aedes aegypti é tema de palestra na Embrapa Pantanal
No último dia 29, sexta-feira, os empregados e funcionários terceirizados da Embrapa participaram de uma palestra sobre as formas de prevenir a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue, febre amarela, chikungunya e o zika vírus. A ação faz parte da campanha do Governo Federal de combate ao mosquito e, em Corumbá (MS), contou com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde.
Embora a preocupação com os sintomas e as consequências das doenças seja importante neste momento, a palestrante e coordenadora do Centro de Controle de Vetores e Endemias (CCV) do município, Grace Bastos, ressalta a necessidade de impedir a multiplicação do Aedes para evitá-las. "Nós orientamos 10 minutos por semana de cuidado com a residência e com o próprio local de trabalho. É preciso verificar, principalmente, os lugares onde a pessoa fica mais tempo – como escritórios, quartos e banheiros, que são os lugares onde a fêmea do mosquito gosta de ficar".
Como combater
Segundo Grace, o Aedes aegypti vive perto das pessoas, dentro de casas ou outras construções, e é encontrado com mais frequência próximo a áreas urbanas. "Por isso, a gente orienta que se use algum tipo de substância repelente com citronela nesses locais, aplicando-a sempre embaixo da cama, de sofás e mesas, atrás da cabeceira da cama, do vaso sanitário, da geladeira e das cortinas, dentro e atrás do guarda-roupa e na parte interna da casa do cachorro", afirma. De acordo com a coordenadora do CCV, a fêmea do mosquito procura lugares escuros para se esconder.
Ao tomar medidas para eliminar os possíveis criadouros do mosquito, ela afirma que é preciso prestar atenção a qualquer superfície que possa acumular água – como vasilhas de ração e água, para quem tem animais em casa. "É preciso tirar ou trocar a água toda semana e passar uma bucha para limpar bem. Aquela sujeira que fica no fundo da vasilha, semelhante a um tipo de lodo, serve como alimento para as larvas do Aedes", diz. "Outra coisa à qual o morador deve ficar atento: os ralos. Coloque sal grosso, cal ou mesmo água sanitária dentro deles para ajudar a impedir o desenvolvimento das larvas".
Apoio aos técnicos
Nathália Rojas, responsável pelo setor de educação em saúde do CCV, também ministrou a palestra do dia 29. Ela trabalha com uma equipe para sensibilizar a população em relação à urgência de se combater o Aedes aegypti. "Um mosquito coloca cerca de mil ovos. E ele não vai ficar só na sua casa: vai para a casa do vizinho, para os locais próximos. A responsabilidade do morador não é de cuidar só do seu quintal. É preciso se preocupar com os outros também", afirma.
Nathália ressalta a dificuldade que alguns técnicos têm ao visitar as residências em busca de focos do mosquito, considerando que muitos moradores impedem a entrada das equipes. "Os técnicos estão capacitados para identificar esses focos. As pessoas têm que aproveitar de toda forma essa visita para aprender a identificá-los também. A equipe não está ali só para dar uma olhadinha no quintal. Ela está preocupada com a saúde do morador, capacitada para informar e tirar todas as dúvidas. São, em média, 10 minutos de visita que a pessoa tem para aproveitar. Ela deve andar junto com o agente, fazer a inspeção e aproveitar a vinda daquele técnico como um meio de falar com os vizinhos e repassar essas informações".
De acordo com a responsável pelo setor de educação e saúde da instituição, o Aedes aegypti deve ser vencido em conjunto. "Para impedir a proliferação do mosquito, são necessárias ações muito simples. Talvez por isso, algumas pessoas não tenham noção da responsabilidade que elas têm na comunidade onde vivem. É preciso que um ajude o outro na eliminação dos focos. Sozinho, ninguém consegue. Juntos, temos uma chance".
Nicoli Dichoff (MTb 3252/SC)
Embrapa Pantanal
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