06/12/24 |   Biodiversity  Research, Development and Innovation

Articulação de parceiros busca fomentar os arranjos produtivos da Amazônia

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Photo: Kélem Cabral

Kélem Cabral -

O Workshop "Arranjos Produtivos Locais (APL) na Amazônia Legal: Desafios e Estratégias para o Desenvolvimento Sustentável" reuniu em Belém, na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), atores de diversos setores, para juntos, firmar compromissos e impulsionar a economia e as populações locais, a partir da sociobiodiversidade amazônica. O resultado do encontro será uma das bases do Programa de Desenvolvimento Científico, Tecnológico e de Inovação da Amazônia Legal, do Governo Federal, sob execução da Sudam.

Promovido pela Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa) e o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), o evento contou com um dia inteiro de debates envolvendo setores produtivos regionais, instituições de pesquisa e agentes financiadores, com o objetivo de criar uma estratégia de fomento voltada aos Arranjos Produtivos Locais (APLs).

Representando o governo federal, Tiago Araújo, coordenador-geral de Sistemas Produtivos Inovadores – CGPI/MIDR, explicou que os arranjos consistem em aglomerados de empreendimentos produtivos que geram sinergias econômicas, sociais e ambientais, essenciais para o crescimento sustentável da Amazônia Legal. Ele defendeu que o grande objetivo do evento se dá em juntar parceiros, instituições congregadas e emanadas na mesma causa que é a promoção das cadeias produtivas vocacionadas na Amazônia. “Discutimos cadeias produtivas como o cacau, pescado, açaí, e demais produtos da biodiversidade e gerar, novas riquezas para o povo da Amazônia”, completou.

Araújo destacou que uma das mais importante estratégias ao fomentos dos APLs com diálogo, sustentabilidade, respeito aos povos e vocação de cada região, já em curso, são as Rotas de Integração Nacional. Atualmente o ministério possui 79 rotas em 19 estados brasileiros, totalizando mais de 1500 municípios e beneficiando mais de 100 mil famílias.

E reiterou que Rotas são redes de arranjos produtivos locais associadas a cadeias produtivas estratégicas capazes de promover a inclusão produtiva e o desenvolvimento sustentável das regiões brasileiras.

O açai é o foco de uma das Rotas de Intregração/ Foto: Ronaldo Rosa

 

Ciência é imprescindível ao desenvolvimento regional

 

O chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental, Walkymário Lemos foi um dos convidados à mesa de abertura e explanou ainda na primeira mesa de debates intitulada “Amazônia sustentável: O potencial dos APLs”. O gestor colocou o Centro de Pesquisa à disposição, relembrando também as diversas parcerias com a Sudam e o governo federal que têm gerado impacto real na promoção do desenvolvimento sustentável na Amazônia.

Para Lemos, o papel da ciência é parte essencial a qualquer debate sobre desenvolvimento na região, pois fornece além de subsídios, soluções tecnológicas sustentáveis, fomentando as mais diversas cadeias produtivas locais.

O chefe-geral reforçou que um dos desafios da região é como transformar a riqueza da sociobiodiversidade local em riqueza efetiva para a região e os povos da Amazônia. E defendeu a necessidade da valorização dos produtos locais, com desenvolvimento de soluções que agreguem valor aos produtos,  mas também a organização das cadeias, a fim de garantir escala aos produtos regionais. “A bioeconomia precisa sair do discurso e ser transformada em práticas que garantam valoração, escala e competitividade aos produtos”.

E sendo a ciência um dos pontos vitais do evento, Sudam apresentou o Programa de Desenvolvimento Científico, Tecnológico e de Inovação da Amazônia Legal (PDC-TIA), o braço científico do Plano Regional de Desenvolvimento da Amazônia Legal 2024/2027. O plano tem como uma das metas, amplificar o desempenho das mais diversas políticas públicas que são promovidas na Amazônia, por meio da criação de sinergias e alinhamentos institucionais, visando à maior eficiência e efetividade dos recursos públicos, considerando os diferentes setores sociais, da atividade econômica e da atuação do Estado brasileiro.

E para isso, tem a ciência como uma das forças propulsoras para a redução das desigualdades socioeconômicas na Amazônia Legal.

Luís Eduardo Monteiro, coordenador de apoio aos setores produtivos da Sudam afirmou os resultado do Workshop e as parcerias firmadas entre os diversos atores presentes, servirão de insumo para se construir uma grande estratégia de APLs para então melhor direcionar a aplicação de políticas públicas com os diversos instrumentos de desenvolvimento da Sudam, tais como incentivos fiscais, fundos de financiamento e convênios entre outros.  

Monteiro informou ainda que deve ser lançado em breve, um documento com as sinergias e contribuições geradas a partir do evento.

 

Kélem Cabral (MTb 1981/PA)
Embrapa Amazônia Oriental

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