Seminário Regional no Norte conclui ciclo de eventos para mapear demandas de máquinas para Agricultura Familiar
Seminário Regional no Norte conclui ciclo de eventos para mapear demandas de máquinas para Agricultura Familiar
Photo: Glauter Santos, Embrapa Hortaliças
O evento em Manaus reuniu 136 representantes de diversas organizações
O Seminário Regional de Máquinas e Equipamentos para a Agricultura Familiar da Região Norte, realizado em Manaus nos dias 4 e 5 de dezembro, concluiu um ciclo de cinco encontros regionais que teve como objetivo mapear os principais problemas enfrentados pela agricultura familiar, em cada região, focando nas necessidades de máquinas e implementos.
O evento em Manaus reuniu 136 representantes de diversas organizações, incluindo agricultores familiares, movimentos sociais, Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs) e de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) dos estados do Amazonas, Acre, Amapá, Pará, Maranhão, Tocantins, Rondônia e Roraima. Empresas do setor primário, órgãos governamentais e entidades financiadoras também marcaram presença.
A iniciativa faz parte do Termo de Execução Descentralizada (TED) entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e a Embrapa, visando apoiar políticas públicas para melhorar as condições de trabalho dos agricultores familiares, conforme explica o chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Hortaliças, Henrique Carvalho, coordenador dos seminários. "O seminário da região norte foi o quinto e último seminário relacionado ao projeto vinculado entre Embrapa e MDA, voltado para responder a seguinte pergunta: qual é o estado da arte da mecanização no país?", disse Carvalho. Ele ressaltou que o evento permitiu a convergência de opiniões e interesses dos agricultores familiares, movimentos sociais, institutos de ciência e tecnologia, Embrapa e órgãos governamentais, a fim de identificar os gargalos que impedem a mecanização na agricultura familiar.
Participante do seminário, a extrativista Graciléia de Brito e Souza, do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu, destacou as dificuldades enfrentadas pelas quebradeiras de coco e também ressaltou a necessidade de equipamentos que valorizem a produção e atendam às necessidades específicas da região. Ela veio do Maranhão e foi uma das representantes de mais de 60 instituições dos diversos estados da região Norte que vieram participar do seminário em Manaus. Entre as organizações representadas estiveram a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), União Nacional das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), Movimento dos pequenos agricultores (MPA), Movimento das Quebradeiras de Coco Babaçu, Movimento Quilombola, Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Confederação Nacional dos Metalúrgicos, Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural do Maranhão (AGERP), Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins (Ruraltins), Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas, Oficial de Projeto da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Coordenação-Geral de Cadeias Produtivas dos Biomas e Amazônia da Secretaria de Economia Verde do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) , entre outros.
Zaré Brum Soares, coordenador geral de Pesquisa e Inovação do MDA, ressaltou a importância dos seminários regionais para fortalecer a política pública "Mais Alimentos", ampliando a capacidade da agricultura familiar de produzir alimentos saudáveis. Ele destacou que os encontros ajudaram a identificar demandas tecnológicas e a estruturar estratégias de apoio para o desenvolvimento de novas máquinas.
Estiveram presentes no seminário, membros de outra iniciativa neste sentido que também está sendo conduzida pela Embrapa, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Estudos estratégicos liderados pela Embrapa estão mapeando máquinas e equipamentos disponíveis no mercado, quais estão em desenvolvimento e quais as demandas por novas máquinas para cadeias produtivas da Amazônia, como açaí, cupuaçu, babaçu e castanha. O estudo para a cadeia do açaí está sendo feito em parceria com equipes da Embrapa em cinco estados (Amazonas, Amapá, Acre, Pará e Roraima) e para o cupuaçu em três estados (Amazonas, Pará e Roraima), coordenado pela analista da Embrapa Amazônia Oriental, Mazillene Borges. Para a cadeia da Castanha, o projeto envolve equipes no Acre, Rondônia, Pará, Amazonas, Mato Grosso e Amapá, coordenado pela pesquisadora da Embrapa Acre, Cleisa Cartaxo.
O chefe-geral da Embrapa Amazônia Ocidental, Everton Cordeiro, enfatizou que um dos benefícios em desenvolver máquinas que atendam às demandas locais, é torna-las acessíveis para chegar aos pequenos produtores, reduzir a penosidade do trabalho e melhorar a produtividade e qualidade de vida dos agricultores.
Síglia Souza (Mtb 66/AM)
Embrapa Amazônia Ocidental
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